Capítulo 14

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Presente.

- Eu tô falando cara, vai ser épico!


Shene diz, enquanto caminhamos até nossos carros no aeroporto, após um voo de 1 hora e 14 minutos do Canadá para casa.
O jogo foi acirrado o tempo inteiro, a cada ponto que eu fazia o Toronto Maple Leafs fazia outro, mas no último tempo eles marcaram dois gols a mais e meu time não conseguiu fazer nada para mudar esse placar. Nós perdemos, e eu estou com meu ombro dolorido graças a um dos atacantes de Toronto, mas fico feliz quando penso que amanhã vou ver a Josephine.



- Eu não vejo a hora de você ver como as coisas vão ficar. Vai ser o melhor aniversário da sua vida!



Shene infatiza e eu sorrio ao mesmo tempo em que abro minha Mercedes AMG GT 63s.


- Cara, eu disse que não preciso fazer uma festa de aniversário.



- Tá, mas eu preciso, e já está quase tudo pronto. Fala sério Hero, seu aniversário é daqui a algumas semanas.




Shene diz, e eu desisto de tentar convence-lo de que não precisa fazer uma festa para mim, ainda mais na sua própria casa.
Eu o agradeço mais uma vez e confiro meu celular antes de entrar no meu carro. Josephine não respondeu a mensagem que eu mandei perguntando se ela queria fazer alguma coisa hoje a noite, sei que ela andou ocupada nessa semana, mas uma leve pontada de tristeza me atinge, droga.
Nossa primeira noite juntos foi na semana retrasada, e desde então estamos nos vendo e nos falando todos os dias, ou ao menos estávamos antes de eu ter que ir para o Canadá. 



Alguns paparazi seguem o meu carro, mas eu cosigo despista-los, estando logo  dirigindo com tranquilidade apesar da inquietação no meu peito. Sei que deve ser bobagem da minha parte, mas não quero me afastar de Josephine, ou que ela me afaste por achar que não pode lidar comigo mais uma vez na sua vida.
Esse pensamento acelera o meu peito, mas eu resolvo ignorá-lo por enquanto.
Eu entro na garagem do meu prédio, e uma vez que meu carro está estacionado em uma das minhas quatro vagas eu entro no elevador que vai se abrir direto na minha sala de estar.


Levo minhas mãos até a gravata, e tiro  a mesma rapidamente, uma das coisas que eu menos gosto no hóquei profissional são as exaustivas coletivas de impressa.
Eu divago quanto as mesmas, mas as portas do elevador se abrem, mudando minha atenção para a mulher parada na bancada na minha cozinha, concentrada em preparar alguma bebida. Me lembro de ter colocado suas digitais no meu sistema na semana passada, mas não pensei que ela fosse usá-las tão depressa.
Josephine está descalça, com os cabelos soltos e usando uma das minhas blusas oficiais do time. Eu observo a agilidade com que ela prepara o martini, antes de virar sua cabaça para as portas abertas do elevador, onde eu ainda estou parado, olhando para ela como um bobo.



- Sei que invadi a sua casa, mas juro que não vou fazer você de refém.


Josephine diz, entanto pega duas azeitonas de um pontinho de vidro, colocando uma em cada taça de martini.
Me sentindo subitamente animado com sua provocação, eu ando com o máximo de charme que cosigo e, deixando minha mala no meio da sala, me aproximo de Josephine, que está levemente ofegante. Ahh baby...


- Uma pena, acho que seria muito interessante ser seu refém.


Eu digo sorrindo, e entrando na brincadeira, o que faz um sorriso sensual se abrir nos lábios de Josephine, que me entrega uma das taças de vidro.



- Vou pensar a respeito.


Josephine diz, se referindo a me fazer de refém e meu pau se animada mais do que eu sou capaz de conter.
Ela pega a outra taça e nós brindamos, mas sem nunca tirar os olhos um do outro.



Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora