Capítulo 49

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E veio ai o último capítulo dessa história que eu amei adaptar pra vcs.

Obrigada por terem lido e comentado. Espero que vcs tenham gostado tanto quanto eu gosto dela.

Beijinhooos💋
Rafa🦋
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Quando a porta se fechou, Carla ficou parada no lugar, sem saber se queria aplaudir ou atirar alguma coisa.

— Um senhor desempenho — comentou Arthur. — Mais champanhe?

Ela podia ser tão polida e casual quanto ele.

— Tudo bem.

— Como estava Roma?

— Quente.

— E seu bolo?

— Magnífico. — Erguendo a taça novamente cheia, ela se afastou dois passos. Sempre era melhor falar das coisas sem importância quando tantas necessidades urgentes pressionavam. — Tudo correndo tranquilamente por aqui?

— Surpreendentemente. Embora eu ache que vou ficar aliviado por você estar aqui para o primeiro dia amanhã. Me diga... — ele bebericou o champanhe e aprovou-o. — Quando você soube que meu pai e sua mãe tinham tido um caso?

Era bastante direto, ela pensou. Bem, devia ser igualmente direta também.

— Quando aconteceu eu era apenas uma criança, mas as crianças são astutas. Você pode dizer que eu desconfiava na época. Tive certeza quando falei pela primeira vez o nome de seu pai à minha mãe.

Ele balançou a cabeça, lembrando o encontro em seu escritório.

— Até onde você deixa que isso a perturbe?

— Foi desagradável.

Ela mexeu os ombros, inquieta.

— E está decidida a não deixar a história se repetir.

A visão que ele tinha das coisas era muitas vezes de uma precisão brutal.

— Talvez.

— Mas então, em termos de conversa, se repetiu.

Com outra tentativa de casualidade, ela espalhou um pouco de caviar num biscoito.

— Mas então, nenhum dos dois era casado.

Como se fosse um simples papo geral de coquetel, Arthur escolheu uma quiche.

— Você sabe por que sua mãe fez isso esta noite.

Carla balançou a cabeça quando ele ofereceu a bandeja.

— Mara jamais pode resistir a qualquer tipo de cena. Ela montou o palco e trouxe os atores, para me mostrar, eu acho, que embora o casamento talvez não seja perfeito, pode ser duradouro.

— Ela teve sucesso? — Como Carla não respondeu, ele largou a taça. Era hora de pararem de rodeios, de pararem de falar em generalidades. — Não deixei de pensar em você nem uma hora desde que a vi pela última vez.

Os olhos dela encontraram os dele. Impotente, ela balançou a cabeça.

— Arthur, acho que você não devia...

— Droga, você vai ter de me ouvir até o fim. Nós somos bons um para o outro. Você não pode me dizer que não acredita nisso. Talvez tivesse razão antes sobre o modo como planejei meu... minha corte — decidiu, por falta de uma palavra melhor. — Talvez eu fosse presunçoso demais a respeito, seguro demais de que se esperasse o momento exato teria exatamente o que desejava com a mínima quantidade de problemas. Eu tinha de ter certeza, senão ficaria louco tentando lhe dar tempo suficiente apenas para ver o que podíamos ter juntos.

Sobremesa de CarlaOnde histórias criam vida. Descubra agora