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Na manhã seguinte, ela acordou mais tarde do que o habitual, com os raios de sol já inundando o quarto, iluminando-o com um brilho suave. Atraída pelo cheiro do café, ela despertou gradualmente, piscando algumas vezes antes de notar a mesa posta para o café da manhã em seu quarto. Esticou-se na cama, e enquanto olhava em volta, seus olhos encontraram os dele, que a observavam pacientemente da poltrona do outro lado do quarto.

- Bom dia! – Ele deixou o jornal de lado e se aproximou dela, beijando seus lábios.  – Dormiu bem? – Ele perguntou e ela acenou com a cabeça confirmando.

- Bom dia! – Ela o saudou com um dos seus encantadores sorrisos. – Perdi o café da manhã!? – Seus olhos se fixaram na pequena mesa, enquanto aspirava o delicioso aroma que vinha daquela direção, despertando o apetite de sua barriga.

- Sim!... com os remédios que tomou ontem, mais esse aqui... – Ele deslizou delicadamente a mão sobre sua barriga desnuda, sentindo a textura macia de sua pele sob seus dedos, enquanto seu olhar se perdia nas curvas de seu corpo. Durante a noite, ele havia afastado a camisola dela, deixando-a completamente nua. – Não é de se admirar que esteja se sentindo mais sonolenta.

- E com fome! -  Ela se levantou da cama com a ajuda dele. – Você não vai trabalhar? – Perguntou, notando que ele ainda estava de roupão, enquanto os olhos dele não se desviavam do seu corpo, que se movia graciosamente como veio ao mundo até a mesa.

- Vamos tirar o dia de folga! – Ele anunciou, observando seu rosto mudar de expressão, passando de "estou com fome" para "estou com fome e brava". No entanto, ela continuava linda, especialmente com o cabelo desgrenhado moldando seu rosto.

- Vamos!? –  Ela, que seguia para a mesa, o olhou, arqueando a sobrancelha como uma clara objeção. – Estevão, eu tenho que trabalhar! Vou tomar meu café, depois vou tomar um banho e vou para a joalheria, e antes que o dia acabe, vou passar na San Roman.

- Marquei uma consulta para você. – Ele comunicou, antecipando-se ao protesto que viria. – Como não sabia até que horas você ia dormir, agendei para as 13h. E, antes que diga que está ocupada, pedi à Vivian e à Lupita para desmarcarem seus compromissos de hoje. – Concluiu, com um tom decidido.

- O quê?... Você não pode fazer essas coisas, antes de me consultar. – Ela retrucou, visivelmente brava com ele, enquanto servia seu café. A fome naquele momento falava mais alto, mas sua frustração ainda era evidente.

- Olha, Maria, você já me escondeu que estava grávida. O mínimo que a Sra. Pode fazer a partir de agora, é aceitar quieta. – Ele a repreendeu, erguendo-se da cama e voltando à poltrona onde estava sentado anteriormente. - E eu quero ver meu filho. Quero saber se está bem.

- Estive no médico ontem, está tudo bem! – Ela respondeu, enquanto saboreava uma panqueca e se acomodava em uma das cadeiras ao redor da mesa.

- Quero vê-lo! – Ele foi enfático, seus olhos permanecendo fixos em seus seios, enquanto ela estava completamente focada na comida diante dela.

- Ele está bem! Além do mais, é tão pequeno, que... - Ela começou a dizer, tentando argumentar, mas foi interrompida.

- Não vou discutir, está decidido! – Ele avisou, abrindo o jornal para encerrar aquele assunto.

...

Mais tarde.

- E já dá para ver o sexo doutor? – Ele perguntou ao médico que a examinava, seus olhos brilhando de emoção após ouvir o som do coração do bebê, batendo forte e acelerado.

- Ainda não! – O médico respondeu com um sorriso gentil dirigido a ele. – Ela está com 10 semanas. – Respondeu, antecipando a pergunta que ele sabia que viria em seguida.

A MadrastaOnde histórias criam vida. Descubra agora