Cap 50 - Confidências

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Elijah

Entro no ateliê e Niklaus está com os cotovelos escorados no para peito da varanda.

- Suma Elijah. - ele diz e continua olhar para a rua. Lembro das palavras de Morana e encontro apoio em uma poltrona que tem ao meu lado.

- Estou aqui para falar com meu irmão, meu confidente e não como homem ou para falar com o pai de Morana. - ele se vira com minhas palavras, me vê destruído indo lentamente para o chão  e vem ao meu encontro, apoia meu braço em seu ombro, me ajuda a levantar e sentar na poltrona.

- Você acha que falhou comigo por causa do nosso pai? Mas você esquece que ele era seu pai também, você era só um garoto como eu, eramos ensinados que tínhamos que respeitar nossos pais, eu não te culpo por você não ter conseguido levantar a mão contra nosso pai. - Niklaus desabafa, isso só me faz entrar mais em angustia e desespero.

- Morana disse que os bebês terão o sobrenome Riche. - encontro seus olhos sem conter as lágrimas.

- Você sabe como eu sempre quis ter filhos, ter uma família e agora eu estraguei tudo. - completo, Niklaus se abaixa e fica da minha altura, o vejo sofrendo junto comigo, sei que como irmão minha dor é a dele também, sofremos junto.

- Eu não deveria te falar isso pelo fato de Morana se minha filha, mas como seu irmão eu preciso que saiba, Morana jamais faria isso com você, ela está brava agora, porém Morana não é injusta, mesmo você a tendo magoado, ela vai te perdoar. - ele levanta e volta a me olhar.

- De tempo ao tempo e tudo vai se ajeitar. Elijah ouça, se você magoar ou simplesmente fizer minha filha chorar de novo eu juro que vou te fazer desejar a morte com todas as suas forças. - ao ouvir suas ameaças eu me levanto.

- Você tem minha palavra. - seco minhas lágrimas e vou saindo do ateliê.

- Elijah? - me viro para Nikaus.

- Sim? - ele se aproxima de mim.

- Espero que se acerte com ela, vejo agora como ela te afeta. - ele coloca uma mão em meu ombro e a outro t em minha nuca e nossas testas se encontram, seus olhos brilham.

- Eu a amo Nikaus, como jamais amei ninguém. - sinto um alívio em meu peito ao confidencializar isso a ele, entendo que ele possa está com raiva de mim, porém ele sabe que preciso dele ao meu lado.

- Não sou eu quem precisa ouvir isso. - ele vai se afastando e volta para a varanda. Saio do ateliê e encontro Rebekah.

- Ainda está vivo, é um avanço. - ela brinca ao me vê.

- Muito engraçado. - digo sem parar de andar.

- Você a ama? - paro e me viro para ela.

- Ama, não é? - ela encontra meus olhos.

- Rebekah, é complicado. - coloco a mão no bolso.

- Não, não é, não precisa ser. - desvio os olhos dela e volto a andar.

- Irmão, não deixe a chace de ser feliz escapar por suas mãos. - as palavras de Rebekah me fazem lembrar de palavras que escreveram para mim. Vou para o meu quarto, abro uma gaveta e tiro uma caixa de madeira quadrada, nela tem algumas fotografias e algumas cartas antigas, pego uma em específico e vou para o trecho que tem as palavras lembrei quando estava com Rebekah. " ... E quando encontrar as partes de sua vida que melhor se encaixarem tenha certeza que não as deixará ir. " a carta que Hayley me escreveu, me faz lembrar o que eu já sabia, Morana é a melhor parte de minha vida. Guardo a carta e a caixa e vou até o cofre que tem em meu quarto, pego uma caixa de veludo vermelha que tem nele e o fecho. Abro a caixinha e vejo uma anel de prata com um diamante vinte e quatro kilates, eu o comprei a uns dois meses, assim que o vi lembrei de Morana. Fecho a caixa e a guardo no bolso. O sol já se pôs e o complexo está um total silêncio, vou para o apartamento de Morana, a porta da sala está aberta, mas Morana não está na sala, entro e vou para a cozinha, não tem ninguém, vou para o quatro e também está vazio. Ouço barulhos vindos do banheiro do quarto, me aproximo e noto que são barulhos de vômito.

- Morana? - digo batendo na porta, a abro lentamente.

- Não entre. - ela diz e volta a vomitar. Fico ali olhando, mesmo assim ela continua muito linda. Quando termina ela levanta e da descarga, vai para a pia e escova os dentes.

- São constantes os enjoos? - pergunto da porta.

- Sim, eu sou muito sensível a cheiros. - ela diz secando o rosto com a toalha. Sai do quarto e eu a sigo.

- Já comprou tudo que precisa? - digo com a mão no bolso.

- Ainda falta algumas coisas e os berços também. - ela diz quando entramos na sala.

- O que faz aqui? - ela se vira para mim e encontra meus olhos.

- Queria ver você. - não tiro meus olhos dela.

- Já é o bastante? - ela pergunta em frente a mim.

- Não, nunca será. - me aproximo.

- Me perdoe! - digo e Morana desvia os olhos.

- Eu quero cuidar de você, quero te dar toda assistência com nossos filhos, não quero que passe por tudo sozinha. - gesticulo, Morana me observa atenta.

- Elijah eu disse que eles teriam o sobrenome do Wil. - ela faz sinal em negativo com a cabeça.

- Eu ouvi, mas isso não muda nada, eu quero está aqui com você, por eles. - olho para sua barriga. Vejo Morana sorrir e pegar em seu ventre.

- O que foi? - pergunto, ela me olha sorrindo.

- Eles estão começando a chutar. - sorrio e me aproximo.

- Deixe eu ficar por perto. - peço, ela exita, me abraça e beija minha bochecha.

- Obrigada! - diz me olhando, sei que consegui amolece-la, quero dar a ela tudo, tudo que ela merece.

Chamas do Destino ( Liv 01 )Onde histórias criam vida. Descubra agora