Cap 25 - Merecedora da verdade

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Morana

Depois do jantar cheguei em casa destruída, me joguei na cama e não consigui parar de pensar que a lua cheia era em dois dias. Meu coração acelerado, fiquei em total agonia, pois não queria voltar a dormir, mas também não queria fazer nenhum mal ao meu pai, as lágrimas insistiam em cair. Hoje é lua cheia, passei os dois últimos dias em angustia e tormento, perdida sem saber o que fazer, meu tempo esta acabando, a lua logo atingirá o ponto neutro da terra e eu tenho que fazer minha escolha. Respiro fundo e vou até minha gaveta, pego a espada e faço a lâmina aparecer, ergo a espada no ar e olho fixamente para a lâmina. Vejo uma figura aparecer em minha frente, um homem, alto e moreno, ele usa uma toga branca que vai até os pés. Coloco a espada em posição de combate.
- Quem é você? - ele se aproxima e coloca a mão sob a minha, me fazendo baixar a espada.
- Não se preocupe Morana, eu me chamo Anúbis. - sinto uma paz e tranquilidade quando ele coloca a mão sob a minha.
- O que faz aqui? - ele nos teletransporta para uma enorme sala, na qual não é possível ver nada, somente uma toalha de piquenique no chão e sobre ela algo que está coberto por um pano.
- Onde estamos? - olho em volta, ele vai para a toalha no chão e se abaixa ficando sentado sob suas pernas.
- Vim para acalmar seu coração. Sente-se. - vou até ele e sento em sua frente. Ele tira o pano do objeto e é revelado uma balança de dois pratos. Olho para ele confusa.
- Morana, sabe qual o significado do seu nome? - ele me olha curioso.
  - Sim, significa morte. - ele consente.
- Isso mesmo, o meu significa abridor de caminhos, é exatamente isso que irei fazer com você. Durante toda a sua você teve que conviver com o fato de um dia levantar a mão contra seu pai, isso atormentou seu coração antes mesmo de abrir seus olhos, um ato desses corrompe o coração, ele se torna obscuro e sombrio, mesmo não tendo ainda cometido o ato. - ele faz uma pena surgir em sua mão e coloca na balança, enfia a mão em meu peito e pega meu coração.
- O que vai fazer? - ele olha meu coração batendo em sua mão.
- Como é possível? - o olho confusa.
- Estamos em minha mente Morana. - ele coloca meu coração no outro prato da balança, porém os pratos permanecem equilibrados.
- Essa pena é da deusa Maat, só os corações bons e puros ficam em equilíbrio com a pena, mesmo você tendo que cometer tal ato infame, não deixou que seu coração se corrompesse, Por isso é merecedora da verdade, sua missão na terra não é matar o seu pai, você foi enviada para dar origem a uma nova espécie de sobrenatural, com sangue do seu sangue, essa nova espécie conseguirá viver em paz e unificará todas as facções inclusive a humana. Você é parte humana Morgana, sabia disso? - suas palavras me deixam ainda mais confusa.
- Mas as bruxas me disseram que... - balanço a cabeça em negativo.
- Elas mentiram para você, queriam usa-la para beneficio próprio. - suas palavras me deixam com raiva, as bruxas mentiram para mim durante todo esse tempo, me ameaçando caso não cumprisse suas exigências.
- Mas elas sabiam meu verdadeiro propósito? - o olho curiosa.
- Sabiam. - a raiva so aumenta.
- Como sabe de tudo isso? - ele sorrir.
- Bem, eu fui designado pelos deuses para te contar a verdade e te impedir de matar seu pai. - ele levanta e estende a mão para mim.
- Você é querida pelas divindades. - pego em sua mão me levantando.
- Como saberei que cumpri minha missão? - começamos a andar.
- Você saberá! - faz um gesto de mão e volto ao meu quarto, olho em volta mais não o vejo. Sinto uma ira me consumir, aperto o punho da espada que está em minha mão.
- Elas não tinham esse direito. - digo a mim mesma em voz alta, saio do quarto as pressas e vou para a escada.
- Onde vai? - ouço Elijah, mas o ignoro.
- Morana! - ele grita, mas continuo descendo as escadas.
- Niklaus! - grita e meu pai sai da biblioteca.
- Morana onde vai? - meu pai pergunta.
- Vou por um fim em um clã de mentirosos. - serro meus dentes sem olhar para ele. No final das escadas abro um portal e o atravesso. Saio em frente a casa onde meu corpo estava enquanto dormia. Elijah e meu pai também atravessam e param ao meu lado.
- O que vai fazer? - Elijah me olha preocupado.
- Vocês vão ver! - meus olhos brilham em um tom roxo vívido. Subo os degraus da casa, fazendo o massimo de barulho, para que elas saibam que estou chegando, seguro minha espada firme, faço um gesto de mão e a porta abre, entro na casa e os dois me segue.
- Ana, o que faz aqui! - Delphin pergunta entrando na sala.
- Estão todas aqui? - ela consente e eu as arrasto para a sala.
- Quero que olhem para mim. - digo fazendo todas se ajoelharem e olhar para mim.
- Vejam meu rosto, pois será a última coisa que irão ver. - ando pela sala.
- Como se atreveram a mentir para mim? - as olho furiosa.
- Do que está falando. - Mary pergunta. - faço sua garganta apertar, ela começa a sufocar.
- Não finjam que são sabem do que estou falando. - todas me olham com medo.
- Ande, digam porque estou fazendo isso. - elas olham e deixam claro que sabem do que estou falando.
- O que fizeram? - meu pai pergunta.
- Respondam. - grito.
- Nós a fizemos acreditar que o destino dela era matar você. - Delphin diz. Meu pai se aproxima dela e vejo que está com raiva, Elijah ne olha incrédulo.
- Era isso então? - diz sem acreditar.
- Era por isso que estava tão angustiada. - o olho.
- Sim, tinha que conviver sabendo que teria que matar o meu pai. - minha ira aumenta a cada palavra que sai de minha boca.
- Mas agora ficou claro que era tudo uma conspiração contra você pai. - digo e ele me olha.
- O que pretende fazer! - vejo ele está curioso.
- O senhor verá, eu só peço que se afaste. - ele abre caminho e fica atrás de mim junto com tio Elijah.
- Eu sou Morana Mikaelson, filha de Niklaus Mikaelson, por seus atos contra mim e conta a minha família, eu as condeno culpadas, irão sofrer, irão pagar, irão morrer e não serão consagradas, serão esquecidas. - ando em linha reta pela sala e  passo a espada no chão, fazendo um linha de fogo.
- Que vocês queimem em seus pecados. - digo indo para o lado de fora, meu pai e Elijah também saem. Quando estamos ja do lado de fora, a uns três metros da casa, faço um gesto de mão e lacro a casa para que nenhuma delas saiam. Ficamos vendo a casa pegar fogo. Olho para cima e a lua cheia está no céu. Sinto uma dor insuportável na perna, isso me faz colocar as mãos no chão para tentar me equilibrar, sinto outra pontada no braço e caio no chão.
- O que é isso? - olho para os dois confusa.
- As bruxas! - meu pai diz me olhando preocupado.
- Ao mata-las ela desencadeou a maldição do lobisomem. - Elijah me olha surpreso.
- O que? - grito sentindo meus ossos quebrarem um a um.

Chamas do Destino ( Liv 01 )Onde histórias criam vida. Descubra agora