Paris 6

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Augusto acordou com o forte barulhos do trovões, uma chuva forte caia lá fora. Quando ia se levantar sentiu um peso sobre seu corpo, como a visão estava meio turva não identificou a pessoa. Esfregou os olhos e viu que era Helena, levantou um pouco o lençol branco que os cobria e viu que ambos estavam nus.

– Merda! – murmurou não acreditando no que tinha feito.

Com cuidado, tirou a cabeça de Helena de seu peito e a apoiou no travesseiro, lentamente se levantou para não acordar Helena. Vestiu uma cueca e uma bermuda de moletom, saiu do quarto e foi em direção em a sala.

Ao entrar na sala encontrou as embalagens das comidas que tinham pedido algumas horas atrás, recolheu os pratos e copos e os levou para a cozinha

Após terminar de lavar os pratos, seguiu para a sala e se sentou no sofá. Pegou seu celular que estava jogado no sofá, desbloqueou o aparelho e por estinto foi parar no contato de Renata. E para sua surpresa, ela estava online.

Escreveu uma mensagem para ela, mas resolveu não enviar. Mas quando foi apagar acabou por enviar.

Na mensagem dizia:

Oi, tudo bem? Estou com saudades. Queria poder te encontrar, nem que seja apenas para te ver.

Esperou ansioso pela resposta dela, ela demorou bastante para responder, mas quando respondeu Augusto ficou com medo de ler.

– Já chega, Augusto! Acabou o que nós tinham, se é que tínhamos algo. Me esquece, tá legal? Eu sou casada e você também, nossos parceiros não merecem isso.

Quando leu aquilo, Augusto sentiu seu coração ser esmigalhado.

Eu não amo a Helena! Eu amo você, apenas você!

– Já deu, Augusto! Você tem que jogar fora esse sentimento que você sente por mim, entendeu? Nós, nunca iremos ficar juntos. Boa noite!


Renata falou aquilo e ficou offline.

Augusto jogou o celular no sofá novamente, se levantou e foi até a mesinha de bebidas. Encheu um copo com Whisky e se sentou no sofá enquanto bebericava o líquido.

Pov Maia:

O dia tinha sido puxado, tive algumas reuniões importantes com alguns cliente.

– Clara, já pode ir embora. Eu já estou indo também. – Maia disse sainda de sua sala.

– Obrigada, doutora! – a jovem agradeceu sorrindo.

– Você fecha hoje? Estou exausta. – Clara assentiu com a cabeça. – Obrigada! Até amanha. 

Helena caminhou até a garagem de seu escritorio, entrou em seu carro e deu partida seguindo para casa. Durante o trajeto, passou pelo Paris 6, chegou uma vez ir lá com Augusto, deu meia volta e foi até o estabelecimento. 

Parou o carro no estacionamento ali perto, e foi caminhando até lá , entrou no Paris 6 e foi em direção ao bar do lugar. Se sentou em um banquinho em frente ao balcão e logo um barman veio atende-la.

– O que a moça bonita ira querer hoje? – o barman perguntou gentilmente.

– Tequila. – Maia respondeu sorrindo.

– É pra já! – o homem pegou um copinha e o encheu com tequila – Aqui! – colocou o copo na frente de Maia.

– Obrigada! – Maia começou a bebericar o liquido que continha dentro do copo.

Depois de duas doses, Maia pensou ter visto Renata, quando olhou direito viu que não era ela e sim sua irmã, Lanza. A mulher estava debruçada sobre o balcão com um copo vazio em mãos. Então resolveu se aproximar.

– Boa noite! – Maia se aproximou de Lanza.

A estilista tomou um pequeno susto, quando olhou para trás sorriu ao ver Maia.

– Oi! – Lanza não soube explicar, mas sentiu uma coisa diferente brotar em seu peito – O que uma pessoa como a senhora faz aqui? – Lanza perguntou curiosa.

– Vamos deixar a formalidade de lado, pelo menos por enquanto. – Maia riu, fazendo Lanza rir também – Respondendo sua pergunto, vim apenas relaxar um pouco. E você ? – Maia devolveu a pergunta, enquato se sentava ao lado de Lanza.

– Acho que comemorando o meu divorcio! – sorriu sem mostrar os dentes

– Pela sua expressão, você não esta nada feliz. – Maia arqueou a sobrancelha.

– Eu estou, mas é que passamos muito tempo juntos. Sabe? – deu um gole generoso em sua bebida, que o garçom havia acabado de encher.

– Bom, eu não posso falar que sei porque eu nunca fui casada. – as duas cairam na gargalhada.

Ficaram conversando por varias horas, ambas já estavam alteradas pelo alcool.

– Você é muito engraçada Lanza! – Maia se recuperava de uma crise de risos após Lanza lhe contar uma piada.

– Obrigada! Eu estava pensando em deixar de ser estilista para me tornar humorista. – Lanza brincou.

Lanza notou o olhar pentrante de Maia em si, suas bochechas tomaram uma coloraçao avermelhada, se não fosse pela baixa iluminação do local com certeza Maia a veria vermelha.

– O que foi? – Lanza perguntou envergonhada. 

– Você é muito linda! – Maia disse sem desviar o olhar dos olhos pretos de Lanza.

Maia se levantou e, lentamente, foi em direção a  Lanza.

– Maia... eu nunca fiz isso. – Lanza sabia exatamente o que iria acontecer caso Maia se aproximasse ainda mais.

– Eu também não. – a respiração de Maia estava desconpensada. – Podemos fazer isso juntas? – Maia perguntou, levou as mãos até a cintura de Lanza e apertou com um pouco mais de força.

Lanza engoliu em seco, estava nervosa e com medo. Mas a vontade de seguir adiante falava mais alto.

– Sim! – Lanza gemeu baixinho ao sentir a respiração quente de Maia bater em sua pele.

Seus rostos foram se aproximando gradativamente, sem quebrarem o contato visual, quando viram já estavam se beijando. Era um beijo lento, mas com pegada, desejo, fervor e luxuria.

Maia tirou uma da mãos que estava na cintura de Lanza e ergueu até a nuca da mais velha, aprofundando ainda mais o beijo. Lanza estava nervosa, não sabia o que fazer já que era a primeira vez que beijava uma mulher.

Então resolveu agir por extinto. Passou um braço ao entorno da cintura de Maia e com a outra mão, fez um leve carinho so rosto de Maia. 

O mundo parecia ter parado, sentiam que existia apenas elas naquele mundo. Sentiam que o coração iria sair bela boca a qualquer momento.

Mas o monento foi interrompido pela falta de ar, se afastaram o suficiente para respirarem e permaneceram com as testas coladas.

– Isso foi incrivel! – Lanza disse com um imenso sorriso no rosto.

– Foi maravilhoso! Espetacular! A melhor coisa que já fiz na vida! – Maia voltou a beijar Lanza, mas dessa vez com mais urgencia.

Maia passeou as mão por toda a lateral do corpo de Lanza, desceu as mãos até a bunda de Lanza deu uma leve apertada no local, o que fez a mais velha soltar um gemido entre o beijo.

– Vamos sair daqui? Tem gente olhando. – Maia olhou discretamente ao redor.

– Vamos. – Lanza concordou.

As duas pagaram a conta e seguiram até o carro de Maia, entram no veiculo e a mais nova deu partida.

A cada sinal vermelho que passavam elas voltavam a se beijar, estavam loucas para chegarem logo ao apartamento de Maia para poderem ficar a sos.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora