Casamento em crise?

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Pov Renata:

Após um dia cansativo de trabalho Renata acabara de chegar em casa, tudo o que mais queria era tomar um banho e ir dormir.

Ao entrar em casa, encontrou Miguel sentado no sofá assistindo futebol.

– Oi! – Renata cumprimentou o marido.

– Oi meu amor. – Miguel a responde, sem tirar os olhos da tv. – Como foi seu dia? – perguntou sem nenhum entusiasmo.

– Foi... foi normal. – deu de ombros. – Eu vou ir tomar banho. – Renata suspirou triste ao notar que o marido não lhe dava bola.

Ao entrar no quarto encostou a porta e foi em direção ao banheiro, retirou a roupa e entrou em baixo do chuveiro. Tomou um banho demorado e relaxante, sentia que estava precisando daquilo.

Não sabia explicar mas sentia que algo tinha sugado toda sua energia, gostava do trabalho que fazia mas tinha hora que sentia que ele exigia muito de si.

Ao sair do banheiro, deu de cara com Miguel que acabara de entrar no quarto.

Se sentiu um pedaço de carne com a olhada que Miguel lhe lançou, tentou passar direto por ele, mas o homem foi mais rápido e a puxou pela cintura.

– Estou morrendo de saudades. – Miguel disse enquanto beijava o pescoço de Renata.

– Miguel o que é isso? – Renata se debatia contra o marido, seus olhos estavam arregalados. – Me solta por favor? – Renata pediu, estava com medo.

– O que deu em você, hein Renata? Anda me evitando já tem um tempo. – Miguel perguntou irritado.

– Eu estou cansada.

– Você sempre esta cansada, caramba! Nem parece que somos casados. – passou as mãos pelo cabelo. – Você não gosta mais de mim? Encontrou outra pessoa? É isso? – Miguel aumentou o tom de voz assustando a mulher a sua frente.

– Não, claro que não! – os olhos de Renata começaram a marejar, se aquilo continuasse ela iria acabar chorando.

– Então é o que Renata? Você quer o divorcio mas não tem coragem de pedir, é isso? – Miguel se aproximou de Renata, era perceptível a magoa em seu olhar.

– Por favor, Miguel, para com isso. – algumas lagrimas rolaram pelo rosto de Renata, enquanto ela tentava afastar Miguel.

– Eu não te reconheço mais Renata. Você não é a mulher com quem eu me casei anos atrás. – Miguel sussurrou em um tom desgostoso.

– Eu continuo a mesma. – respondeu com a voz embargada, estava triste e decepcionada consigo mesma.

– Claro que você mudou Renata. Apenas você não notou isso. – Falou Miguel tentando controlar sua raiva antes que fizesse algo que fosse se arrepender.

Sem mais nem menos, Miguel saiu do quarto e bateu a porta com força. Fazendo Renata dar um pulinho de susto.

A mulher correu até a cama e se jogou afundando o rosto no travesseiro, grossas lagrimas começaram a escorrer pelo rosto de Renata. Junto com aquelas lagrimas Renata tentou expulsar toda sua magoa, tristeza e decepção consigo mesma. Estava se sentindo culpada. Chorou até não aguentar mais e cair no sono.

Acordou no dia seguinte, se assustou ao encontrar Miguel dormindo ao seu lado. Não tinha visto a hora que ele tinha chegado na noite anterior. Mas uma coisa ela sabia, ele havia bebido, dava para sentir o forte cheiro de álcool vindo dele.

– Era o que me faltava! – Renata murmurou ao sentir sua cabeça latejando.

Pegou um remédio para dor de cabeça que ficava em cima do criado mudo e o ingeriu com um pouco de água, se levantou e foi ao banheiro. Tomou um banho rápido pois já estava atrasada, optou por vestir uma camisa verde, uma calça preta e um salto baixo também preto.

Pegou suas coisas e seguiu até a garagem do condomínio, entrou em seu carro e deu partido seguindo para a CJG (central de jornalismo globo).

O dia lá fora estava nublada, provavelmente em alguma hora do dia iria chover. Ao sair de dentro do carro Renata sentiu um ar gélido bater contra seu corpo. Abraçou o próprio corpo e apressou o paço para dentro da CJG.

Foi direto para sua sala, não estava afim de conversar com ninguém naquele momento. Parecia que, a qualquer momento, sua cabeça iria explodir. Mas assim que entrou em sua sala, alguém entrou logo em seguida sem ao menos bater na porta.

– Por favor, seja o que for, volta mais tarde. Estou morrendo de dor de cabeça. – Renata disse fazendo uma leve massagem nas temporasm

– Renata precisamos conversar. É urgente! – Renata reconheceu o dono daquela voz, era Augusto.

– Augusto eu estou morrendo de dor de cabeça, podemos conversar mais tarde? Por favor? – Renata pediu, estava com uma aparência de cansada.

– Renata isso é urg... – mas a mulher o interrompe antes que ele termine a frase.

– Agora não Augusto! Depois conversamos, ok? Eu não estou me sentindo muito bem. – Renata sussurrou a ultima parte, queria apenas silencio.

– Como você quiser. – o rapaz disse se rendendo, se aproximou de Renata e lhe deu um beijo rápido. – Quero que saiba que eu te amo mais que tudo nessa vida. – olhou no fundo dos olhos escuros de Renata. – Não importa o que aconteça, eu sempre irei te amar. – Augusto estava tenso, mas Renata não tinha notado.

– Também te amo! – a mais velha fez um carinho no rosto de Augusto, o puxou pela nuca e selou aquela distancia com um beijo casto.

Pov Augusto:

Saio da sala de Renata e vou direto para minha mesa me martirizando por não ter contado a ela toda verdade. Eu precisava resolver isso de uma vez por todas antes que elas se encontrem por ai. Si bem que, a redação é bem grande, dificilmente elas irão se esbarrar por ai. – Suspiro um pouco mais aliviado com essa possibilidade.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora