- Mas eu não mencionei nada sobre casamento. – Após um breve momento de silêncio, ele optou por provoca-la.
Em resposta, ela arqueou uma sobrancelha, encarando-o, enquanto ele parecia estar se divertindo à sua custa.
- Não me provoque, Estevão! – Levantou-se e tomou a garrafa de uísque de sua mão, despejando o líquido em seu copo. –Vivian, está certa! Não posso simplesmente vir morar aqui. – Ela respondeu aborrecida, enquanto ele retomava a garrafa de sua mão, colocando-a sobre a mesa ao seu lado. – E, eles precisam de mim.
- Mas assim, sem romantismo? – Estando atrás dela, ele a envolveu com ternura em seus braços, afastou os cabelos ainda úmidos para o lado e depositou um beijo em sua nuca, provocando um revirar de olhos dela em repreensão. Contudo, ela se viu forçada a sorrir ao ouvir o som adorável de seu sorriso. – A coisa está tão séria assim? – Perguntou, de bom humor, já não tão chateado com a filha.
- É oficial, Estevão. Nossos filhos vão nos matar! – Ela concluiu e deu mais um gole em sua bebida. - Você está ciente de que Heitor está exagerando na bebida e se envolvendo em situações que não deveria?... Tenho receio até de conferir suas notas na faculdade. – Entre os braços dele, ela se mantinha, ora defensiva, ora reservada, mas também desfrutando do calor de seu abraço.
Ele a ouviu atentamente, retirou o copo de suas mãos e o ergueu como se brindasse, tomando um gole. "Sempre foi uma tarefa árdua domar os filhos."
- Ah... É absolutamente essencial procurar outros especialistas para o Ângelo. Sua saúde é frágil, e essas crises frequentes são preocupantes. – Ela voltou-se para ele, tomou seu copo das mãos dele e o trouxe até seus lábios, tomando mais um gole. Seus olhares se encontraram, e num gesto delicado, ele acariciou seu rosto, beijando-a com carinho.
Enquanto ela mantinha firme o copo em suas mãos, como se ainda estivesse na defensiva, ele a beijava com a saudade dela em sua vida. Saudade da sua mulher.
- Aqui, nesta casa, você é quem manda. – Ele segurou uma de suas mãos e a beijou. – Faça o que quiser! – Em seguida, apanhou a garrafa de whisky da mesa ao lado e, ao lado de Maria, dirigiu-se ao sofá.
- Ainda estou irritada com...
- Eu sei! – Ele a interrompeu, compreendendo que ela ainda guardava ressentimentos por ele estar com Ana Rosa quando passou mal.
Sentado confortavelmente no sofá, ele apoiou os braços nas pernas e dividia um copo de uísque com ela. Enquanto conversavam sobre os planos para os próximos dias, ele tentava dissipar sua irritação.
- O que foi? – Após um bom tempo de conversa sobre o comportamento dos filhos, a discussão desta noite com Estrela e os planos futuros, ela percebeu que ele não parava de encará-la.
- Nada, só estava pensando em como você consegue ficar ainda mais bonita quando está irritada.
- Você e suas cantadas baratas, Estevão. - Ela rolou os olhos, mas não conseguiu conter um sorriso, permitindo-se relaxar por um breve instante.
- Precisamos contar a verdade para eles. – Por muito pouco, Estevão não revelou a verdade para a filha, que durante a discussão mostrou ter a língua bem afiada.
- Eu sei!... Mas ainda não posso! – Ela o encarou com um olhar triste. – Preciso provar que fui injustiçada, que paguei por um crime que não cometi. Não quero que me vejam como mulher que disparou contra a própria amiga por ciúmes.
- E como anda sua investigação? – Ele questionou, e ela o encarou com desconfiança. – Você está investigando, não é?
- Sim! – Ela respondeu, sustentando um olhar sério.
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A Madrasta
RomanceAdaptação de uma das minhas novelas preferidas. <3 Obs; está sendo corrigida.