Oiie,
FELIZ ANO NOVO!
Eu tenho outro livro da mesma autora que amo muito, se vcs quiserem me avisem.Beijinhooos💋
Rafa🦋
@ConduruRafa
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Arthur desligou o telefone aborrecido. Tinha certeza de que Carla voltaria essa noite. Mas embora houvesse ligado para o apartamento dela várias vezes, ninguém atendera. Ele perdera a paciência, e não estava no clima de descer e ser sociável na suíte de Mara. Em grande parte como fizera seu pai, puxava e ajeitava a gravata.Quando tudo aquilo acabasse, quando ela estivesse de volta, ia encontrar um meio de convencê-la a ir embora com ele. Ia encontrar a droga da ilha no Pacífico, se era do que precisava. Ia comprar a droga da ilha e montar a casa. Criar uma cadeia de salões de pizza ou restaurantes de comida rápida. Talvez isso a satisfizesse.
Sentindo-se irracional e apenas um pouco mesquinho, andava de um lado para o outro no apartamento.
Mara examinou a suíte e balançou a cabeça. As flores davam um belo toque — não demasiadas, apenas uns pequenos botões aqui e ali para emprestar à sala um ar de jardim. Um toque — só um toque de romance. O vinho esfriava, as taças faiscavam à luz discreta. E Marcos se superara com os hors d'oeuvres, concluiu. Um pouco de caviar, um pouco de patê, miniquiches — tudo muito elegante. Devia lembrar-se de fazer uma visita à cozinha.
Quanto a ela própria — Mara levou a mão ao coque na nuca. Não era seu estilo habitual, mas queria acrescentar um ar de dignidade. Sentia que a noite podia exigi-lo. A calça de seda preta, porém, e a blusa que deixava os ombros nus, eram sensuais e chiques. Ela simplesmente não resistiu à vontade de vestir-se para representar o papel.
O cenário estava preparado, decidiu. Agora era apenas uma questão de os atores...
Soou a batida. Com um lento sorriso, Mara dirigiu-se à porta. Ia começar o Primeiro Ato.
— J.P.! — O sorriso dela foi brilhante, as mãos estendidas para ele. — Que coisa maravilhosa ver você de novo após todo este tempo.
Ela continuava com uma beleza tão estonteante quanto antes. Não havia como resistir àquele sorriso. Embora ele viesse determinado a ser muito distante e polido, sua voz ganhou calor.
— Mara, você não parece nem um minuto mais velha.
— Sempre galanteador. — Ela riu e beijou-lhe a face, antes de voltar-se para a mulher ao lado dele. — E você é Beatriz. Que maravilha nos encontrarmos finalmente. J.P. me falou tanto de você que sinto que já somos grandes amigas.
Beatriz mediu a mulher do outro lado da porta e ergueu uma sobrancelha.
— Oh?
Não era nenhuma tola, decidiu Mara na hora, e gostou dela.
— Claro, isso foi muito tempo atrás, por isso temos de começar a nos conhecer de novo. Agora, por favor, J.P., tenha a bondade de abrir uma garrafa de champanhe.
J.P., uma pilha de nervos, atravessou a sala para obedecer. Um drinque seria uma excelente ideia. Ele teria preferido bordeaux, puro.
— É evidente que eu a vi muitas vezes — disse Beatriz. — Tenho certeza de que não perdi um filme seu, Sra. Diaz.
— Mara, por favor. — Num gesto simples e gracioso, Mara pegou um botão de rosa num vaso e entregou-o a Beatriz. — E estou lisonjeada. De vez em quando eu me afastava. O último afastamento foi o mais longo. Mas sempre voltar ao cinema é como voltar a um velho amante.
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Sobremesa de Carla
FanfictionUma chef refinada, mas viciada em junk food? Quanto mais Arthur Picoli conhece a extraordinária confeiteira Carla Diaz, mais fica intrigado e decidido a contratá-la. Arthur quer o melhor profissional do ramo, e Carla possui uma experiência excelente...