Chuva

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Já tinha se passado três semanas que Natasha e Augusto tinha iniciado a fisioterapia. O rapaz estava desanimado pois não via resultados.

Mas estava tendo resultados, mas ele não os via.

Nath, chega, isso não está ajudando em nada. – Augusto reclamou, estava frustrado consigo mesmo, aquele era o sexto sua de fisioterapia e ainda não via resultados.

– Tudo bem, Augusto. – se rendeu –Outro dia continuamos. – guardou seus equipamentos de fisioterapia – Vá tomar seu remédio, já já eu levo alguma coisa para você comer. – Natasha deu um pequeno sorriso.

Era uma quinta-feira ensolarada na capital carioca, Augusto e Natasha estavam em casas a sós. William tinha ido trabalhar, só voltaria a noite.

O rapaz se levantou e seguiu para o quarto, mais precisamente para o banheiro, tirou suas roupas e entrou no Box deixando a água quente cair sobre seu corpo.

Não demorou muito e suas lágrimas começaram a se misturarem com água que caia do chuveiro.
Estava triste, desmotivado e confuso.

Tudo o que mais queria era dormir e só acordar quando tudo isso tivesse passado. Ultimamente sua vida estava agitada de mais, tudo o que mais queria era ter sua vida calma novamente. Talvez, após se recuperar por completo, voltaria para a Argentina. Quem sabe?

Ouviu a porta de seu quarto ser aberta, mas permaneceu em silêncio, logo a porta se fechou novamente.

Desligou o registro, enrolou uma toalha na cintura e voltou para o quarto. Encontrou uma bandeja com um lanche natural posta na mesa de canto.

Estava se fome, mas precisava se alimentar para poder se recuperar e seguir sua vida.

Tomou seus remédios e comeu o lanche que Natasha havia preparado, a mulher estava sendo muito carinhosa e atenciosa com ele. Natasha era como uma segunda mãe para ele, ela era sua melhor amiga, contava tudo para ela.

Vestiu uma roupa confortável e se deitou, os remédios estava começando a fazer efeito.
Não demorou muito e Augusto caiu em um sono conturbado.

Acordou assustado com o barulho dos fortes trovões, diferente de mais cedo agora caia uma forte chuva no Rio.

Pegou seu celular e viu que já era 22:16pm.

Se levantou rapidamente o que o fez sentir uma leve tontura, mas ignorou-a, saiu de seu quarto e caminhou ate a sala de estar.

– Certo...melhor você ficar por aí mesmo, não quero que algo aconteça a você...toma cuidado, meu amor...beijo. – ouviu Natasha conversando com alguém pelo telefone.

– Nath...– chamou pela mulher – Cadê meu pai? – Augusto se sentou ao lado da mulher, tinha os braços cruzados em uma tentativa de se aquecer.

– Ainda está na redação, as ruas estão alagadas. – Natasha deixou o celular sobre a mesinha.

Augusto olhava atentamente a chuva através do janelão de vidro da sala de estar.

– Você esta bem? Está sentindo algo? – Natasha perguntou estranhando o silêncio de Augusto.

Mas o rapaz não a respondeu, mantinha o olhar fixo no janelão.

Natasha preocupada levou a mão até a testa de Augusto constatando que o rapa ardia em febre.

– Augusto, meu Deus, você está com febre. – Natasha falou apavorada.

– Venha, você precisa tomar um banho frio. – Natasha se levantou e ajudou o rapaz a se levantar.

Seguiu com Augusto para o quarto, o deixou no banheiro tomando banho e foi enbusca de um termômetro e um remédio para tirar a febre.

Ao voltar para o quarto encontrou Augusto deitado todo enrolado em uma grossa coberta.

– Tome Augusto  – Natasha entregou o remédio para Augusto que tomou.

Colocou o termômetro na aquicila de Augusto, não demorou muito e o termômetro começou a apitar.

– Se a febre não abaixar serei obrigada a te levar ao médico. – Disse Natasha olhando para Augusto que tinha os olhos quase fechados novamente.

Natasha se deitou ao lado de Augusto e fixou velando o sono do rapaz, de hora em hora verificava a febre.

Agradeceu aos seus pela febre estar abaixando.

Já se passava das duas da manhã quando ouviu a porta principal ser aberta.

Não demorou muito e um William todo encharcado entrou no quarto.

– O que aconteceu? – William perguntou preocupado.

– Augusto teve febre – viu a expressão de preocupação tomar conta do rosto de William – Não se preocupe, eu dei um remédio para ele e a febre já está abaixando. – William deu um suspiro aliviado – E, você vai tomar um banho quente, não quero ninguém doente em casa. – Natasha se levantou e seguiu com William para o quarto do casal.

Enquanto William tomava um banho quente Natasha foi até a cozinha beber um pouco de água, estava com muita cede. Ao voltar para o quarto se deitou na cama, suas costas estavam doloridas.

Logo William saiu do banheiro e foi correndo até a cama e se enrolou por completo, estava quase congelando de tanto frio que sentia.

Um espirro inesperado escapou de William, que encarou Natasha.

– Melhor você tomar um remédio, amor. – Natasha aconcelhou-o.

– Não precisa,  foi apenas um espirro. – sorriu sapeca – Boa noite meu amor. – deu um selinho nos lábios de Natasha – Boa noite bebê. – William fez um carinho na barriga de Natasha.

°°°°

Natasha estava sentada no sofa lendo um livro, tinha acabado de ir verificar se a febre de Augusto tinha ide embora. Suspirou aliviada ao constatar que ele não estava mais com febre.

Augusto dormia um sono profundo, teve uma noite muito conturbada.

– Nath? – ouviu a voz sonolenta de Augusto atrás de si.

– O que você faz de pé? Era para você estar descansando. – Natasha o chamou para sentar ao seu lado.

– Eu...não quero ficar sozinho. – Disse manhoso.

– Como você está se sentindo? – passou a mão pelos fios de cabelo de Augusto.

– Cansado. – admitiu, seus olhos pesavam. – Mas eu não quero dormir. – Augusto apoiou a cabeça no ombro de Natasha – Cadê meu pai? – perguntou com os olhos fechados.

– Foi trabalhar, hoje ele chega mais cedo em casa. – disse a mulher. – Você quer comer alguma coisa? – perguntou.

– Não, estou sem fome. – respondeu baixinho.

– Você precisa se alimentar, Augusto.  – Disse Natasha seria.

– Mais tarde eu como alguma coisa, realmente estou sem fome. – Augusto deu um longo bocejo.

– Estou de olho em você.

E assim eles passaram boa parte do dia, Natasha lendo e Augusto dormindo ao seu lado. O rapaz acordou apenas alguns minutos antes do Jornal Nacional começar.

– Que horas são? – Augusto perguntou dando um longo bocejo.

– Boa noite bela adormecida. – brincou rindo, tirando uma risada do rapaz – Já são quase 20:30. – informou – Como você está se sentindo? – Natasha verificou se a febre de Augusto tinha voltado, mas não.

– Como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. – Augusto deu uma risada amargurada – Liga a TV, já quase na hora do JN começar. – Augusto pediu.

Natasha pegou o controle e ligou a TV a tempo de ouvirem o Boa Noite.

Augusto assistiu o Jornal em silêncio, prestava bastante atenção em Renata. A mulher estava usando uma camisa social branca, uma calça preta e salto.

Juntos pelo acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora