- Não sei! – Ele olhava para ela.
- Está bem! Vamos deixar esse assunto de lado por enquanto. Quando você estiver mais tranquilo, podemos retomar a conversa sobre o nosso casamento. – O beijou mais uma vez e tentou tirar a roupa dele, mas ele se afastou de suas mãos.
- Aqui não podemos. Meus filhos podem aparecer a qualquer momento.
- Então vamos para o meu apartamento. – Caminhou até ele novamente.
- Ana Rosa, hoje realmente não estou com cabeça para essas coisas. Espere por mim amanhã no seu apartamento. Quando sair da empresa, vou te visitar – Ele a beijou e a conduziu para fora do escritório.
Do lado de fora, Estrela e Heitor desceram para jantar, e ao se depararem com Ana Rosa de mãos dadas com o pai, não hesitaram em começar com ofensas.
- O que essa caça fortunas está fazendo aqui? Já deixei claro que não é bem-vinda! – Estrela soltou as palavras com ódio estampado no rosto. Heitor, igualmente, lançava olhares desaprovadores para Ana Rosa.
- Estrela está certa; o senhor prometeu respeitar o nosso tempo e a nossa casa.
Alba, que acompanhava a discussão da sala de jantar, aproximou-se deles, simulando uma falsa preocupação.
- Queridos. – Dirigiu-se a Estrela e Heitor. – acredito que haja um bom motivo para ela estar aqui. Seu pai não a traria sem motivo...
- Chega! – Estevão gritou interrompendo Alba. – Ana Rosa é minha noiva... – Estrela sorriu com repulsa e deboche. – Quer vocês gostem ou não. – Ele olhou seriamente para os filhos. – Venha Ana Rosa, vou te levar para casa.
Depois de deixar Ana Rosa em casa, Estevão voltou para o seu escritório. A presença de Maria ocupava seus pensamentos . Queria saber como ela estava, se precisava de alguma coisa. Ao mesmo tempo, internamente, argumentava que ela não merecia sua preocupação.
Assim, a noite se desenrolou para ele. No entanto, pela primeira vez em anos, conseguiu desfrutar de uma boa noite de sono.
...
No dia seguinte, Estevão foi para a empresa, mas a incapacidade de se concentrar no trabalho o levou a ligar para ela, mas não teve sucesso. Inquieto, questionava-se sobre o paradeiro dela, e preocupado devido a forma como havia compartilhado a questão dos filhos, deixou o trabalho e foi até o apartamento dela, apenas para constatar que também não estava lá.
- Onde você está Maria? – Disse para si mesmo, passando a mão pelo queixo, descendo até o pescoço e nuca, visivelmente nervoso.
...
Três noites haviam se passado desde que Maria saíra da prisão, e ela já havia traçado seus planos, sentindo-se agora mais forte para segui-los.
Ao descer do táxi em frente à empresa de seu marido, Maria carregava consigo palavras que há muito estavam entaladas em sua garganta, prontas para serem pronunciadas.
Ao entrar no prédio, todos os olhares se voltavam para ela. Maria era uma mulher de beleza singular, e mesmo após tantos anos na prisão, sua atratividade permanecia intocada.
- Boa tarde, gostaria de falar com Sr. Estevão San Roman! – Disse assim que saiu do elevador.
Lupita olhou para ela e colocou um sorriso no rosto.
- Senhora, ele teve que sair mais cedo, e acredito que não retornará hoje. – Informou a secretária, enquanto Maria fazia uma expressão de desgosto. – Outra pessoa pode lhe ajudar?... Ou, se a senhora preferir, pode deixar um recado. Qual o seu nome? - Perguntou gentil.
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A Madrasta
RomanceAdaptação de uma das minhas novelas preferidas. <3 Obs; está sendo corrigida.