O tempo parecia não passar para Renata, aqueles seis meses foram os mais longos para a jornalista. Pareciam até mais anos.
Durante aqueles seis meses Renata mudou muito, não só fisicamente com mentalmente.
Havia cortado o cabelo, estava um pouco mais magra, tinha olheiras enormes, estava abatida.
Não era mais aquela mulher alegre e comunicativa, agora estava mais isolada de tudo e todos, dormia apenas com a ajuda de medicamentos, a todo momento pensava em Augusto, as vezes nem os remédios davam conta de faze-la dormir e ela acabava passando a noite toda em prantos por causa do rapaz.Pov Renata:
Renata estava na sua sala trabalhando, aquilo era a única coisa que estava a distraindo ultimamente, quando William entra na sala sem bater na porta.– Aconteceu algo? – Renata perguntou sem animo.
– Aconteceu. – Disse sério – Você não está bem e eu já percebi. – a encarou – O que esta acontecendo com você Rê? – William se sentou na frente da mulher.
– Eu estou bem. – mentiu dando seu melhor sorriso.
– Eu te conheço à anos, Renata, você não está bem. – falou novamente – Mas se você não quiser me contar o que esta acontecendo eu te entendo. ‐ William se levantou, foi ate Renata e depositou um beijo em seus cabelos, e saiu da sala da amiga.
Renata deu um longo suspiro cansado, tudo o que mais queria no momento era poder ir para casa e dormir.
Mas não era possível, hoje teria que ficar até um pouco mais tarde pois estava com trabalho acumulado da semana passada já que havia ficado semana passado em casa pois estava gripada.– Seja o wue for que aconteceu para você ficar assim, tão amargurada, não de ligança. Você é uma pessoa extraordinária. – William deu um leve aperto na mão de Renata.
Renata ficou em silêncio, não sabia o que responder, então apenas deu um pequeno sorriso.
Apresentaram o Jornal Nacional como sempre, impecáveis, quando encerraram com o 'Boa noite' cada um foi para sua sala.Ao entrar em sua sala Renata se sentou atrás da enorme mesa de vidro e começou a trabalhar em seu notebook, ouviu seu celular tocar ao lado do notebook mas ignourou. Queria poder ir para casa o mais rápido possível. O celular não ficou muito tempo tocando, deu dois toques e parou.
As pessoas as poucos começaram a ir embora, deixando a redação em silêncio. Havia no máximo umas seis pessoas trabalhando ali, William, Renata, e quatro redatores.
A redação estava tão silenciosa que Renata conseguiu ouvir William conversando com alguém por vídeo chamada.
– Como está sendo aí em Madri? – William perguntou.
– Está sendo incrível pai.
Renato reconheceu aquela voz. Era Augusto.
– Qual será o seu próximo destino? – William perguntou curioso.
– Em cinco dias eu irei para Barcelona. – Disse Augusto animado.
– E quando virá para o Brasil?
– Ainda não sei. – coçou a nuca – Talvez quando a Nath tiver o Ben eu passe uns dias aí. – era uma possibilidade.
– Venha, todos sentem a sua falta. – William tinha um largo sorriso no rosto.
Renata balançou a cabeça, em seu relógio marcava 22:30pm.
Guardou suas coisas e foi até o estacionamento da emissora, entrou em seu carro e dirigiu até o Leblon.
Ouvir a voz de Augusto não fez bem a ela, serviu apenas para deixa-la commais saudades do rapaz.
Pov William:
– E como esta a Renata? – Augusto perguntou ao pai.
– Renata mudou muito desde quando você foi. – contou – Cortou os cabelos, está mais magra, aparenta estar cansada. Acho que ela vai deixar a bancada. – William presumiu e deu um longo suspiro.
– Sério? – Augusto parecia chocado.
– Sim. – respondeu – Ela esta distante, não é mais aquele mulher que você conheceu. Ela está mais quieta, reclusa... está fria. – William suspirou triste.
Um silêncio pairou entre eles.
– Eu preciso desligar, tenho que resolver uns assuntos aqui da Alfa. – Augusto se despediu e encerrou a vídeo chamada.
Pov Augusto:
Parece que as coisas não andam muito bem no Brasil.Será que Renata está assim por minha causa? Será que fiz o certo em vir embora?
Ouço meu celular tocar no quarto, subo correndo as escadas e pego o aparelho que estava em cima da cama.
Meu coração acelera ao reconhecer o número. Sem pensar duas vezes eu atendo.
– Augusto?
Eu tentava falar mas minha voz não saia.
– Augusto, se for você, volta para mim. Eu preciso tanto de você. – a voz de Renata estava embargada pelo choro – Eu sinto a sua falta. – sussurrou.
Quando percebo eu já estava chorando, ouvir a voz dela me pedindo para voltar me
Será que eu estou pronto para voltar? Eu aí da estou tão confuso com tudo. Mas eu só saberia se eu estava pronto se eu voltasse.
E seria isso que eu iria fazer, o mais rápido possível.Eu tinha que voltar, tinha que tentar por tudo em seu lugar. Precisava conversar com Renata.
Eu estava fazendo-a sofrer estando longe dela.
Desco até a sala e pego meu notebook e começo a procurar uma passagem para o Brasil.
Fico algumas horas procurando passagem para o Rio de Janeiro, mas não encontro. Apenas para São Paulo.
– Vai ter que ser essa. – falo pegando minha carteira.
Sem pensar duas vezes eu compro a passagem, quando chegasse em São Paulo eu alugaria um carro e seguiria para o Rio.
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Juntos pelo acaso
FanfictionDurante o réveillon na casa de praia de William, Renata conhece uma pessoa que iria mudar por completo sua vida, o filho mais velho de William; Augusto.