Chamas do Destino ( Liv 01 )

Cap 37 - Escolhas

Elijah

Estou na biblioteca folheando um livro, sem concentração, não consigo ler uma só palavra, Morana não sai de meus pensamentos, sou consumido por um remorso constante por ter deixado o desejo e a luxúria me possuir, Niklaus não irá me perdoar por meu ato, sempre o quis estável, feliz e sem tormento, para que assim ele podesse viver plenamente, é irónico saber que o motivo de seu maior colapso serei eu quando ele souber o que fiz. Ouço passos apressados e olho em direção da porta da biblioteca que está entre aperta, Morana passa rápido, ela não me vê, pelo seu semblante acho que aconteceu algo.

- Elijah? - Nikaus entra e me olha confuso, volto minha atenção para o livro, me proibindo de olhar em seus olhos.

- Sim! - ele se aproxima e se abaixa.

- O que ha de errado irmão? - seu rosto próximo do meu me faz sentir seus olhos em mim.

- Porque haveria algo errado? - passo a pagina do livro, Niklaus o tira bruscamente de minhas mãos.

- Olhe para mim. - respiro fundo e encaro seus olhos.

- Que isso Elijah? Sempre fomos confidentes, em nossos momentos de tormentos sempre encontramos conforto e alivio um com o outro, agora quer sofrer em silencio? Se abra comigo irmão. - ele diz sem tirar os olhos de mim e coloca uma mão em meu ombro. O peso da culpa inunda meu ser, não quero mentir para ele, porém o peso da verdade é demais para que eu possa encarar.

-  Não tem nada errado. - me levanto apressadamente e saio. Subo as escadas e a angustia faz meus passos ficarem cada vez mais pesados, eu não posso continuar assim. Olho em direção ao quarto da Morana, vou até la e bato na porta.

- Entre! - ouço sua voz, abro a porta e a vejo sentada na cama, ela vem até mim e me beija, passando as mãos em volta do meu pescoço. Pego em sua cintura e retribuo o beijo, o rosto de Niklaus quando ele falou que eramos confidentes vem em minha mente, abro meus olhos e tiro as mãos de Morana de mim.

- Morana, não podemos fazer isso. - seus olhos ficam decepcionados.

- Do que está falando? - desvio o olhar.

- Não podemos continuar com isso, eu não posso fazer isso com seu pai, meu irmão. Morana eu não consegui olhar para ele hoje. - gesticulo enquanto ando pelo cômodo.

- Ta brincando? - ela se aproxima.

- Não pode fazer isso com meu pai? O que? Não pode magoar ele? Mas a mim você pode? - encontro seus olhos e ela parece irritada.