Chamas do Destino ( Liv 01 )

Cap 36 - Uma primordial.

Morana

Acordar nos braços de Elijah foi uma das melhores sensações que já senti, quando abrir meus olhos vi ele dormindo como um anjo, apreciei a vista por alguns minutos e saí do quarto com cuidado para não acorda-lo e nem ser ouvida por ninguém. No café ele me pareceu atormentado, será que se arrependeu de ter dormindo comigo? Vejo a casa do William e saio de meus pensamentos, estaciono o carro e desço, é uma enorme casa na beira de um lago, rodeado de plantas, aperto a campainha e logo sou atendida por ele. Ao me vê William demostra mais surpresa que satisfação, entendo sua reação pelo fato de ontem não ter aparecido para o encontro.

- Ana, que surpesa! - ele me encara, está com uma camisa casual branca e calça de moleton preta.

- Desculpe ter aparecido assim sem avisar. - digo um pouco tímida.

- Não tem problema, mas confesso que não te esperava aqui. - ele fala colocando a mão no bolso, parado na meio da porta.

- Quem está ai Wil? - ouço a voz de uma mulher vinda de dentro da casa.

- Desculpa, não sabia que estava acompanhado. - meu tom sem graça o deixa da mesma maneira.

- Quem é? - uma mulher se aproxima da porta. É uma senhora, deve ter uns setenta anos, cabelo todo branco e mais baixa que eu, apesar de sua idade avançada ela parece em boa forma.

- Onde estão seus modos menino, convide a moça para entrar. - ela da um tapa no ombro dele o fazendo se afastar da porta.

- Ai vovó. - ele alisa onde a senhora bateu.

- Vovó? - olho surpresa para ele deixando escapar um sorriso.

- Desculpe o meu neto, entre querida. - ela me da passagem e eu entro. Quando passo por ela sinto um cheiro de ervas frescas e principalmente de sândalo, que é uma erva calmante, muito comum entre os lobisomens. Observo a casa com atenção, as paredes da sala de estar de vidros ressaltam a vista para o lago.

- Eu me chamo Emilly! - ela diz com um sorriso encantador.

- É um prazer Emilly, eu me chamo Morana. - estendo a mão e ela a pega.

- O prazer é meu, você é muito bonita Morana. - ela diz soltando minha mão e indo para a cozinha.

- Podemos conversar? - meu tom é baixo, olho para William.