Maiara

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Depois de ter levados os livros para a irmã voltei ao meu quarto e fiquei pensando sobre o que o aprendiz disse, mas acabei dormindo...afora são 6:00hr e estou fazendo a minha reza, mas a de hoje é diferente, pois eu tenho que me perdoar pelos meus pensamentos e sentidos...me ajoelhei próximo a minha cama e comecei a rezar.

-Deus me perdoe de ter estes pensamentos, de ter estes calafrios, mas ele é tão lindo, como nunca... tá esquece essa parte Deus...me perdoe por...

Ouço uma batida na porta que interrompe a minha oração, eu não queria atender, mas a pessoa incistiu...

-Deus me perdoe, já voltarei a rezar.

Me levanto e abro a porta e quem me aparece, o aprendiz...pq ele tá na minha porta? Eu tenho que ficar longe dele, pois perto tenho vontadede falar todos os tipos de xingamentos que existe...e eu não sou assim, acho que estou olhando para ele muito tempo e ele tá com um sorriso de lado no rosto me analisando...oh Deus!

- O que deseja?

- A madre mandou avisar que você está encarregada de me levar para conhecer o convento

-E pq eu?

-Pq eu quero você.

Ele sorri, mas um sorriso que não era de simpatia, mas sim de alguém que eu não devesse ficar sozinha,e aquela sensação de novo no meu corpo, mas o que está acontecendo comigo, tenho que continuar a minha reza, isso eu vou falar isso para despistar ele e Jr caçar outra irmã.

-Eu estou rezando

- Pode continuar, eu espero! Apesar da visão de ver você ajoelhada é bem tentadora, juro que não vou fazer nada, além de imaginar por enquanto.

Mas o que ele está falando? E aquele sorrisinho que esbanja... Desejo?! Não, é coisa da minha cabeça, ele é um padre,mesmo sendo aprendiz ele está acima de mim, não Maiara não. Fecho a porta na cara dele e volto a caminhar pelo quarto e respiro algumas vezes. Me ajoelho e término a minha reza. Demorei mais do que o esperado para ver se ele ia embora e então me levanto feliz com este pensamento e vou até a porta e Aaaahhh pq ele não foi?

-Ah você ainda está aí?!

-Como disse esperaria você!

Então vamos lá, começo a caminhar e ele vem logo ao meu lado e começo a apontar e mostrar todo o convento, deixei por último a biblioteca...estava um silêncio entre nós, eu não queria puxar assunto com ele, assim que chegamos próximo ao corredor da biblioteca ele questiona

- Qual sua idade?

-Minha idade não faz parte da apresentação do convento.

-Você é freira daqui, e pelo o que eu ouvi dizer, a futura madre superiora também, então, tecnicamente, você faz sim, parte das apresentações.

Infelizmente faz sentido o que ele falou, então devo responder, mas a curiosidade é tanta que também vou questionar ele.

-19 anos e você?

-25 anos

- Bastante velho

-6 anos mais velho é realmente muita coisa.

Ele falou irônico e claro que não era velho, mas eu queria tentar tirar do meu calço, pois ele me causava coisas que nunca senti, e não quero me meter em problema, pois parece o sobrenome dele este.

Chegamos na biblioteca e então abri a porta para que ele entrasse e apresentei.

- E aqui é a parte que mais gosto, a biblioteca, apesar de não ser muito movimentada, pq se fosse, outra pessoa teria falado de você fumando ontem!

O Padre E A FreiraOnde histórias criam vida. Descubra agora