Capítulo 39

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Oiee,

Tá difícil viu gente?!? Não vou mentir...
Comentem bastante pra animar a escritora aqui.
Um beijo pra quem comenta sempre, vcs me alegram nesse caos.

Beijinhooos💋
Rafa🦋
@ConduruRafa
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A Carla não importava se não tinha um encontro, apenas ver Arthur, falar com ele e restaurar a sanidade.

— Preciso ver o Sr. Picoli — disse desesperada ao passar pela recepcionista.

— Mas Srta. Diaz...

Sem ligar, Carla atravessou a antessala e abriu a porta sem bater.

— Arthur!

Ele ergueu uma sobrancelha, fez sinal para que ela entrasse e continuou a conversa telefônica. Achou que ela parecia nos últimos estágios de uma caçada humana, e na frente, não atrás dos cães. Seu primeiro instinto poderia ter sido confortar, aliviar, mas prevaleceu o bom senso. Era demasiado óbvio que ela estava ficando farta e detestando aquilo.

Frustrada, ela girou pela sala. A energia nervosa fluía por dentro. Ela foi à janela, e depois, inquieta, deu as costas à vista. Acabou por dirigir-se ao bar e servir-se de uma desafiadora dose de vermute. Assim que ouviu o telefone estalar no gancho, virou-se para ele.

— É preciso fazer alguma coisa!

— Se você vai ficar sacudindo isso por aí — indicou o copo —, é melhor tomar um pouco primeiro. Vai se molhar toda.

Com uma expressão séria, ela bebeu um longo gole.

— Arthur, minha mãe tem de voltar para São Paulo.

— Oh? — Ele acabou de escrever uma anotação. — Ora, vamos sentir vê-la partir.

Não! Não, ela tem de voltar, mas não quer. Insiste em ficar aqui e cuidar de mim até me deixar catatônica. E Marcos — continuou, antes que ele pudesse comentar. — É preciso fazer alguma coisa com Marcos. Hoje... hoje foi a salada de camarão com abacate. Eu não suportarei muito mais. — Inspirou fundo e prosseguiu numa estonteada fieira de queixas. — Rodolfo me olha como se eu fosse Joana d'Arc, e o resto do pessoal da cozinha é igualmente ruim, se não pior. Estão me deixando louca.

— Isso eu estou vendo.

O tom de voz a fez de novo parar de repente, estreitando os olhos.

— Não me dirija esse sorriso de gozação.

— Eu estava sorrindo?

— Nem esse ar inocente — ela cortou. — Você estava sorrindo por dentro, e os colapsos nervosos decididamente não têm graça.

— Absolutamente certa. — Ele cruzou as mãos sobre a mesa. — Que tal se sentar e começar do começo?

— Escute... — Ela desabou numa poltrona, tomou o vermute e tornou a levantar-se e andar de um lado para o outro. — Não é que eu não agradeça a bondade, mas há um ditado que diz que uma coisa boa nunca é boa demais.

— Acho que já ouvi isso.

Ignorando-o, ela mergulhou de cabeça.

— A gente arruína uma sobremesa com demasiada paparicação, demasiada atenção, sabe.

Ele fez que sim com a cabeça.

— O mesmo se diz às vezes das crianças.

— Pare de ser engraçadinho, droga.

— Parece que não preciso fazer esforço algum para isso.

Ele sorriu. Ela esboçou um ar sério.

Sobremesa de CarlaOnde histórias criam vida. Descubra agora