Cap 45 - Fique

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Morana

Elijah acabou de sair, William está me olhando.
-

Você está bem? - ele pega em meus ombros.
- Estou! - forço um sorriso.
- Mente muito mal sabia? - ele sorrir de leve.
- O que houve? - ele pergunta.
- Nada! - seus olhos estão em mim.
- Ana! - seu tom é baixo.
- São os hormônios. - saio de seus braços e vou saindo da cozinha.
- É ele não é? - paro e fico imóvel.
- Do que está falando? - me viro lentamente para ele.
- O pai dos gêmeos! - encontro seus olhos, ele se aproxima.
- Wil, de onde você.... - tento o convencer do contrário.
- Eu vejo como Elijah olha para você, ele só me olha torto e te afeta de uma maneira mais do que deveria para seu tio. - as palavras dele me faz sentir uma imensa tristeza.
- Não acha que ele merece saber? - a dor que quando Elijah abriu mão de mim volta com tudo, meu peito se afoga em amargura.
- Ele perdeu qualquer direito. - meu tom é triste.
- Você é o pai deles! - coloco a mão em meu ventre, William se aproxima e põe as mãos sobre as minhas.
- Eu vou ter o maior prazer em cuidar deles, estarei sempre ao seu lado. - ele leva minhas mãos para sua boca e as beijam.
- Eu não mereço você. - lágrimas rolam de meu rosto, eles as secam.
- Eu não vou deixar ninguém te machucar. - me abraça forte.
- Ninguém. - completa. Na manhã seguinte estou de saída para ir pra casa de campo com meu pai, vou para o complexo e subo a escada, vou pelo corredor para ir ao quarto do meu pai, quando passo em frente ao quarto de tio Elijah a porta está aberta, olho para dentro do quarto e vejo ele em pe de frente para cama colocando algumas roupas em uma mala.

- Vai viajar? - pergunto na entrada do quarto, ele me olha brevemente e volta a arrumar a mala.

- Não, estou de mudança. - fico imóvel, meus olhos nele, como se eu não estivesse presente ele me ignora.

- Vai se mudar? - digo pausadamente entrando no quarto.

- É melhor assim. - ele fecha a mala e a coloca no chão.

- E para onde vai? - pergunto, ele me olha a puxa a alça da mala.

- Qualquer lugar, menos aqui. - ele se aproxima e passa por mim.

- É por causa do meu pai? - ele se vira e encontra meus olhos.

- Em parte! - seu semblante é triste.

- Faria alguma diferença se eu te pedisse para não ir? - ele desvia os olhos e coloca a mão no bolso.

- Eu preciso ir, não posso ficar. - ele se vira e começa a sair do quarto. Por um momento cogito a possibilidade de contar tudo para ele, mas decido não falar.

- Sei que estou sendo egoísta, mas não quero que vá, fique, se não pelo meu pai, então por mim. - ele para na porta do quarto, se vira rápido e vem até mim, deixando apenas alguns centímetros nos separando.

- Eu abri mão de você, não vou me perdoar nunca por isso, eu não seria capaz de nega-la absolutamente nada, mas não me peça para ficar aqui e ver dia após dia você ser feliz com outro. - ele coloca a mão em meu rosto e o acaricia, lágrimas me vem aos olhos.

- Elijah! - digo num suspiro, ele parece hipnotizado apreciando meu rosto, um segundo depois parece voltar a si e se afasta de mim.

- Eu irei! - diz, começa a sair do quarto.

- Não precisa sair de sua casa, afinal, não quero ser o motivo da sua separação com meu pai. - meu tom é ríspido, passo por ele agressivamente.

Chamas do Destino ( Liv 01 )Onde histórias criam vida. Descubra agora