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- Sim. – Maria ofereceu um sorriso gentil. – Estevão, depois conversamos. – Ela entrelaçou o braço no de Luciano e se dirigiu ao carro dele, deixando Estevão perplexo enquanto outro homem levava sua esposa.

...

Depois de discutir com Luciano sobre seus próximos passos, ele a deixou em seu apartamento.

- Obrigada, mais uma vez. Nem acredito que já vou poder abrir minha loja. – Exclamou entusiasmada. - Sua ajuda fez toda a diferença, Luciano. – Olhou para ele, e ele segurou suavemente sua mão, depositando um beijo.

- Não há nada a agradecer. É um prazer poder ajudar. Você sabe que gosto de você. – Ele falou, os olhos conectados aos dela. Maria retirou delicadamente sua mão e desviou o olhar.

- Você entende que só podemos ser amigos, certo? Não quero que crie expectativas ou...

- Não se preocupe comigo, Maria. Respeitarei o seu tempo. Prometo não pressionar nada. – Ele saiu do carro e abriu a porta para ela.

- Acho melhor você não subir. – Falou quando percebeu que ele a conduzia.

- Tudo bem! Então... até amanhã, Maria. – Beijou sua testa, e ela sorriu em agradecimento.

- Até, Luciano. – Ela entrou em seu condomínio, enquanto ele partia em seu carro.

Ao fechar a porta do seu apartamento, uma mão a deteve abruptamente.

- Ah, você! – Exclamou, insatisfeita com a presença dele.

Estevão, que já a aguardava no estacionamento, testemunhou a chegada deles.

- Você deixou isso no restaurante. - Exibiu a echarpe para ela, que tentou pegá-la, mas ele não cedeu. - O que você tem com Luciano? Os serviços dele já acabaram. - Exigiu uma explicação.

- Ele agora trabalha para mim. - Respondeu, um tanto petulante por ter que justificar suas atitudes. - Era só isso? Preciso dormir, amanhã será um dia cheio. - Tentou fechar a porta.

- E por que precisa de um advogado? - Estevão insistiu.

- Estevão, não te devo satisfação do que faço. - Olhou brava para ele. - Agora, por favor, vá embora. - Ela tentou fechar a porta mais uma vez, mas ele a puxou para si, fazendo com que seus corpos se chocassem.

 - Ela tentou fechar a porta mais uma vez, mas ele a puxou para si, fazendo com que seus corpos se chocassem

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- Eu vi como ele te olhava. - Fixou o olhar nela, e enquanto mantinha seu corpo junto ao dela, sentia seu cheiro e sua respiração. A tensão entre os dois carregada de emoções conflitantes  criava uma conexão quase que visível entre eles.

- O que você está fazendo? Me solte! – Ela o empurrou, afastando-se claramente perturbada, a respiração descompassada. – Vá embora. – Pediu, mantendo uma distância que pudesse esconder o quanto a proximidade dele mexia com ela. 

- Maria... – Ele, também abalado pela situação, passou a mão pelos cabelos.

- Até amanhã, Estevão. – Ela fechou a porta em seu rosto, não dando espaço para mais palavras. Maria não tinha certeza se teria a força necessária para resistir a ele.

A MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora