Chamas do Destino ( Liv 01 )

Cap 51 - Cicateizes

Morana

Desde que Wil morreu o Elijah sempre está por perto, acho que ele quer ter certeza que eu vou ficar bem, ele diz que quer dar toda a assistência para mim e para os bebês, todos estão me visitando com muita frequência, não querem me deixar sozinha, faz uma semana que perdi o Wil, liguei para o advogado e ele disse que já cuidando de tudo do testamento e que levaria alguns meses. Acabei de chegar em cada, fui comprar umas roupinhas de bebês com tia Rebekah, ela realmente adora fazer isso, sempre que vê qualquer coisa de bebê seus olhos enchem de lágrimas, acho que ela se imagina grávida. Subimos para o apartamento do complexo e colocamos as sacolas na sala, vamos para a cozinha.

- Quer um chá tia? - pergunto pegando a chaleira, ela senta em uma cadeira na ilha da cozinha.

- Sim por favor. - diz e fica me observando, vou na pia coloco água e ponho no fogo, vou no armário pego dois saches de chá e duas canecas, ela me segue com os olhos a cada movimento meu.

- O que foi? - pergunto colocando as canecas na bancada.

- Só estava pensando que eu entendo o Elijah, você é fascinante. Coitado do meu irmão, ele não teve a minima chance. - ela sorrir, eu abro os saches de chá e coloco cada um em uma caneca.

- O que quer dizer? - volto para o fogão e desligo o fogo, coloco a água quente nas canecas.

- Elijah nunca olhou para ninguém como olha para você, em mais de mil anos nunca o vi com esse brilho. - ela pega uma caneca e leva para mais perto dela.

- Nós não temos nada. - digo dando o primeiro gole no chá, tia Rebekah olha para minha barriga.

- Que historia é essa? Vocês vão ter dois filhos. - completa e bebe o chá.

- Tia ele me magoou muito. - tento explicar.

- Eu entendo, mas por um momento se ponha no lugar dele, Elijah sempre foi a pessoa mais racional que eu conheço, ele nunca fez nada no calor do momento e a primeira vez que se deixou levar foi para se envolver com a filha do irmão. - suas palavras me fazem ver por um momento o lado dele, porém mesmo assim a ferida ainda me dói. Termino o chá e ponho a caneca na pia.

- Ele partiu meu coração. - digo sem olhar para ela.

- Então você o ama? - pergunta levantando e vindo até a pia onde estou.

- Isso importa? - olho por cima do ombro.

- Claro que importa, porque se você amar ele vocês podem... - Elijah aparece na cozinha e para na porta.

- Rebekah se importa de me deixar a sós com a Morana? - ele entra na cozinha devagar.

- Claro, vou deixa-los conversar. - ela põe a caneca na pia e sai.

- Vi que comprou várias coisas! - anda pela cozinha com a mão no bolso.

- Sim, tia Rebekah em ajudou. - digo indo até ele.

- Elijah eu queria dizer... - ele puxa minha cabeça para si e me cala com um beijo, morde meu lábio inferior e investe a língua em minha boca, é molhado e possessivo, sua outra mão em minha cintura.

- Elijah! - separo nossos lábios, com as mãos em seu peito encontro seus olhos.

- Elijah, eu gosto de te ter por perto, mas não podemos ter nada, não por agora pelo menos, eu preciso de um tempo. - minhas palavras o cortam, porém sei que ele vai fazer o que eu peço.

- Tudo bem, te darei o tempo que quiser. - ele se afasta.

- Estamos bem? - pergunto ele se vira e sorrir.

- Sim, estamos. - diz e vai para a sala.

- Vamos ver o que comprou. - abre as sacolas e começa a ver as coisas que eu comprei. Vendo ele ali com as roupinhas nas mãos em faz perceber que ele será um ótimo pai e quem sabe talvez em um futuro um ótimo marido.