Fernando

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Depois de deixar a Maiara na casa dela segui para a casa do Eric, vi eles se preparando para sair, me aproximei deles e os cumprimentei, eles me disseram que iam jantar e que se precisasse era só pedir a empregada e ela fazia, dei tchau para o pequeno rapaz e desejei um ótimo jantar e fui pra dentro da casa.

Subi ao meu quarto, peguei minhas coisas e fui tomar um banho, escutei um barulho no meu quarto e então fui devagar até a porta observar o que estava acontecendo, vi a filha da empregada pegando minhas coisas e cheirando, mas que merda é essa?! Essa garota pensa que sou o que? Fecho a porta do banheiro e tranco a mesma, vai que ela decide invadir e me ver nu?! Sei que estou um tempo sem sexo, mas não tenho vontade de fazer com qualquer uma, somente com a minha ruivinha, mas ela disse que um tal de Julyer vai junto, será que esse é o namorado dela? Eu vou pra segurar vela, mas não perco a oportunidade de conhecer quem está tocando no que é meu, sou cuidadoso.

Termino meu banho, me troco ali no banheiro mesmo, abro a porta do banheiro e a menina não está mais aqui, e que legal nem a camisa que eu mais gostava, que raiva dessa garota, será que ela fez mais vezes isso? Espero que não! 

Desço e encontro ela e a mãe dela na cozinha.

- Boa noite Joana

- Boa noite menino...tudo bem? Quer jantar?

- Boa noite...eu quero mais tarde...vou no escritório reler alguns arquivos.

- Tudo bem! Me avise.

- Sim...obrigada

Dou um sorriso para elas e saio dali, com raiva por ver a cara de cínica da garota que pegou minha camisa, entro no escritório e me perco nos papéis, nem sei quanto tempo fiquei aqui, mas escuto alguém bater na porta e entra logo em seguida.

- Você tem que esperar que eu diga que entre, não somente bater e entrar.

- Desculpe, mas dona Joana pediu se você quer jantar!

- Tudo bem...Eu...

Meu telefone toca nesta hora, sem identificação o número, então atendo.

Ligação on**

- Alô!

- Fernando, preciso de ajuda!

- Maiara ? O que aconteceu?

- Tem uma pessoa aqui na minha porta, estou com medo!

- Mas não é vizinho? 

- Não Fernando.

- Estou indo ai...

- Tá

- Se acalma, deixa a porta trancada.

- Tá bom.

Ligação off**

Mas o que aconteceu agora...todo mundo resolver vir atormentar? Estava tudo indo muito bem pra ser verdade. Olho pra garota ainda parada na minha sala, e eu não sei o que ela faz aqui ainda, fica atenta a todos meus movimentos. Me levanto pra sair do escritório e quando estou na porta me viro a respondendo.

- Não precisa preparar o jantar, já volto!

- Sim

Fecho a porta e saio na disparada para o apartamento da Maiara, chego no mesmo e vejo que o porteiro não está e o portão está entre aberto, entro rápido no local, mas assim que chego na frente do edifício me lembro que não sei o número do apartamento dela, ooo droga!

Mando mensagem pra ela e ela me responde com o número, subo o elevador, mas não encontro ninguém na frente da porta dela, que estranho, ela não me faria de trouxa a essa hora da noite. Bato na sua porta e falo que sou eu e então ela abre e me abraça chorando.

- Estou aqui! Pare de chorar.

- Fernando eu estava bem, pq agora estão me seguindo?

- Não sei Maiara, fez algo a alguém?

- Eu? Não! É louco?

- Não, calma, somente estou perguntando.

- Conseguiu ver ele?

- Não, cheguei e não tinha ninguém aqui!

- Mas que...uixiiiii

Começo a rir, ela ia xingar e se segurou, é tão fofa quando faz isso, ela me encara e eu paro de rir e acaricio o rosto dela e vou me aproximando, quando estou quase selando nossos lábios, ela vira o rosto e pergunta.

- Já jantou?

- Não...e a culpa é sua!

- Nossa...desculpa! Sobrou janta, quer?

- Você cozinha?

- Sim! Aprendizado.

- Eu quero...

Segui ela até a cozinha e fiquei achando estranho não ter a presença masculina de alguém, ela falou o nome já de dois homens e nenhum está aqui, eu que estou, desculpa, mas agora meu ego aumentou com isso, sorri com o meu pensamento e me sentei, ela me olhou e fez uma cara que não estava entendendo nada e se virou para buscar a janta, como ainda estava quente, não precisou esquentar nada, ela colocou no meu prato e eu teria que comer sozinho, mas não gosto muito disso.

- Não vai comer?

- Já jantei

- Por favor, nem que for 3 grãos de arroz

- Tá bom...mas claro que não vou sujar prato pra 3 grãos.

Ela se serve, e come junto comigo, tentei puxar assunto aleatório com ela, mas ela estava com o pensamento longe, acho que está com medo dos encontros que anda tendo. Ela tinha feito um risoto, e estava muito bom, cheguei a repetir o prato, ela recolheu as coisas e me acompanhou até a sala.

- Então já vou indo

- Obrigada Fernando, desculpe

- Tá desculpada, depois desse jantar...

- Então sei um jeito de ser desculpada com você?

- Precisa se desculpar com mais algo?

- Ér...não...

- A gente pode marcar de sair pra jantar

- Hum...um dia

- Então tá!

- Tchau Fernando

- Tchau Maiara

Ficamos na porta encarando um ao outro, eu não estava aguentando, e o corpo dela estava denunciando, ela também queria, eu quero sentir os lábios dela de novo, quero provar do seu gosto novamente, ela umidece os lábios do mesmo jeito que faço, ela encara a minha boca e eu a dela, me aproximo e ela continua parada me olhando fixo

- Eu preciso...

- Que...

Não dei tempo dela responder, tomei os lábios dela com um beijo de saudade, amor, desejo, queria demonstrar tudo o que eu sinto por ela, agarrei na cintura dela a trazendo para perto do meu corpo, e por incrível que pareça ela cedeu ao meu toque, ao meu beijo, nossas línguas travavam uma batalha, e nossa como eu senti falta desse beijo, finalizo com selinhos e me afasto, ela ainda está com os olhos fechados, me solto dela e ela abre os olhos, arregalando os mesmo e corando...eu já falei o tanto que amo ver ela corada?

- É melhor ir Fernando.

- Tá

Sai dali com sorriso de orelha a orelha, conseguir provar novamente dos lábios dela, por mais que ela praticamente me mandou embora depois de abrir os olhos, estou feliz por isso, chego em casa e ainda Eric não tinha chego, capaz de nem dormirem em casa, estaciono o carro e vou para o meu quarto e acendo a luz do mesmo.

- MAS QUE PORRA É ESSA?


O Padre E A FreiraOnde histórias criam vida. Descubra agora