Juntos pelo acaso

Pelo resto da vida!

Renata já estava no seu terceiro mês  gestação, quando descobriu que estava grávida já estava no segundo mês.

Naquele dia ela iria, juntamente com Augusto, fazer o ultrassom para saberem o sexo do bebê. Renata estava esperando a hora certa para contar para seus filhos sobre sua gravidez, estava com medo da reação deles.

Augusto foi o primeiro a acordar naquela manhã, ultimamente tem deixado Renata descansar um pouco mais.

Enquanto não dava a hora de ir para a consultório de doutora Vanessa aproveitou pela ir dar uma corrida pela orla.

Quando voltou para casa faltava exatamente duas horas para a consulta. A casa estava silenciosa, Renata devia ainda estar dormindo.

Tirou seus sapatos e o deixou em um canto próximo à porta,  e foi direto para a lavanderia onde tirou sua roupa ficando apenas de cueca. Nos últimos dias muitas pessoas estavam sendo infectadas e morrendo por causa do coronavirus.

Subiu as escadas e foi em direção ao quarto, ao abrir a porta sentiu o ar gélido do ar-condicionado. Renata ainda estava debaixo das cobertas.

– Amor? – Augusto se abaixou ao lado da mulher.

–Hum? – Renata murmurou com os olhos fechados.

– Iremos nos atrasar. – fez um carinho do rosto dela.

– Estou cansada. – Renata fez um biquinho fofo.

– Mas precisamos ir, não podemos cancelar essa consulto novamente. – Disse Augusto se levantando.

Já haviam adiado aquela consulta duas vezes por causa de Renata que estava indisposta.

– Amor. – Renata fez uma voz manhosa.

– Vem tomar banho comigo? – Augusto deixou sua voz rouca, seduzindo Renata.

– Você é muito esperto, Bonner Junior. – riu.

– Há muito tempo você não me chama assim. – Augusto sorriu indo em direção ao banheiro e colocando a banheira para encher.

Alguns minutos depois Augusto voltou para o quarto.

– Vamos? – Augusto estendeu a mão para Renata.

– Só se você me levar no colo?! – Disse Renata toda manhosa.

– Folgada! – Augusto riu a pegando no colo.

Seguiram até o banheiro, ambos com um sorriso divertido nos lábios. Augusto ajudou Renata a entrar na banheira e em seguida entrou também, ficando atrás da mulher.

– Amo seus carinhos. ‐ disse Renata sentindo Augusto roçar seu nariz em sua nuca.

– Nem tinha percebido. – gargalhou.

– Besta! – balançou a cabeça – Amor?

– Sim? – respondeu.

– Vou chamar os meninos para jantar aqui em casa. Assim aproveitamos para contar sobre a gravidez. – Renata disse seria.

– Você quem sabe meu amor, isso é uma escolha sua. ‐ Augusto depositou um beijo na nuca de Renata.

Ficaram mais alguns minutos na banheira, em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro.

Mas como nem tudo são rosas, precisavam ir se arrumar. Em poucos minutos teria a consulta.

O trajeto até o consultório foi silencioso. Renata mantinha a cabeça encostada no vidro, tinha o olhar vago, parecia pensativa.