Cap 03 - Morana Mikaelson

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Morana

Minha vinda para esse mundo foi premeditada a séculos atrás, fazendo se cumprir uma antiga profecia de que serei eu a libertar a terra do mal que habita sobre ela. Desde que nasci vivo em sono profundo, só despertarei na centésima octogésima nona lua cheia, que é em meu vigésimo primeiro aniversário e assim cumprir o meu destino. As bruxas me disseram que sou uma Musa, uma nova espécie de sobrenatural, minhas habilidades são diversas, tenho força, imortalidade, posso compelir as pessoas, renasço das cinzas como uma fénix, super velocidade, entre várias outras, não sei se é uma habilidade sobrenatural mas canto muito bem e confesso que sou vaidosa também. Minha magia transcendia meu corpo e era difícil controlar no início, mas agora com as bruxas me ajudando consigo controlar, parte desse controle se deu quando as bruxas me canalizaram para fazer os feitiços que me mantém segura. Enquanto meu corpo jaz, selado sob sete fechaduras em uma casa na floresta nos arredores de New Orleans protegida por feitiços e encantamentos de ocultação e proteção, uma fortaleza impenetrável, para manter meu corpo seguro até o dia em que desperte, minha mente pode desfrutar de músicas, artes, romances, poesias e conhecimentos em um grande salão graças a um feitiço representacional que as bruxas que guardam meu corpo fizeram também me canalizando. Diariamente sigo um cronograma rígido para treinar meus poderes, as minhas nove guardiães entram em minha mente para me fazer treinar feitiços e minhas habilidades. Vivo sozinha a maior parte do tempo, vez ou outra minha mãe vem me visitar, ela sempre tenta parecer feliz, mas sei que o peso de me vê assim a atormenta por todos esses anos, eu demonstro felicidade ao vê-la, na esperança dela se sentir melhor, mas parece funcionar cada vez menos, nesses últimos meses ela me visita com menos frequência, a última vez que me viu ela disse que viria quando fosse seguro e que por enquanto tinha que se afastar. As pessoas que entram em minha mente eu também consigo ver a mente delas e minha mãe da última vez em que a vi parecia assustada e triste. Estava pintando um quadro quando percebi a presença de alguém, era um homem alto e loiro, jaqueta de couro e camisa causal, jeans escuro e sapatos. Fiquei surpresa ao ve-lo pelo fato de não receber visitas de estranhos, mas meu espanto maior foi ao saber que ele é Klaus Miklaeson, meu pai. As bruxas me disseram que quando eu despertar para fazer cumprir a profecia, eu teria que matar o maior monstro que ja habitou na terra, Klaus Miklaeson, livrando assim o mundo do mal que habita sobre ela. Vivi todo esse tempo ouvindo elas falarem que é o bem necessário, mas o tormento de ter que matar meu próprio pai me assombra.

- Sua mãe? - ele volta com as perguntas, falei demais e agora preciso contornar isso.

- Klaus o que está fazendo aqui? - ouço a voz da minha mãe furiosa. Nos levantamos do sofá e Klaus olha para ela com raiva e em seguida me olha.

- Quantos anos você tem? - me pergunta irado.

- Não responda! - minha mãe diz.

- Responda.-  ele grita.

- Tenho vinte anos! - digo e ele se acalma.

- Desculpe, por um momento eu pensei que... - ele diz com um tom baixo e melancólico.

- Minha idade é contada por lua, nove luas equivalem a um ano de vida. - falo na esperança dele entender.

- Então, quer dizer que... - ele olha para minha mãe que baixa a cabeça.

- Ela é minha filha? - pergunta a ela serrando os dentes.

  - Ela é minha filha? - grita e se aproxima dela, uso minha magia para para-lo.

- Porque escondeu a gravidez de mim? - pergunta parando e respirando fundo.

- Por qual motivo escondeu de mim uma filha? - completa voltando a gritar.

- Eu fiquei apavorada, Klaus, imagine a minha surpresa ao saber que estava esperando um filho seu, vampiros não engravidam e mesmo assim eu estava grávida, então a Delphin me procurou e explicou tudo, eu engravidei devido uma artimanha dos ancestrais por ordem dos próprios deuses, pois esse bebe que eu carregava em meu ventre seria o salvador de todo o mundo sobrenatural, iria finalmente unir as facções, incluindo os humanos, Ela me disse que era uma menina e que ela iria nascer forte e saudável, mas que em seus primeiros vinte e um anos iria dormir sob uma maldição, nesse tempo iria ser treinada e ficaria forte o suficiente para quando despertar podesse cumprir o que foi predestinada a fazer. - Ela explica a Klaus.

- Mas isso não te da o direito de esconder ela de mim. - seu descontentamento é nítido.

- Foi para a proteção dela, nada poderia colocar a sua vida em risco. - Minha mãe tenta se justificar, mas é em vão.

- Colocar em risco? Eu jamais a colocaria em risco. - diz furioso.

- A não? A Hope desde que nasceu correu perigo só pelo fato de ser sua filha, Morana se tivesse sido exposta a você, talvez nem estaria mais viva. - Ela diz se aproximando dele.

- Além do mais, ela com todo esse poder, se as pessoas soubessem de sua existência ela estaria constantemente em perigo. - completa e olha para meu pai.

- Klaus, ninguém pode saber dela, ninguém, quando você sair daqui esse segredo não pode sair com você. - ele a olha furioso.

- Você só pode está maluca se pensa que irei sair daqui sem a minha filha. - ele me olha com lágrimas nos olhos.

- Caroline, você me tirou o direito de ser o pai dela, mas de hoje em diante eu quero compensar toda essa ausência. - lágrimas escorrem de seus olhos e ele vem até mim.

- Quando ela despertará? - pergunta me olhando.

- Em três meses. - ela responde e me olha, consento e coloco a mão no peito dele, olhos em seus olhos.

- Esqueça, quando sair daqui você não irá lembrar de nada disso.

- Por favor não! - Ele implora. Por um momento sinto vontade de parar mas sei que isso é o melhor.

- Caroline, não me faça esquecer da minha filha, não é justo. - ele a olha com lágrimas nos olhos.

- Sinto muito mãe, mas não posso fazer isso. - digo e ele me olha.

- Pode lembrar! - digo e faço minha mãe sair de minha mente.

- Obrigado! - Ele agradece e sorrir. Pega em minha nuca e beija minha testa.

- Eu posso te visitar? - pergunta me olhando.

- Quando quiser! - respondo e sorrio, ele retribui, se afasta e some.

Chamas do Destino ( Liv 01 )Onde histórias criam vida. Descubra agora