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Maria conversava com Vivian em seu quarto, enquanto procurava alguma roupa que Vivian pudesse usar, quando a campainha do seu apartamento soou.


Ao espiar pelo olho mágico, Maria deparou-se com Estevão do lado de fora, o que a fez revirar os olhos em clara expressão de incômodo. "O que diabos ele quer agora?" ponderou impacientemente. As primeiras batidas na porta foram prontamente ignoradas, mas Estevão insistiu mais duas vezes, aumentando a irritação de Maria. A tentação de deixá-lo esperando lá fora, fingindo que não estava em casa, parecia quase irresistível naquele momento. Todavia, ao espiar novamente pelo olho mágico, viu seus filhos segurando umas "caixas de pizza?" Maria franziu a testa, curiosa, e finalmente abriu a porta.

- Já estava pensando em ligar para a polícia. – Heitor soltou, e ela sabia exatamente a que ele se referia. Com um suspiro, Maria concluiu que seu filho era um tanto exagerado, uma característica que parecia ter herdado do pai, pensou ela.

- Você sempre abre a porta assim? – Questionou Estevão com o cenho franzido. Enquanto Heitor expressava sua preocupação, Estevão lançava um olhar de desaprovação ao observá-la descalça, envolta em um roupão, os cabelos molhados  dando-lhe a aparência de quem acabara de sair do banho.

Maria, mantendo sua calma característica, arqueou uma sobrancelha diante do seu comportamento um tanto exagerado, enquanto seus filhos, atentos à troca de olhares entre os dois, tinham expressões perplexas, cada um carregando um ponto de interrogação estampado no rosto.

Nos últimos dias, eles até tentaram se manter à margem das questões entre os dois. No entanto, certas atitudes tornavam difícil para os adolescentes ignorar a tensão que pairava no ar sempre que ambos compartilhavam o mesmo ambiente.

- Nos desculpe termos vindo sem avisar. – Ângelo adiantou-se, pedindo desculpas a ela, que até aquele momento não havia tido a chance de se manifestar.

- Tudo bem! – Sorriu para eles. – Entrem. – Abriu espaço para Ângelo e Estrela. Estevão e Heitor já haviam entrado sem que ela os convidasse.

- Falei para meu pai te chamar! – Estrela deixou escapar. – Mas a comida é por nossa conta. – Exibiu para ela duas caixas de pizza e uma Coca-Cola.

-Bobagem! Vocês são sempre bem-vindos. – Beijou o rosto de Estrela, pegou as caixas de suas mãos e as colocou na mesa de jantar. Em seguida, conduziu Estrela até a sala, onde seu pai e seus irmãos já estavam. – Bom, fiquem à vontade. Vou colocar uma roupa e já volto.


- O que está fazendo? – Ela perguntou com a voz abafada, surpresa ao vê-lo entrar em seu quarto logo atrás dela.

Enquanto Heitor e Ângelo permaneceram na sala mexendo na TV que estava ligada, e Estrela, que já conhecia o apartamento de Maria, estava na cozinha pegando os pratos, copos, talheres e o que mais julgasse necessário, Estevão seguiu Maria. Sem que ela tivesse tempo de reação, ele entrou em seu quarto, empurrou a porta com o pé, a empurrou contra a parede e a beijou. Ela tentava resistir a ele, e olhava em volta procurando por Vivian, mas ao sentir suas mãos passeando pelo seu corpo, soltou um gemido no meio do beijo.

Às pressas, as mãos dele seguiram para o meio de suas pernas, afastou sua calcinha e a penetrou com dois dedos. Três dias sem estar dentro dela, e já não conseguia mais resistir à vontade de tocá-la. Suficiente era a tortura de tê-la trabalhando ao seu lado,  ao passo que era continuamente ignorado.

- É assim que costuma receber suas visitas? – Enquanto seus dedos habilidosos proporcionavam prazer a ela, com um sussurro rouco, ele perguntou, e mordeu seu pescoço, deixando-a sem forças, envolvida pela sensualidade do momento.

A MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora