O que aconteceu

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Quinze longo e tristes dias tinha se passado.

Augusto ainda estava internado, mas agora estava no quarto. Os médico já havia diminuído seus medicamentos, estavam esperando apenas o rapaz acordar, mas isso não estava acontecendo.

Seus ferimentos já estavam bem melhores, mas, com o passar dos dias no hospital os médicos perceberam que Augusto iria precisar fazer fisioterapia na mão direita. Com o impacto do corpo de Augusto com o carro, o rapaz acabou colocando a mão na frente de sua corpo e acabou fazendo muita força.

Quando a notícia foi dada a William e Renata, os dois temeram pela reação de Augusto.

Alguns dias atras:

– "Bom dia. – o médico os cumprimentou com um aperto de mão.

– Bom dia. – William e Renata responderam juntos.

– Alguma novidade, doutor Castro? – William perguntou esperançoso.

– Bom... – os dois o encarava apreensivos – Fizemos mais exames na mão direita do Augusto, sua mão foi muito afetada no acidente de carro.

– O que isso quer dizer? – Renata perguntou temendo pela  resposta.

– O Augusto terá que fazer fisioterapia, mas ele pode acabar perdendo os movimentos da mão direita. – os informou.

Naquele momento ambos os jornalistas sentiram o chão desabar sob seus pés.

Renato chegou se sentar em um cadeira, não estava acreditando naquilo.

– Eu preciso da autorização do senhor para começar a fazer a fisioterapia, até que ele acorde. – Castro falou em um tom sério.

– Sim, sim, tem a minha autorização. – Disse William de imediato.

– Ótimo, começaremos o quanto antes. – Disse animado".

Na mente de Augusto:

Estava na varando do meu quarto vendo aquele por do sol magnífico que a muito tempo eu não via.

– Oi. – ouço a voz doce de minha mãe no quarto.

– Oi mãe. – vou em direção ao quarto.

– Como você está? – perguntou se sentando na beirada da cama.

– Entediado de ficar preso nesse lugar, aqui é lindo mas eu já estou enjoado. Quero voltar para aquele correria do Jornal. – Augusto sorriu animado.

Vejo minha mãe revirar os olhos.

– Eu ainda não acredito que você quis seguir os mesmos passos que seu pai. Já não bastava serba cara dele, ainda segue a mesma profissão. – bufou.

Confesso que senti um pontadinha de ciúmes vindo de dona Isabel.

– Está com ciúmes? – a provocou cruzando os braços.

– Faça me um favor. – fingiu estar brava.

°°°°
Augusto estava na área externa da casa, estava deitado na grama observando as estrelas.

– O que faz aqui fora? – ouviu a voz calma de sua mãe, logo a mulher se sentou ao seu lado.

– Vendo as estrelas. Elas me fazem lembrar a Renata. – Disse Augusto com um sorriso bobo.

– O amor é assim mesmo, aproveita. – riu – Agora me fala uma coisa... – tomou uma postura mais séria – Se você ama tanto aquela jornalista, por que ainda está com a Helena? Sei que seu casamento não anda muito bem há algum tempo. – Disse Isabel.

Augusto ficou em silêncio por alguns minutos.

– É complicado,mãe. – Augusto deu um longo suspiro – Seu eu pudesse, facilitava as coisas. – suas palavras eram sinceras.

– Não faça a mesma coisa que eu, Augusto.  – Isabel o alertou – Por causa do meu medo eu perdi o seu pai. – Isabel se levantou e voltou para dentro de casa.

Augusto ficou ali confuso. Se levantou e foi atras de Isabel, queria saber o porque ela falou aqui.

– Mãe? – Augusto chamou por Isabel.

A procurou por todos os cantos, mas não a achou. Novamente ela havia sumido, sabe-se lá para onde.

– O que ela queria dizer? Será quem tem mais coisa nessa história que eu não sei? – Augusto se perguntou curioso.

Resolveu subir para seu quarto, tomou um longo banho quente, vestiu seu pijama e se deitou.
Não  demorou muito e Augusto caiu em um sono profundo, ao menos notou que sua mãe o observava de longo.

– Aí, Augusto, tem tantas coisas que você não sabe. – uma lagrima escorreu por seu rosto – Se você soubesse de tudo... – e novamente, Isabel desapareceu.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora