Cap 28 - Despedida

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Morana

Minha mãe está dormindo em meu quarto, estou na biblioteca lendo. Eu entendo a fúria da minha mãe, não concordo com ela mas entendo. As portas da biblioteca se abrem e Elijah entra.

- Morana, atrapalho? - Ele se aproxima.

- Não. - fecho o livro e coloco na mesinha de centro, levanto e vou até ele.

- Tenho que ir a londres a trabalho. Só vim me despedir. - não consigo esconder minha tristeza.

- E quanto tempo vai ficar la? - ele anda pelo cômodo.

- Voltarei a tempo do natal. - ele passa a mão pelos móveis.

- Tanto tempo? - olho ele. Seus olhos encontram os meus, ficamos em silêncio.

- E a ação de graças? - pergunto num tom triste.

- Infelizmente irei perder. - ele gesticula com as mãos sem olhar para mim.

- E quando vai? - ele me olha e logo desvia.

- Estou de partida. - bate uma enorme frustração em mim, ele vai perder minha primeira ação de graças.

- Todo mundo vem para ação de graças. - digo me aproximando dele.

- Então, certamente não sentirá minha falta. - seus olhos estão para um quadro na parede.

- Impossível. - ele se vira e me olha. Está com uma mão no bolso.

- Logo estarei de volta. - suas palavras não me convencem, a casa ficará muito vazia sem ele.

- Cuide de seu pai, não deixe ele fazer nenhuma bobagem. Em pouco mais de um mês estarei de volta. - ele se aproxima mais a cada palavra.

- Eu cuidarei. - encontro seus olhos, nos observamos por uns instantes.

- Se cuide! - o abraço, sinto seu perfume delicioso. Meus braços estão em seu pescoço. Me afasto um pouco e encontro seu rosto, ele me olha, dou o goto seco quando noto que seus olhos estão em minha boca.

- Você também. - vejo seu pomo de adão se mover em sua garganta. Dou um passo para trás saindo de seus braços, porém ele me puxa de volta, quando percebo seus lábios estão nos meus. Lentamente vai envolvendo seus lábios sob os meus, fazendo movimentos delicados, perece saborear cada pequeno gosto que minha boca possui, envolve sua língua na minha com um movimento hábil, pressiono seus lábios inferiores com os dentes e ele geme em minha boca, me puxa para mais perto e me aperta, com as mãos em seu pescoço e o puxo para mim, passo a mão pelo seu cabelo dando um leve puxão, ele passeia as mãos por minhas costas e trás uma para minha nuca, desce para o meu pescoço, estou totalmente rendida a seu toque.

- Elijah! - minha voz é rouca e ofegante. Ele volta para minha boca e começa a nos levar em direção ao sofá, sinto o sofá na parte de trás dos meus joelhos, ele me deixa e se coloca por cima de mim, se encaixa entre minhas pernas, fazendo movimento de subir e descer, vai para meu pescoço e desce para meus seios, minha pele queima com cada toque dele, por onde sua boca passa deixa um beijo, fazendo um rastro quente e delicioso, ele coloca uma mão por baixo da minha blusa, vai apertando minha pele e subindo a mão, com isso minha blusa sobe junto.

- Elijah! - olho para porta e ele percebe o que quero dizer.

- Morana. - seus olhos exalam desejo, sua voz demonstra que ele me quer.

- Alguém pode entrar. - digo, ele olha meus lábios e o toma de novo.

- Eu preciso ir. - coloca a mão em meu rosto e o acaricia.

- Tudo bem. - digo beijando sua mão. Ele levanta e estende a mão para mim.

- Eu não deveria ter feito isso! - vejo em seus olhos remorso.

- Por favor não faça isso! - vou para seus braços e coloco as mãos em seu rosto, dou leves beijos em sua boca, logo ele torna os beijos molhados e cheios de desejos novamente.

- Isso não está certo. - ele tira minhas mãos de seu rosto.

- Elijah! - não posso acreditar que ele me beija e depois que agir como se nada tivesse acontecido.

- Você é minha sobrinha Morana. - suas palavras me ferem.

- Eu não deveria, por favor vamos esquecer isso. - seu tom é frio e distante.

- Você é um imbecil. - dou um tapa na cara dele e saio. Não consigo esconder as lágrimas, subo as escadas e vou para a varanda do atelier do meu pai. Vejo Elijah saindo e entrando no carro, ele não me ver.

- Filha? - meu pai se aproxima de mim, enxugo as lágrimas antes dele conseguir ver meus rosto.

- Oi papai! - me viro para ela.

- Elijah se despediu de você. - ele se aproxima e para em minha frente.

- Sim. - me lembro do que aconteceu ente mim e o Elijah, meus olhos enchem de lágrimas, fico de lado para meu pai não ver.

- O que acha de irmos jantar, eu, você e sua mãe? - forço um sorriso para ele.

- Claro, já fizeram as pazes? - ele sorrir.

- Bem, sua mãe tem um temperamento bipolar, hora esta me acusando das maiores barbaridades e logo depois está distribuindo elogios. - vejo que ele está feliz.

- Pelo amor de deus não fique igual a ela. - ele brinca.

- Pode deixar. - ele beija minha testa e s

ai. Não consigo tirar tio Elijah da cabeça.

Chamas do Destino ( Liv 01 )Onde histórias criam vida. Descubra agora