Juntos pelo acaso

Gêmeas

Pov Renata:

Durante o trajeto até em casa, um flashback de tudo que eu e Augusto vivemos desde quando nos conhecemos.

- Por que você teve que aparecer na minha vida, Augusto? Estava tudo tão normal antes de você aparecer. - Renata não parava de chorar, estava decepcionada com Augusto.

Estacionou o carro na garagem e subiu para seu apartamento.
Ao entrar em casa deixou a bolsa sobre o sofá e foi atrás de Miguel, encontrou o homem no quarto, tinha acabado de sair do banho.

Sem ele menos esperar, Renata foi até ele e começou a baija-lo.

- O que é isso Renata? - Miguel afastou Renata pelo ombro.

- Você não queria transar ontem? - Renata desabotoou os botões da camisa que estava usando e a tirou, ficando apenas de sutiã. - Então, hoje você pode fazer o que você quiser comigo. - os olhos de Renata se encheram de lágrimas.

- Seja lá o que aconteceu, você não está bem. - Miguel puxou Renata pela mão. - Deita aí. Eu vou preparar algo para você comer. - Miguel deu um beijo na testa de Renata, foi até o closet vestiu uma roupa e saiu do quarto.

Ao chegar na cozinha, Miguel começou a prepara um sanduíche natural para Renata.

Ouviu a campainha tocar.

- Quem será uma hora dessas? E por que o porteiro não interfonou? - Miguel se perguntou confuso, olhou as horas no relógio e viu que já se passava das 22:00pm.

Secou as mãos em um pano e foi até a porta, girou a chave no trinco e abriu a porta.

- Boa noite! - Miguel ficou surpreso ao ver quem era.

- Boa noite! A Renata está? - Augusto se sentiu um idiota por fazer aquela pergunta, essa é a casa dela claro que ela estaria.

- Está sim, mas ela está dormindo. - Miguel respondeu. - Você trabalha com ela, certo?

- Sim! - Augusto respondeu colocando as mãos dentro do bolso.

- Você sabe o que aconteceu com ela? Ou se aconteceu algo? - Miguel cruzou os braços, queria entender o motivo de Renata ter chegado daquele jeito em casa.

- Não, não sei. - Augusto deu de ombros. - Agora eu preciso ir, tchau! - Augusto deu as costas e foi embora.

Miguel fechou a porta e voltou para a cozinha. Ainda estava curioso para saber o que tinha acontecido com Renata.

Colocou o sanduíche e o suco em uma bandeja e levou para Renata.

Ao entrar no quarto viu que Renata já estava dormindo. Deixou a bandeja sobre o criado mudo, ao lado de Renata, deu a volta na cama e se deitou.

Pov Augusto:

Assim que entro no carro as lágrimas começaram a caírem de meus olhos.
Eu tinha conseguido arruinar tudo, mais uma vez.

- Por que eu sou assim? - coloco a chave na ignição e dou partida.

Mesmo com a chuva forte não me importei em acelerar o carro.
Só parou de acelerar quando estava próximo ao condomínio. Estacionou o carro na garagem e subiu para o apartamento.

Ao entrar no apartamento, encontrou Maia sentada no sofá mechendo no computador.

- Meu Deus, Augusto! O que aconteceu com você? - Maia arregalou os olhos ao olhar para o irmão.

Os olhos de Augusto estava avermelhados e em seu rosto ainda tinha vestígios de lágrimas.

- Acabou Maia! - Augusto começou a chorar copiosamente.

- O que acabou? - Maia chamou o irmão para se sentar ao seu lado.

- A Renata descobriu tudo da pior maneira! - Augusto correu até Maia, se sentou ao seu lado e apoiou a cabeça em seu colo.

- Como assim? Me conta essa história direito. - Perguntou confusa.

- A Helena está na cidade e para piorar, está trabalhando na redação. Eu ia contar para a Renata, ia abrir o jogo com ela, mas a Helena chegou na hora e... - a voz de Augusto falhou e ele não conseguiu terminar de falar.

- Ô meu irmão! - Maia fez um carinho nos cabelos de Augusto.

Maia fica fazendo carinho nos cabelos de Augusto até ele ir se acalmando, quando percebeu ela já tinha dormido.

Apoiou a cabeça do rapaz em uma almofada, pegou uma manta e o enrolou.

- Você ainda vai ser muito feliz meu irmão. - Maia deu um beijo na testa de Augusto e saiu da sala.

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Pov Renata:

Uma semana dolorosa havia se passador, não tinha ido trabalhar aquela semana, avisei William que não estava me sentindo bem, o que não era mentira, e ele disse que arranjaria uma pessoa para ficar em meu lugar durante aquela semana.

Durante essa semana eu fiquei na minha casa de campo em Petrópolis, juntamente com Lanza.

- Re, vamos? - ouço a voz de Lanza me chamando.

Olho para trás e a encontro parada na porta com os braços cruzados na altura dos seios.

- Nem vi a hora passar! - suspiro fundo, durante esses dias estava meio "aérea".

- Dá pra perceber. - Lanza brincou se aproximando da gêmea. - Precisamos ir, temos que pegar a estrada antes que anoiteça. - Disse a gêmea estilista.

- Não quero ir. - os olhos de Renata se encheram de lagrimas de imediato.

- Eu sei, mas você precisa ser forte. Tem que mostrar para aquele tal de Augusto que você é forte e que nada, absolutamente nada, te abala! - Lanza puxou a irmã para um abraço.

- Eu amava ele, Lanza! - Renata disse com a voz embargada.

- Se o amor de vocês era verdadeiro, o destino dará um jeito de juntar vocês dois de alguma forma! Isso pode acontecer amanha, daqui um mês ou um ano, quem sabe! - deu de ombros. - Agora vamos embora, as coisas já estão todas no carro. - Lanza se levantou e estendeu a mão para Renata a ajudando a se levantar.

O que Lanza e Renata tem de semelhança na aparência elas tem de diferença na personalidade. Lanza é uma pessoa agitada e ao mesmo tempo preguiçosa, gosta de se divertir a beça, odeia filmes clássicos, é uma pessoa desorganizada, todos os dias comida fest food pois não sabia cozinhar. Na adolescência sempre estava metida em alguma confusão, era uma aluna "bagunceira", suas notas não era baixas mas também não era a melhor da turma.

Renata é uma pessoa mais calma, prefere ficar em casa e ler um livro ou assistir um filme, odeia bagunça, ama cozinhar. Na adolescência era uma pessoa muito calma, sempre ganhava elogios, sempre foi um exemplo, suas notas era ótimas, era a melhor da turma.

Lanza sempre foi mais descontraída, Renata era uma pessoa mais reservada. Lanza gostava de passar seu tempo livre dormindo, já Renata gosto de ir ver a natureza. Lanza é brincalhona, Renata é mais tímida. Renata era a gêmea super protetora com Lanza, mas ela dizia que isso era um exagero. Mas se algo acontecia com Renata, Lanza virava a gêmea super protetora. Nenhuma das duas gostava de ver a outra triste. Uma completava a outra. Talvez se não tivessem nascido juntas; se não fossem gêmeas, ambas se sentiriam incompletas nesse mundo.