Morana
Elijah bateu em meu quarto e está em minha frente. Ao conhece-lo pensei que fosse como um dos mocinhos dos inúmeros livro que li, bravo, nobre, leal, romântico, não imaginava que ele poderia me tratar com tanto desprezo, quando ele me beijou senti como se nada mais podesse me atingir ou me machucar, mas certamente estava errada. Ve-lo agora parado em minha frente me faz lembrar a falta que ele me fez enquanto estava fora.
- O que quer de mim Morana? - Elijah pergunta fazendo sua mão ficar com a palma para cima. Olho para ele, quero dizer tudo que penso para ele, quero gritar e deixar que ele saiba que apesar de como me tratou após ter me beijado eu gosto dele, que o motivo pelo qual estou com raiva é justamente porque me importo com ele.
- Quero que saia do meu quarto! - é a única coisa que sai de minha boca.
- Só vamos esquecer o que aconteceu e tudo voltará a ser como era. - ando pelo quarto e vou para a porta, a abro e fico segurando, ele entende que é a sua deixa, ele anda até a porta lentamente olhando para o chão.
- Eu sinto muito! - ele diz parando em minha frente e encontrando meus olhos.
- Eu também! - ele sai do quarto e fecho a porta, fico parada por um momento encarando a porta, penso nas outras formas como poderia ter conduzido essa conversa, saio de meus pensamentos quando ouço meu celular receber um nova notificação, pego o celular e vejo uma mensagem do William. " Espero que seu dia tenha sido mágico, sinto falta de sua companhia. Feliz Natal! ". Me sinto mal pela forma como o ignorei nos últimos dias, ele sempre foi atencioso e gentil comigo. " Não foi tão bom assim, mas já está tudo bem. Espero que seu natal tenha sido bom. Feliz Natal. ". Mando a mensagem para ele e vou para a cama, logo o celular notifica uma nova mensagem. " Senti sua falta hoje, posso passar ai? ".
" Já estou na cama! ". Ele logo responde.
" Seria um ótimo presente de natal. ". Sua mensagem me faz sorrir.
" Seria é? Acho que está elevando suas expectativas. ". Digito sorrindo para a tela.
" Só para entregar o seu presente. ". Mordo meu lábio inferior em dúvida, não sei se é uma boa ideia.
" OK, mande mensagem quando chegar. ". Pouco depois meu celular notifica uma nova mensagem.
" Cheguei. ". Levanto da cama e pego um hobby, o visto, amarro e desço, vou para a porta da frente e abro.
- Boa noite! - ele diz assim que me vê.
- Boa noite! - respondo e ele beija minha bochecha. Ele passa os olhos em meu corpo e sorrir.
- Feliz Natal! - mostra uma sacola vermelha em sua mão, eu a pego e desfaço os embrulhos, vejo uma pulseira de prata com as fazes da lua como pingentes.
- Obrigada, é linda. - dou um sorriso simpático em agradecimento.
- Para você lembrar de mim quando usar. - diz colocando a pulseira em mim.
- Esse é o seu! - digo entregando uma caixa pequena a ele. Ele abre e ve um chaveiro com a letra W e uma mensagem em um pingente retangular.
- " O sabor da vida depende de quem tempera. ". Ele rir ao lê a mensagem.
- Não gostou? - ele me olha ainda sorrindo.
- É perfeito. - passa os olhos em mim e me puxa para si me beijando, morde meu lábio inferior e desce para meu pescoço.
- William! - meu afasto dele e olho para trás para ver se não tem ninguém.
- É melhor você ir! - digo preocupada em alguém nos ouvir.
- Tudo bem! - diz se afastando de mim, quando está do lado de fora ele volta e me beija de novo.
- Boa noite! - digo e ele sorrir.
- Amanhã podemos nos vê? - pergunta sem tirar os olhos de mim.
- Tudo bem! - sorrio e ele retribui.
- Jantar? Em minha casa? - o vejo presunçoso.
- Sua casa? - sei que ele está com segundas intenções.
- Sim, só jantar. - ele sorrir.
- Tudo bem, só jantar. Quero experimentar sua comida. Mande seu endereço por mensagem. - digo fechando a porta.
- Tudo bem. - ele diz e sai, fecho a porta e volto para o quarto. Na manhã acordo e vou para o banheiro, escovo os dentes e entro na banheira, pego a esponja e começo a passar pelo meu corpo, cada lugar que a esponja toca lembro do toque do Elijah, fico horas apreciando meu delicioso banho. Ouço batidas na porta.
- Entre! - digo e alguém entra, olho para a porta do banheiro e vejo Elijah escorado na porta.
- Seu pai está perguntando se vai descer agora para tomar café. - ele diz parecendo não se importar por eu está nua em sua frente apenas coberta por água e espuma.
- Já estou indo. - o olho e ele continua lá, uma ideia me vem a cabeça, a toalha está perto dele.
- Pode me passar a toalha por favor? - ele pega a toalha e vem até mim, pego a toalha ainda deitada na banheira, ele parado em minha frente.
- Se me der licença! - ele olha e sai, então saio da banheira e me enrolo na toalha, quando entro no quarto Elijah ainda está lá.
- Ainda está ai? - pergunto indo até a minha gaveta.
- Eu vi o William ontem aqui. - ele diz passando a mão pelos móveis.
- Estava me vigiando? - ele se vira e me olha.
- Não, estava sem sono, então fiquei na biblioteca. - tiro uma calcinha da gaveta e deixo ele ver, ele coloca os olhos nela e logo depois volta a atenção para mim.
- O que ele queria? - tiro um short e uma blusinha da gaveta.
- Acho que isso não é da sua conta. - coloco as roupas na cama.
- Ele dormiu aqui? - começo a ficar com raiva.
- Você sabe que não. - digo e ele parece impaciente.
- Irão se ver? - ele coloca a mão no bolso.
- Tio Elijah, sim, eu vou sair com ele hoje a noite, vou jantar em sua casa, talvez durma lá e perca a virgindade. Algum problema? - meu tom de raiva e deboche o deixam nitidamente desconfortável.
- Sabe que como seu tio não posso deixar isso acontecer. - sua calma parece sumir a cada palavra que sai de sua boca.
- Bom, o máximo que pode fazer é contar para meu pai, ele vai me colocar de castigo e eu posso me teleportar para a casa dele, então não tem muito o que você possa fazer. - visto minha calcinha ainda com a toalha enrolada em mim.
- Você não é assim! - ele diz me olhando sério.
- Talvez seja, você não me conhece, não sabe nada sobre mim. - tento conter minhas lágrimas.
- Tem afeição por ele? - seu tom é triste e desconfiado.
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Chamas do Destino ( Liv 01 )
FanfictionElijah se vê em um dilema moral, sua lealdade ao seu tão estimado irmão Niklaus é colocada a prova quando conhece Morana, uma musa, filha de Niklaus e Caroline, ela jaz adormecida sob uma maldição dos ancestrais a espera da centésima octogésima nona...