Nuvens escuras

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No dia seguinte:

Augusto acordou no dia seguinte com um forte chuva que caia lá fora.
Ao olhar para o lado viu que Renata ainda dormia em um sono sereno.

Sorriu ao seu lembrar da noite que tiveram, depositou um beijo na testa de Renata que resmungou algumas coisas mas não acordou. Estava muito cansada para acordar. Tinha ido dormir por volta das quatro da manhã, e agora era seis horas.

Com muito pesar teve que acordar Renata, tinham que voltar para casa. Em poucas horas tinham que estar na redação.

– Amor? – chamou – Minha vida, temos que ir. – fez um carinho nas costas nua de Renata.
– Hum...não, eu estou com sono. – Renata murmurou fazendo bico.

– Você dorme um pouco no carro, agora levanta, temos mesmo que ir. – Augusto deu um beijo já bochecha de Renata e se levantou.

Recolheu as roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto e as deixou sobre a cama.

– Vou encher a banheira, enquanto isso levanta. – foi em direção ao banheiro.

Renata estava com preguiça de se levantar, seu corpo pedia para ficar mais algumas horas na cama. Estava exausta.

– Minha vida? – ouviu a voz de Augusto.

Escorregou as pernas para fora da cama, se levantou e foi caminhando até o banheiro. Encontrou Augusto já dentro da banheira, que sorriu ao ver sua cara de sono.

– Vem. – Augusto a chamou sorrindo.

Renata foi ate o rapaz, entrou na banheira com a ajuda dele e se sentou entre as pernas de Augusto, ficando de costas para o rapaz.

– Estou cansada. – Renata sussurrou quase dormindo com a massagem que Augusto começou a fazer em seus ombros.

– Você dorme Maia um pouco no carro. – deu um beijo em seu ombro  – Não podemos demorar muito, o trabalho nos chama. – suspirou fundo

– Eu quero ficar com você o dia todinho, não quero ir trabalhar hoje. – Renata falou em um tom manhoso, na verdade, estava com um mal pressentimento.

– Se eu não for hoje meu pai me mata. – falou em um tom brincalhão – E eu gostaria de ao menos ficar vendo você andando por aquela redação, com esse sorriso lindo que só você tem. – Augusto falou, estava completamente apaixonado por Renata.

– Você fica me observando? – Renata arqueou a sobrancelha.

– Digamos que sim. – respondeu tímido.

Augusto e Renata ficaram mais alguns minutos na banheira, quando a água começou a esfriar saíram, se secaram  e vestiram suas roupas. Arrumaram o quarto e saíram da casa, entraram no carro e Augusto deu partida seguindo para a casa de Renata.

Enquanto Augusto dirigia em direção a casa de Renata, uma música calma e suave tocava baixinho no rádio enquanto Renata dormia tranquilamente.

Ao chegar em frente ao prédio que Renata morava, Augusto sentiu pena por ter que acordar Renata novamente.

– Amor? Chegamos.  – Augusto tocou no braço de Renata a acordando.

– Já? – se espreguiçou no banco – Aí meu Deus! – passou a mão no rosto a fim de espantar o sono.

– Toma um café bem forte, te ajudará a despertar. – Augusto sugeriu.

– Farei isso. – respondeu xom a voz sonolenta – Até mais tarde, bebezão. – Renata deu um selinho demorado nos lábios de Augusto e saiu do carro.

Augusto deu partida seguindo para sua casa, finalmente a chuva tinha cessado, mas o tempo ainda estava fechado. Nuvens escuras pairavam nobre o Rio de Janeiro.
Ao chegar em sua casa, Augusto chamou por Helena mas não obteve resposta.

Subia as escadas e foi até seu quarto, ao abrir a porta se deparou com Helena dormindo toda esparramada na cama.
Foi até o banheiro e tomou um banho rápido,  saiu do banheiro e foi até closet.

Vestiu uma camisa de manga longa azul, uma calça preta e um tênis preto.
Penteou seu cabelo,  passou perfume e desceu seguindo para a cozinha.

Para o tapioca com leite condensado e morango, uma salada de frutas e um café preto bem forte.

– Preciso voltar para a academia. – pensou após dar a primeira mordida em sua tapioca doce.

Tomou se café e aproveitou para ver as últimas notícias, como ainda tinha um tempo antes de ir para a redação resolveu ver sua conta no Instagram.

Ficou ali por alguns minutos até que deu sua hora de ir pá a redação, guardou a tapioca e a salada de frutas que fez para Helena no micro-ondas,  e escreveu um bilhete:

"Bom dia, Helena. Tem tapioca doce e salada de frutas no micro-ondas. Fui para a redação,  qualquer coisa sabe onde me procurar. Até a noite."

Deixou a carta sobre a mesa e foi até a sala, pegou seu celular e a carteira e saiu de casa. Assim que entrou no carro uma forte chuva começou a cair.

– Que sorte. – comentou rindo.

Colocou a chave na ignição e deu partida.

Momentos antes:
Pov Renata:

Assim que cheguei em casa não encontrei Miguel, dei de ombros e segui para o quarto. Tomei um banho fri bem rápido, me seco e vou correndo até o closet.

Visto uma camisa social preta, uma calça também preta e um salto.

Opto por deixar meu cabelo solto aquela manhã. Faço uma maquiagem básica, passo meu perfume e rumo para a cozinha. Passo um café preto bem forte, indicação de Augusto,  e o tomo acompanhado de uma fatia de bolo.
Enquanto tomava meu café ouço a porta ser aberta, era Miguel,  meu marido.

– Bom dia. – digo com uma voz calma.

Fico confusa ao notar que ainda estava usando a mesma roupa de ontem.

– B-Bom dia. – respondeu nervoso.

– Onde foi há uma hora dessas? – Renata olhou para seu relógio de pulso que marcava 07:30, já estava atrasada.

– ...Fui dar uma volta. – falou a primeira coisa que veio em sua mente.

– Nesta chuva? – Renata apontou para a janela que mostrava a chuva que caia lá fora.

– Deu para ficar me interrogando agora? – Miguel perguntou cruzando os braços.

– Não porque eu já estou atrasada. – falou se levantando.  Ouvindo um suspiro de alívio escapar pelos lábios de Miguel – Nossa conversa ainda não terminou. – Disse em um tom sério.

Peguei minha bolsa e saí de casa, entrei no elevador e apertei o botão zero que era onde ficava o estacionamento.

Assim que as portas se abriram, em passos apressados foi até meu carro. Destravo a porta e entro, jogo minha bolsa no banco do carona e dou partida seguindo para a Rede Globo.

Como estava chovendo forte dirijo devagar pelas ruas. Ao chegar na Rede Globo, abaixo o vidro e cumprimento o porteiro, passa pelo enorme portão de ferro e sigo até o estacionamento. Estaciono meu carro em uma vaga livre, pego minha bolsa e salto do carro.

Mas antes que eu saia do estacionamento ouço uma feriada brusca seguida por um barulho ainda mais alto, acabo me assustando.

Parecia que tinha acontecido um acidente aqui perto.

Curiosa, resolvo ir ver o  que aconteceu.

O chão estava cheio de cacos de vidro, sinto um frio na barriga ao reconhecer aquele carro. Mesmo com a forte chuva reconheço o motorista.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora