Capítulo 8

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Cinco anos antes.

Seus lindos céus azuis piscam maliciosamente para mim, ao mesmo tempo em que sua boca se abre em um sorriso confiante enquanto nós dançamos do nosso próprio jeito.
Eu coloco minha mão em seu rosto, e ela esfrega a buchecha contra a minha palma calejada graças ao hóquei.
Josephine passa os braços pela minha cintura, e eu rio quando penso que apesar dos saltos altos ela ainda não fica da mesma altura do que eu.


- Está me achando engraçada, jogador ?


Josephine pergunta, se demorando demais com a última palavra o que me faz respirar fundo.
Merda, não cosigo me controlar quando ela me chama assim, respondendo a mesma altura do que eu quando a chamei de baby.
Ela anda me enlouquecendo a um bom tempo, e apesar de saber que ela estava muito ocupada hoje eu tinha que vê-la.
Claro que não esperava encontra-la prestes a chorar enquanto sua colega de quarto claramente não se importava, não pensei que ela fosse aceitar vir comigo, mas bom, aqui estamos nós.


- Não baby, não estou. Só estou pensando que você me deixou louco essa semana.

Eu digo, e um brilho de divertimento ilumina o rosto de Josephine apesar de o desejo estar tão claro quanto água cristalina.

- Eu deixei você louco, jogador?

- Pode ter certeza de que deixou, baby.

- E o que você vai fazer a respeito?


Josephine me pergunta, e eu lhe dou  um sorriso largo, porque ela não deveria ter desafiado um jogador de hóquei, mas... estou agradecendo aos céus por ela ter feito isso.
Sem esperar mais um segundo eu levo seus lábios até os meus e deixo que a mágica aconteça.
Ela não perde tempo, me envolve e me enlouquece conforme sua língua encontra a minha, e eu não consigo deixar de gemer quando sinto suas mãos apertarem minha bunda.
Ahhh baby...


- Hey! Arrumem um quarto, seus tarados!

Shene grita em algum lugar atrás de mim, e eu tenho a leve sensação de que estão todos olhando para a gente, mas que se foda, olha só para essa mulher.
Eu aperto o corpo de Josephine contra o meu, e sei que ela fica na ponta dos pés porque sua altura aumenta tanto quanto o meu desejo.


- Você... eu... meu quatro...


Eu tento formar uma frase, mas não consigo, não quando tento tomar mais fôlego e controlar o volume na minha calça ao mesmo tempo.


- É só mostrar o caminho, jogador!


Josephine responde também ofegante, e eu sorrio ao mesmo tempo em que seguro sua mão e a guio pelas escadas até o meu quarto, feliz por estar usando calças jens ao invés de um moletom.
Eu pego a chave do meu bolço e abro a porta, trancando a mesma quando entramos no quarto.


- Quando se mora em uma casa na faculdade e há uma festa nela é melhor manter a porta trancada.


Eu digo, e Josephine concorda com um aceno de cabeça enquanto observa o lugar ao redor.
Uma cama grande no meio;uma janela pequena logo acima da minha mesinha de cabeceira; uma TV mediana ao lado da porta e presa a parede; um armário também mediano; uma poltrona onde está a minha bolça com as coisas do time e é isso.
Embora, o que mais chame a atenção de Josephine é minha mesinha de cabeceira, onde está uma luminária e dois porta retratos.
A moldura pequena e na horizontal é de madeira e tem uma foto dos meus pais comigo, Titan e Mercy de quando tínhamos 11, 12 e 10  anos respectivamente. A outra moldura está na vertical e sou eu sozinho, com sete anos, usando todo o equipamento de hóquei do meu primeiro time, juntamente com meu primeiro troféu. Na foto dá para ver a ausência dos dois dentes da frente, meu cabelo molhado de suor e as buchechas mais vermelhas do que nunca, mas eu estava radiante, afinal era o primeiro troféu que eu ganhava.



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