descobertas.

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Lá fora a chuva caia em grande quantidade, o cidade do Rio de Janeiro estava um verdadeiro caus. Dentro da redação do JN, os ancoras do telejornal já se preparavam para apresentar o jornal.

Augusto estava sentado em sua mesa tentando trabalhar, mas estava difícil se concentrar no trabalho. Precisava falar com Renata, tinha que lhe contar a verdade.

Olhou na direção da bancada e viu que eles ainda não tinham começado a gravar a escalada, então se levantou e caminhou em direção a bancada.

– Renata? – Augusto chamou pela mulher em um sussurro.

Renata ao ouvir seu nome, procurou pela pessoa que a chamava, encontrou Augusto no pé da escada, e foi até o rapaz.

– O que foi? – Perguntou baixinho.

– Podemos conversar depois que você terminar de apresentar? – Augusto pediu estalando os dedos, estava nervoso.

– Claro. Me espera no estacionamento, assim que terminar aqui eu te encontro. – Renata deu um sorriso, deu as costas e voltou para a bancada.

Augusto suspirou fundo, estava com medo de como Renata iria reagir. Resolveu se juntar aos colegas que se juntaram para assistir o Jornal, mas invés de assistirem o Jornal todos começaram a conversar.

– Augusto?

– O que foi Ju? – Augusto perguntou sem tirar os olhos da bancada.

– Se você continuar olhando para a Renata desse jeito você vai acabar deixando ela desconfortável. – Disse Julia rindo.

– Assim como doida? – Augusto se fazendo de desentendido.

– Como um bobo apaixonado. – Riu. – Até parece que você quer despi-la com o olhar. – Disse Julia.

– Aposto que se os dois estivessem sozinhos o Augusto daria uns pega nela! – outro redator colocou mais lenha na fogueira.

– Conta ai Augusto, você acha a Renatinha bonita? – Guilherme, um redator, perguntou a Augusto.

– É... Acho! – admitiu sem malicia.

Todos que estavam ali começaram a gritar e assobiar para Augusto.

– SILENCIO! – o grito de William ecoou por toda a redação.

– Não precisa ficar envergonhado não parceiro. – Riu. – Até eu daria uns pega na Renata, claro, se ela não fosse casada e me permitisse. – o rapaz olhou para Renata que estava sentada atrás da bancada.

– Você não respondeu a pergunta do Juca – Julia se referiu ao redator – Você daria uns pega nela? – Perguntou curiosa.

– Não sei se vocês sabem mas eu sou casada. – o que não era mentira, Augusto era realmente casado.

– Sinto muito meu amigo! – um colega que estava sentado atrás de Augusto deu três tapinhas em seu ombro.

– Hum! E quem é a sortuda? – Julia perguntou. – Nos conhecemos ela?

– Vocês são muito curiosos! – Augusto se levantou. – E por isso, so por isso, eu não irei contar o nome dela. – Augusto de as costas e começou a caminhar.

– Augusto! Augusto! Volta aqui! – ouviu os colegas o chamar, mas não deu a mínima.

Ao chegar em sua mesa, viu as horas em seu relógio e viu que faltava pouco para o JN encerrar. Então, juntos suas coisas e rumou para a garagem da emissora.

Ao chegar na garagem procurou pelo carro de Renata, iria espera-la lá, e se surpreendeu ao ver que o carro da mulher estava estacionado próximo ao seu.

Alguns minutos depois viu Renata se aproximando, a mulher tinha um largo sorriso estampado nos lábios.

– OI! – Disse Renata se aproximando de Augusto, o surpreendeu com um rápido selinho nos lábios. – O que você queria conversar comigo? – Perguntou curiosa.

– Renata, eu quero que saiba que eu te amo mais que tudo nessa vida! – o rapaz segurou as mãos de Renata. – Não importa o que aconteça, eu sempre, sempre irei te amar. – Augusto disse olhando no fundo dos olhos de Renata.

– O que esta acontecendo Augusto? Eu estou começando a ficar com medo. – Renata estava preocupada, tinha sentido Augusto tenso mais cedo.

– Rê... – Augusto não sabia como começar a falar. – Rê, me perdoa por não ter te contado isso antes, mas...

– Augusto! – Helena surgiu atrás de Augusto e deu um beijo próximo aos lábios do rapaz.

– Me perdoa Rê. – Os olhos de Augusto se encheram de lágrimas.

– O que esta acontecendo Augusto? – Renata perguntou confusa e se afastou de Augusto.

– Ah! Você deve ser a mulher que esta dormindo com o meu marido. – Helena sorriu com deboche. – Muito prazer, Helena Castro Bonemer.

Renata tomou um susto, seus olhos se encheram de lágrimas de imediato. Como Augusto pode?

– Me perdoa Renata. – Augusto ergueu a cabeça e encarou Renata.

– Como você pode, Augusto? – Renata perguntou triste.

Mas antes que o rapaz a respondesse, Renata deu as costas e foi em direção ao carro. Quando ia entrar no veículo sentiu a mão de Augusto em seu braço.

– Me solta Augusto! – Renata se debatia contra Augusto, porém o rapaz era mais forte.

– Me escuta por favor? Deixa eu me explicar? – Augusto pediu.

– Me solta Augusto! – Renata tentava de qualquer maneira se soltar dos braços de Augusto, mas ele não a soltava. – Eu não quero te escutar agora, nem amanhã e nem nunca. Entendeu? Eu não quero mais falar com você. – Renata não aguentou segurar as lágrimas que começaram a escorrerem por seu rosto em grandes quantidades.

– Renata eu te amo! – Augusto tentou se aproximar de Renata.

– Você não meu ama, Augusto. O que você sente por mim não passa de atração. Não vamos ficar juntos, não é o nosso destino ficarmos juntos. – Renata falou em um tom triste. – O melhor que podemos fazer é ficarmos longe um do outro e seguirmos nossas vidas. Eu seguir a minha e você seguir a sua, e eu não estou inclusa nela. – Augusto soltou os braços de Renata, estava profundamente magoado.

Renata entrou em seu carro e deu partida saindo dali o mais rápido possível. Augusto ficou alí parado observando Renata ir embora. Sentia um buraco profundo em seu peito. Quando a mulher sumiu de seu alcance de visão, Augusto foi até Helena parecendo uma fera.

– Está feliz agora? – Augusto segurou o braço de Helena com força – Você conseguiu o que tanto queria, me fez perder a mulher que eu mais amava. Agora você já pode voltar para o lugar da onde você nem devia ter saido. – o tom de voz de Augusto era perigoso.

– Claro que não Augusto! Eu te amo, só quero o seu bem. – Helena tentou beija-lo mas Augusto foi mais rápido e se afastou.

– Quem ama não trai o companheiro com o melhor amigo dele. – Augusto não escondia a mágoa que sentia.

– Eu me arrependo de ter te traido, me perdoa? Vamos tentar novamente? – Helena sorriu e se aproximou de Augusto, o deixando encurralado.

– Eu não te amo mais! – Augusto tinha um olhar frio. – Eu amo a Renata, ela é o amor da minha vida. – Augusto empurrou Helena.

Antes que a mulher fizesse alguma coisa, Augusto entrou no carro e deu partida.

Foi em direção ao Lebon, queria conversar com Renata. Não poderia deixar as coisas desse jeito.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora