Capítulo 47

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Eu jogo hóquei a minha vida inteira, o que significa que estou acostumado a enfrentar homens altos, fortes e sedentos por uma vitória.
Estou acostumado a patinar rápido com quase um time adversário inteiro pronto para me jogar longe ou quebrar os meus ossos, potencialmente ambas as coisas, e, mesmo assim estou sendo desarmado por uma imagem em preto e branco do útero da minha esposa, que agora está com uma bolinha ali dentro.



- Ainda não é possível sabermos o sexo do bebê, mas está tudo em ordem.
Os exames que você fez ontem estão  excelentes Josephine, e como está tudo bem com o bebê, vocês podek viajar no Natal, se quiserem.



A médica diz, e embora eu não fique muito animado com isso, é só voltar a olhar para telinha com o bebê que eu volto a sorrir.
Dois dias se passaram desde que os Rangers ganharam o campeonato, dois dias desde que eu descobri que seria pai, e embora a minha fixa tenha caído na hora, acho que só agora estou começando a me sentir como um pai.



- Isso é tão surreal.


Josephine diz em um sussurro, enquanto olha para a primeira foto, agora impressa pela médica, do nosso bebê.




- Para mim parece muito real. 




Eu digo, totalmente encantado, e minha baby me olha como se eu fosse louco, mas o sorrio em seus lábios não engana ninguém.
Eu a beijo, como tenho feito sem parar nos últimos dias, e ela ri enquanto morde o meu lábio inferior.



- Bem, terminamos por aqui. Eu posso marcar nossa consulta para a primeira semana de janeiro ?



- Sim, isso seria ótimo.


Josephine responde a médica, enquanto abaixa a própria blusa e se senta na maca do consultório para poder voltar ao chão.



- Doutora, eu confio na sua descrição, mas quero me certificar de que essas consultas não serão vendidas para a mídia. Com os Rangers tendo ganhado o campeonato, os desfiles da Josephine e o nosso noivado, todos adorariam a notícia de uma gravidez, mas nós queremos manter isso particular, por enquanto.



Eu digo, e a médica de cabelos castanhos claros e olhos marrom sorri ao mesmo tempo em que desliga o aparelho que até agora estava me mostrando a imagem no meu primeiro filho.




- Não se preocupe, Hero. Vocês dois não são as únicas celebridades que eu atendo.



A médica diz sorrindo, e eu sorrio para ela também antes de acompanhar Josephine até a saiada.
Assim como havíamos combinado, Roy está nos esperando no estacionamento, de forma que os paparazi não tenham acesso a nenhuma fotografia minha ou de Josephine saindo de um consultório médico.


Minha baby encosta a cabeça no meu ombro enquanto Roy nos leva para casa, e eu preciono meus lábios contra sua cabeça ao mesmo tempo em que pego as pequenas imagens em preto e branco das suas mãos.



- Eu espero que seja uma menina.




Eu digo para minha noiva, que levanta a cabeça do meu ombro para me encarar.



- Sério? Eu pensei que você gostaria se fosse um menino.




Josephine diz, com um sorriso amplo nos lábios, e eu nego com a cabeça ao mesmo tempo em que passo um braço ao redor do seu corpo.




- Eu vi Mercy nascer, e me lembro de como eu ficava fascinado por como ela era fofa e engraçadinha. Seria legal ter a minha própria menina.
Mas e você?




Você e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora