Meu porto seguro

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Pov Augusto:

Augusto decidiu esperar por Renata no carro, a mulher já tinha terminado de apresentar o jornal e agora estava resolvendo algumas coisas.
Estava morrendo de sono, durante o vôo até o Brasil não tirou ao menos um cochilo.

– Cheguei. – Renata disse entrando no carro.

– Nossa, você foi rápida. – Augusto disse surpreso, e se ajeitou no banco do carona.

– Eu disse que era coisa rápida. – ela sorriu, ligou o carro e deu partida seguindo para Copacabana.

Augusto não aguentou sua curiosidade e resolver questionar Renata.

– Me conta mais sobre você?

– O que você quer saber sobre mim? – a mais velha olhou rapidamente para o rapaz.

– Tudo! – Augusto respondeu de imediato.

– Tudo é muita coisa. – Renata riu. 

– Temos uma semana toda pela frente. Acho que dá tempo. – Augusto a encarou, estava morrendo de curiosidade.

– Ok. – suspirou fundo. – Eu nasci no dia 10/06/1972. Meu nome completo é Renata Fernandes Vasconcellos. Eu tenho uma irmã gêmea... – Augusto a interrompe.

– Gêmea? – o rapaz perguntou com os olhos arregalados.

– Sim. – riu da reação de Augusto. – Trabalho na Globo à quase vinte anos... – Augusto a interrompe novamente.

– Tá, mas me conta, você tem filhos? – Augusto perguntou logo a parte que estava com mais curiosidade.

– Tenho, dois meninos, Antônio, o mais velho, e Miguel. – um sorriso se formou em seus lábios ao falar dos filhos. – Agora é sua vez de me contar sobre você. – Renata olhou para Augusto sorrindo.

– Por onde você quer que eu comece? – Augusto perguntou.

– Primeiramente, uma coisa que eu ainda não entendi muito bem, que história é essa que você é filho do Bonner? – Renata perguntou, ainda boiava nessa história toda.

Augusto riu alto.

– É uma história longa e complicada. – Riu sem mostrar os dentes. – Minha mãe morava na Argentina, ela sempre teve vontade de conhecer o Brasil, quando ela veio pra cá ela o conheceu. Pelo que sei, eles se tornaram amigos, as coisa foram ficando séria e começaram a namorar um tempo depois. Mais minha mãe teve que voltar pra casa, um tempo depois ela descobriu que estava grávida, então a primeira coisa que ela fez foi avisar o William. Que disse que iria registrar o filho e cuidaria dele, mesmo estando longe. – Renata ouvia atentamente o que Augusto dizia. – Quando eu nasci, meu pai foi para a Argentina, lá ele me registrou e ficou um tempo por lá. Mas ele tinha que voltar, afinal, ele tinha que trabalhar.

– Da pra escrever um livro. – Renata brincou.

– Acho que quando eu me aposentar eu vou escrever um. – Augusto entrou na brincadeira.

– Mas, e sua mãe? Você não sente falta dela morando tão longe?

– Minha mãe morreu alguns anos atrás, mas sim, eu sinto a falta dela. – Augusto disse encarando o nada.

– Me desculpa. – Renata percebeu que aquele era um assunto que machucava Augusto.

– Não precisa se preocupar, a culpa não é sua. – Augusto passou a mão pelo cabelo de Renata.

– Aquele dia, na delegacia, você disse que tinha criado a Maia. – Renata comentou.

– Quando a Maia tinha apenas onze anos, nossa mãe morreu então eu virei o responsável dela. – Disse Augusto.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora