Eai amores,
Estão gostando da história??
Me deixem saber, comentem bastante.Beijinhooos💋
Rafa🦋
@ConduruRafa
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Infelizmente, Carla ia precisar de um telefone no escritório. Preferia que não a perturbassem no trabalho, e os telefones costumavam perturbar, mas ela já quase concluíra o menu final. Aproximava-se do estágio prático de marketing seletivo. Com tantas coisas novas — e difíceis de encontrar uma a uma — na lista de compras, teria de iniciar a procurar os melhores fornecedores. Era um trabalho que teria adorado delegar, mas confiava mais em seus talentos de negociadora, e sua própria intuição, do que nos de qualquer outro. Quando se escolhia os melhores fornecedores de ostra ou quiabo, precisava-se dos dois.Após organizar o trabalho da manhã, deu um aceno satisfeito para a pilha de papéis. O instinto ao assumir aquele tipo muito diferente de trabalho fora válido. Estava fazendo-o, e fazendo bem. A reforma da cozinha estava exatamente como previra, a equipe bem treinada — e com os acréscimos testados e selecionados que trouxera ficaria mais ainda. Os novos chefs de massas eram melhores do que esperara. Caio e Wal haviam mandado um cartão-postal do Havaí, postado, com certa honra, na frente da geladeira. Carla só por um instante ficou tentada a agradecer-lhes.
Ela interferira muito pouco com a disposição da sala de jantar. A iluminação era excelente, as toalhas impecáveis. Só a comida — a sua comida — seria toda a renovação de que o restaurante precisava.
Logo, pensou, ia poder mandar imprimir os novos menus. Tinha apenas de ver alguns preços e pechinchar sobre os termos e horas de entrega. O passo seguinte era a instalação de um telefone. Preferindo cuidar disso imediatamente, ela se dirigiu à porta. Entrou na cozinha por uma ponta e Mara pela outra. Todo o trabalho cessou.
Divertia-a, e mais ou menos satisfazia, a mãe ter aquele efeito estonteante sobre as pessoas. Viu Marcos parado, olhando fixo, com a colher na mão pingando molho distraidamente no chão. E, claro, Mara sabia como fazer uma entrada. Podia dizer-se que era uma mulher feita para entradas.
Ela sorriu devagar — quase parecia com hesitação quando entrou, trazendo consigo um cheiro de Paris e primavera. Tinha os olhos mais cinzentos que os da filha, e, apesar da diferença em anos e experiência, mais inocência. Carla ainda não decidira se calculada ou inata.
— Alguém pode me ajudar?
Seis homens se adiantaram. Marcos chegou perigosamente perto de deixar a colher pingar no ombro de Mara. Carla concluiu que era hora de restaurar a ordem.
— Mãe.
Abriu caminho pelo círculo de corpos em torno de Mara.
— Ah, Carla, exatamente quem eu estava procurando. — Enquanto pegava as mãos da filha, ela dava ao grupo de rostos masculinos um sorriso arrebatador. — Que coisa mais fascinante! Não creio que já tenha estado numa cozinha de hotel antes. É tão... ah... tão grande, oui?
— Por favor, Sra. Diaz... Madame. — Incapaz de conter-se, Marcos pegou a mão dela. — Eu ficaria honrado em mostrar-lhe o que a senhora queira ver. Talvez gostasse de provar um pouco de sopa.
— Que bondade. — O sorriso dela haveria derretido chocolate a cinquenta metros. — Claro que devo ver tudo onde minha filha trabalha.
— Filha?
Era óbvio, pensou Carla, que ele nada ouvira além de violinos desde que Mara entrara no aposento.
— Minha mãe — disse em voz clara —, Mara Diaz. Este é Marcos, encarregado da equipe da cozinha.
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Sobremesa de Carla
Fiksi PenggemarUma chef refinada, mas viciada em junk food? Quanto mais Arthur Picoli conhece a extraordinária confeiteira Carla Diaz, mais fica intrigado e decidido a contratá-la. Arthur quer o melhor profissional do ramo, e Carla possui uma experiência excelente...