De volta para casa

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Três dias havia se passado desde que Augusto tinha acordado.
O rapaz tinha ficado meio desanimado depois que descobriu que poderia perder os movimentos da mão direita, a única coisa que estava o animando ultimamente era as visitas de Renata. Mas a mulher tinha que ser rápida já que sempre o visitava em seu horário de almoço.

Augusto estava deitado na maca conversando com seu pai, quando o dr. Castro entra no quarto.

– Bom dia! – dr. Castro os cumprimentou.

– Bom dia! – William e Augusto responderam.

–  Como está se sentindo, Augusto? – perguntou.

– Cansado de ficar aqui deitado. – reclamou fazendo os dois rirem.

– Não se preocupe mais Augusto, seus exames estão ótimos. Você já está de alta. – Augusto ficou feliz com a notícia – Mas... terá que continuar fisioterapia. Por causa da enorme perca de sangue você esta com anemia, irá precisar tomar alguns remédios e teruma alimentação regrada. – entregou um papel para William – Caso sinta dor no corpo, cansaço, dor na cirurgia, receitei um analgésico. Está tudo nesse receita. – seu tom era sério. – E o principal, precisa de muito repouso. Nada de exercícios físicos, pegar peso e correr. – recomendou.

– Pode deixar doutor. Ele irá seguir a risca o que o senhor está falando. – William lançou um olhar para Augusto.

– Oxi! – Augusto murmurou.

– Agora eu preciso ir. – Dr Castro de despediu deles e em seguida saiu da sala.

Alguns minutos depois:

Augusto já estava se arrumando para ir embora, seu pai o esperava sentado no pequeno sofá que tinha no quarto, conversava com alguém pelo celular.

– Quer ajuda, filho?– William perguntou olhando para Augusto que tentava amarrar o cardaço de seu tênis.

– Não! – falou um pouco mais alto do que o desejado, estava furioso consigo mesmo – Eu consigo fazer isso. – Augusto disse em um sussurro – Merda! – murmurou.

– Deixa de ser teimoso, Augusto! – William foi até o rapaz e amarrou seu cardaço.

Augusto estava trajanto uma blusa de frio preta, uma calça de coletom da mesma cor, e nos pés um tênis cinza.

– Pronto, já podemos ir. – William pegou a mala de Augusto e o ajudou a se sentar na cadeira de rodas.

William e Augusto saíram do quarto e seguiram até o estacionamento. Ao se aproximar do carro, uma figura feminina estava apoiada na porta.

Um sorriso brotou nos lábios pálido de Augusto ao reconhecer tal pessoa. Era Renata.

A mulher tinha um largo sorriso no rosto.

– Eu tive que vir te ver. Não aguentaria esperar até o almoço. – Renata se explicou tímida.

Augusto deu um sorriso em resposta, não sabia o que responder.
– Como você está? – Renata perguntou preocupada.

– Desse jeito... – deu um longo suspiro.

William apenas observava a conversa, achava que Renata está sendo carinhosa com Augusto por causa de ter presenciado o acidente.

– Você irá melhorar, você vai ver. – Renata apertou a mão esquerda do rapaz.

– Vamos gente? Já está ficando tarde. – William aparentava estar ansioso, o que não passou despercebido por Augusto.

– O que esta escondendo? Hein sr. William Bonemer? – Augusto perguntou o encarando.

– Eu? Nada!– negou rindo –.Vamos logo. – William colocou a mala no porta malas e ajudou Augusto a entrar no carro, mesmo com o filho negando.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora