So pode ser pegadinha

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Pov Augusto:

Eu ouvia tudo perfeitamente, mas não conseguia abrir os olhos ou mecher meu corpo. Não tinha forças.

Senti uma felicidade imensa ao ouvir da boca de Renata que ela me ama!

Eu queria abrir os olhos e lhe dizer o quanto eu a amava, mas não conseguia. 

Na verdade, eu nem sabia onde estava.

Tudo estava escuro. Eu estava... sozinho.

– Tem como alguém acender a luz? – pude ouvir o eco.

Ouço alguns passos em minha direção,  olho para todos os lado mas não vejo ninguém. Os passos estava cada vez mais próximo.

– Já deu! Quem está aí? – Augusto perguntou,  estava ficando com medo.

– Oi, Augusto! – Augusto paralisou ao ouvir aquela voz

Como? Não pode ser verdade!

Tomo coragem e me viro para trás. Sinto meu coração falhar algumas batidas ao ver minha mãe ali na minha frente.

– Mãe?! – falo surpreso.

– Que saudade meu filho. – foi até o rapaz e o abraçou 

– Mais... como? – perguntou confuso.

– Como você cresceu! – apertou as bochecha Augusto.

– Isso só pode ser pegadinha! – Riu incrédulo – Cadê as câmera? – olhou em volta rindo.

– No tem câmera, Augusto! – falou – Estamos na sua mente. – Isabel disse em um tom sério, fazendo Augusto parar.

– Claro que estamos na minha mente. – revirou os olhos com impaciência – A senhora está morta, com todo respeito. – Augusto estava perdido, confuso.

– Então pare de agir feito um bobo! A cada dia você está mais parecido com o seu pai. Urgh! – murmurou revirando os olhos.

–  Onde estamos? Por que esta tudo escuro? – Augusto perguntou olhando ao redor.

– Já falei, estamos dentro da sua mente.  – repetiu.

– Tá! Mas como eu faço para sair daqui? Eu tenho que voltar, a Renata precisa de mim, meu pai precisa de mim. – Augusto estava entrando em desespero.

– Na hora certa você saberá. – respondeu em um tom calmo.

– Eu tenho que voltar, mãe, a Renata está sofrendo! – Augusto conseguia ouvir a voz de Renata pedindo para que ele acordasse.

– Você precisa ter calma.

– Eu...eu não consigo! – Augusto começou a ter uma forte crise de ansiedade.

– Augusto,  respira meu filho. – Isabel se abaixou ao lado de Augusto, fez um leve carinho nos fios de cabelo escuro de Augusto.

– Minha família...eles precisam de mim, eu prefiro deles. – Disse com a voz embargada

– Você precisa se acalmar Augusto. – Isabel estava preocupada, aquela crise estava fazendo mal a Augusto

No quarto:

Renata estava ao lado de Augusto quando os batimentos cardíacos do rapaz começaram a aumentar.

Preocupada, Renata apertou o pequeno botão ao lado da cama de Augusto e logo um médico e uma enfermeira entraram no quarto.

– Preciso que a senhora saia daqui. – o médico falou olhando diretamente para Renata.

– Eu... – relutante, Renata soltou a mão de Augusto e saiu do quarto.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora