- O que aconteceu? Como ele está? – Com um tom preocupado, Maria dirigiu sua pergunta aos filhos na sala de espera, seu coração apertado.
- Ele estava comigo! – Ana Rosa respondeu, com um tom desafiador, e Maria, ao notar sua presença, arqueou uma sobrancelha. – Estávamos desfrutando de um almoço maravilhoso, acompanhado de alguns drinks, naquele restaurante do hotel ali perto da empresa. Você conhece, não é? – Ela questionou, com uma pontada de malícia, como se quisesse deixar claro que, após o almoço, tinham planos de subir para um dos quartos do hotel. – Quando de repente ele começou a passar mal... foi horrível. – Ela conseguiu derramar algumas lágrimas.
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As palavras de Ana Rosa ressoaram nos ouvidos de Maria, que, nada feliz, mantinha os punhos cerrados, e um desejo crescente de agarrar os seus cabelos loiros e estampar um tapa em seu rosto fervilhavam dentro dela. No entanto, o momento não era propício; a verdadeira preocupação de Maria estava centrada nele. Respirando profundamente, ela virou-se, desviando o olhar para os filhos, e para Vivian e Leonel, que a observavam com expectativa, aguardando sua reação. Presentes na sala, estavam também Carmem e Alba, esta última sorrindo como se desfrutasse do evidente desconforto de Maria.
- Certo! – Ela disse, evidenciando certa insatisfação nas palavras. – E já tiveram alguma notícia? - Mesmo tomada pela raiva, a angústia por saber como ele estava era ainda maior.
- Não! Já se passou um pouco mais de uma hora desde que eles entraram e ainda não voltaram. – Carmem respondeu, também expressando sua preocupação.
Trocaram mais algumas palavras, dando atenção especial aos três filhos dele, que estavam assustados e preocupados. Em seguida, ela partiu em busca de informações sobre o estado dele, decidida a acalmar a inquietação de todos, especialmente dela, cujas mãos gelavam sob o peso da ansiedade, enquanto um nó no estômago a deixava com náuseas.
- Você pode ir embora agora! Como pode ver, ele e Ana Rosa estão se entendendo. – Alba, que a havia seguido, puxou seu braço, manifestando seu descontentamento com a presença dela.
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- Eu não vou a lugar algum! – Com uma expressão de fera, ela arrancou seu braço de volta.
