Espera

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Dois messes se passaram. Dois messes sem Harry, sem ouvir sua voz, sem vê-lo em cima de uma vassoura. Draco sentia que poderia enlouquecer, sentia que Merlim estava o punindo por todas as vezes em que fora detestável na vida.

Madame Ponfrey vivia dizendo que nunca havia visto a ala hospitalar tão cheia em todos os anos que trabalhara em Hogwarts. Dia após dia uma legião de alunos aparecia para visitar o moreno de olhos verdes que continuava da mesma forma. Sirius e Lupin também estavam lá, todo santo dia. O sonserino sentia pena do padrinho de Harry, o homem parecia cada dia mais miserável e nem o companheiro conseguia levantar seu ânimo. Até os fantasmas apareciam para saber do estado do grifinório. Harry era, realmente, muito amado.

Draco, juntamente com Hemrione, Pansy e Zabini, ja havia vasculhado todos os livros sobre quadribol existentes para saber se já havia ocorrido na história algum caso como o de Harry. Ele só estava desacordado e Madame Ponfrey não conseguir resolver isso era muito estranho. A bruxa já chegara a afirmar que, naquelas circunstâncias, deveriam esperar Harry acordar. Não havia muito mais o que fazer. O moreno poderia acordar no dia seguinte, de repente, ou nunca mais acordar. Rony não conseguia ajudar muito, estava muito ocupado se sentindo culpado pelo que acontecera a seu melhor amigo. Draco ainda se lembrava daquele dia.

Tudo aconteceu muito rápido. Nenhum dos alunos ou professores que estavam nas arquibancadas entenderam, naquele momento o que tinha acontecido. Apenas sabiam que, menos de cinco segundos após Harry cair inconsciente de sua vassoura ele já estava nos braços de Draco que voou diretamente para o castelo sem se importar com os chamados dos outros jogadores ou até mesmo com o do professor Dumbledore. Precisava levar Harry até a madame Ponfrey. Ela saberia o que fazer. Provavelmente conseguiria acordar o moreno em cinco minutos. Era o que o sonserino esperava.

Infelizmente, como Draco agora era forçado a aceitar, Mademe Ponfrey não conseguira acordar Harry em cinco minutos. Na verdade, ela estava muito intrigada pelo porque Harry não acordava e, segundo a própria no dia seguinte ao jogo, já havia começado a fazer suas pesquisas para tentar descobrir o que havia de errado com o moreno.

Draco se recusava a sair do seu lado. Só saia quando começava a feder e precisava tomar banho. Até havia convencido Madame Ponfrey a permitir que fizesse suas refeições ali, ao lado do moreno de olhos verdes. O loiro soube, pelos amigos, que as pilhas de cartas que seus pais mandavam estavam se acumulando em seu quarto mas ele não sentia a mínima vontade de responde-las. Só queria Harry bem, o seu Harry de volta. Logo quando eles iriam conversar e se acertar..... Era muita falta de sorte.

Um dia, exatamente oito semanas após o jogo, Draco estava sentado com a cabeça apoiada nas mãos quando a voz de Rony ecoou em seus ouvidos:

- Pode ir descansar Malfoy. Eu fico aqui olhando ele.

- Nem percebi que você tinha entrado Wesley - Draco respondeu, levantando a cabeça e olhando na direção de Harry - Mas não, obrigado, eu estou aqui. Não quero sair do lado dele.

- Você precisa descansar cara - O ruivo disse e pousou a mão no ombro de Draco - Suas olheiras estão horríveis. Harry vai acordar, olhar pra sua cara e levar um susto. Não vai parecer nenhum príncipe encantado.

- Você sempre fazendo piadinhas não é Wesley? - O loiro respondeu, estalando o pescoço - Mas você tem razão. Preciso me cuidar para estar bem para ele.

- Olha... Não é que conseguir te convencer rápido Malfoy? - Rony disse, em um tom de brincadeira, tentando aliviar a situação.

- Sou sensato Wesley - Draco disse, levantando da cadeira - E quero estar bem para ele. Ele vai precisar.

Balaço - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora