A Madrasta

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- O bebê está bem!? – Ele perguntou, sentindo-se desorientado diante da notícia. Sua mente vagueava pelos últimos dias vividos com ela, recordando-se de tê-la visto experimentar vários sintomas.  Sentia um alvoroço de emoções dentro de si.

- Está, sim senhor! Inclusive, meus parabéns. – Arnaldo felicitou.

Num gesto repleto de felicidade, Estevão segurou sua mão e o abraçou, um sorriso radiante estampado em seu rosto.

- Obrigado! – Ele expressou sua sincera gratidão, com um sorriso que não conseguiria conter nem se quisesse, e então pediu mais detalhes sobre os últimos dias de sua esposa, demonstrando uma preocupação ainda maior com o bem-estar dela.

- Agradeço imensamente por estar lá quando mais precisei. – Ao se despedir, Estevão agradeceu mais uma vez após ouvir todos os detalhes do ocorrido. Agora estava ciente de que, depois de passar mal na empresa, sua esposa quase sofrera um acidente ao sair do trabalho. – Ah, e tire alguns dias de folga. - Acrescentou antes de partir.

- Por quê? – Ele perguntou confuso.

- Uma pequena gratificação por cuidar dela. - Considerando que ela estava ocultando essa informação dele, Estevão pensava que era mais prudente que Arnaldo se mantivesse afastado por alguns dias. E, é claro, Estevão reconhecia que não havia nada que pudesse recompensar adequadamente o que ele havia feito; No entanto, planejava aumentar seu salário como uma forma de expressar sua gratidão.

- Apenas cumpri com o meu dever. Qualquer outro teria feito o mesmo! - Arnaldo respondeu, modestamente.

- Mesmo assim! Se você não estivesse lá... – Estevão sentia que devia a vida de sua mulher e filho a ele. - E sei que ainda vou precisar muito de você. - Disse, levando em conta a importância de ter alguém de confiança por perto dela.

- O importante é que nada de grave aconteceu, Sr. – Ele sorriu mais uma vez, procurando tranquilizar seu patrão, enquanto reafirmava que tudo acabou bem.

- Você tem razão! E como disse, conte comigo sempre que precisar! Agora, vá ficar com sua família. Não quero vê-lo por aqui nos próximos dias. – Ele avisou enquanto seguia em direção à casa, ansioso para conversar com sua adorável mulher.

Ao entrar em casa, Estevão foi surpreendido ao descobrir que uma animada reunião de amigos estava acontecendo em sua residência.

Ele observou a cena com uma respiração profunda, seus olhos fixos em Alba. Ele sabia que ela estava envolvida nisso e a repreendeu com um olhar sério.

- Boa noite! – Ele cumprimentou sem entusiasmo.

- Boa noite! –Eles responderam em sincronia, mas com níveis variados de entusiasmo.

Praticamente todos os amigos de longa data estavam presentes, inclusive Ana Rosa, que acompanhava sua tia. Apenas Evandro, que estava se recuperando, e Patrícia, que ainda estava na cidade, estavam ausentes.

Após os cumprimentos iniciais e os esforços de Fabiola e Ana Rosa para chamar a atenção de Estevão, eles se envolveram em uma conversa da qual Estevão não estava realmente participando. Servindo-se de uma dose de uísque, ele tentava se livrar deles o mais rápido possível. No entanto, ao olhar ao redor, seus olhos encontraram a figura dela, observando-os do topo da escada.

Ela estava perfeita. Suas roupas destacavam sua beleza natural, enquanto seus cabelos impecavelmente arrumados adicionavam um toque de elegância. Sua maquiagem realçava seus olhos de maneira irresistível.

- Olha só!... Que surpresa agradável vê-los aqui. –  Ela disse,  ao ser notada, com uma pitada de ironia. Descendo os últimos degraus, caminhou até Estevão, cujos olhos não se desviavam dela. –  Olá, querido! – Ela o cumprimentou com um beijo,  marcando seu território enquanto se colocava entre ele e Ana Rosa.