Não faz ela sofrer

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- O que você esta aprontando aí? O cheirinho esta maravilhoso. - Disse Renata entrando na cozinha.

- Estou fazendo um nhoque de batata doce. - Augusto respondeu enquanto mechia nas panelas.

- Deve ser delicioso. - Renata abraçou Augusto por trás e apoiou o queixo no ombro do rapaz.

- O nhoque ou eu? - Augusto sorriu sapeca.

- Os dois! - deu uma mordida na ombros de Augusto.

Augusto se virou para a mulher e a abraçou pela cintura.

- Você é linda, sabia? - Augusto olhou no fundo dos olhos negros de Renata.

- Sabia! Você me diz isso todo dia. - Renata respondeu com um largo sorriso.

- E não me canso de dizer. - Augusto quebrou aquela mínima distância com um beijo.

O beijo começou calmo, mas logo começou a ficar quente e intenso.

– Não começa dona Renata, não temos tempo. E você sabe que quando começamos é difícil parar. – Augusto sussurrou, sua voz estava rouca.

– Tá bom! ‐ se rendeu – Mais fique sabendo que hoje a noite tem. – Renata deu uma mordida no lábio de Augusto, o provocando – Deve ser os meninos. – Disse Renata ao ouvir o som da campainha.

Trocaram um selinho rápido e então Renata foi abrir a porta.

Assim que abriu a porta Renata abraçou os dois jovens, e os puxou para dentro de casa.

Conversaram um pouco sobre a vida deles, sobre a faculdade, e então foram atrás de Augusto na cozinha.

O jantar ocorreu muito bem, uma conversa agradável e descontraída fluía perfeitamente. Augusto e os filhos de Renata se davam muito bem. Após terminarem de jantar todos seguiram para sala.

– Meninos... eu e o Augusto temos algo para vocês. – Renata segurou a mão de Augusto sobre a mesa.

– Eita! Pela sua cara a coisa é séria. – Disse Antônio.

– Bom... – Renata olhou para Augusto, que deu um leve aperto em sua mão – Eu sei que meu namoro com o Augusto é recente, tínhamos que termos pensado muito a respeito disso mas...

– Pera! Vocês vão casar? – Miguel perguntou confuso.

– Não!... ainda não, mas em breve.– Augusto sorriu.

– Bom, como eu estava dizendo... eu quero que vocês saibam que a nossa família irá aumentar. – Renata encarou os filhos apreensiva.

– Aumentar? Como assim? – os garotos se olharam confusos.

– Agora seremos em cinco. Eu estou grávida! – Renata abriu um largo sorriso.

Os dois garotos ficaram estáticos, pareciam estar em um estado de choque.

Renata apertou com força a mão de Augusto, seu peito foi tomado pelo nervosismo. E se seus filhos não aceitassem sua gravidez?

Renata foi surpreendida por Miguel que lhe abraçou de súbito, a enchendo de beijos.

– Eu vou ter um irmãozinho ou irmãzinha. – Miguel repitia enquanto abraçava Renata, logo os dois já estavam chorando.

Antônio permanecia no mesmo lugar. Olhava fixamente para a mais velha.

– Miguel, vamos comigo lá dentro rapidinho? – Augusto chamou o garoto, queria deixar Renata e Antônio um pouco a sós para poderem conversar.

Miguel olhou para o irmão, que parecia no mundo da lua, então, se afastou da mãe e seguiu Augusto.

Renata se levantou e foi ate Antônio, se sentando ao lado do rapaz.

– Filho? – Renata passou a mão pelos cabelos escuros do rapaz.

De imediato algumas lágrimas começaram a rolar pelos olhos de Antônio.
Renata sentiu seu peito apertar, afim de consola-lo Renata o abraçou.

Após o pranto de Antônio cessar, Renata resolve questionar:

– Por que fiquei assim, Antônio? Não gostou da novidade?

Antônio demorou alguns segundo para responde-la.

– E-eu gostei, claro que eu gostei da novidade. – o jovem respondeu levando a mão até a barriga da mãe.

– Então, por que dessa reação? – Renata perguntou.

– Eu tenho medo mãe. – respondeu em um tom baixo.

– Medo do que, meu amor? – Renata perguntou confusa.

– Eu não quero que a senhora sofra mãe! – Disse Antônio com os olhos cheios de lágrimas novamente – Não quero que a senhora sofra igual sofreu quando estava casada com o Miguel. – completou.

– Oh, meu amor! – Renata o abraçou – Eu não vou sofrer. – Renata não pode evitar sorrir por saber que seu filho se preocupava com ela – O Augusto é incrível, tenho certeza que com ele será para sempre. – depositou um beijo no topo da cabeça de Antônio.

– Pode ter certeza Antônio, se depender de mim eu nunca farei sua mae sofrer. Ela é o amor da minha vida! – Disse Augusto se aproximando deles.

– Minha mãe já sofreu demais, Augusto, por favor, não a faça sofrer novamente. Ela é uma mulher incrível. – Antônio sorriu.

– Eu não posso lhe prometer que ela não sofrerá, mas eu farei de tudo para que ela seja feliz ao meu lado. – Augusto pois a mão sobre o ombro de Antônio.

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