CAPÍTULO 41

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PDV. OLIVER

Foi horrível ouvir com detalhes tudo que fizeram com Hydra mas foi necessário ouvir e imaginar tudo aquilo.

E pelo visto eu não estava sozinha já que volte e meia ouvia rosnados não só de Orion como da metade dos novas espécies que estão no prédio.

- Isso pode ser o motivo por trás do vômito - pela primeira vez em todo o dia Mariko não anotava no caderno.

- Como assim?- olho pra ela nervoso.

Confio em Mariko com a minha vida só não posso confiar a vida de Hydra assim de mão beijada, mesmo sabendo que nos dois queremos o seu bem eu simplesmente não consigo.

- Eu já sabia dessa possibilidade bem antes de saber da sua existência - eu não sei se isso é bom ou ruim.

- O que você sabe tia Mariko?- já estávamos pronto pra ir pra casa.

Não preciso e nem quero outra rodada de exames e testes disfarçados de procedimento médico.

- Boa parte do seu DNA é réptil pra ser mais clara serpente - balanço a cabeça.

Isso é bem óbvio se você levar em consideração seus sinais e sua língua birfugada.

- Sua família toda tem cobra como base do DNA isso pode incluir algumas peculiaridades junto - ela faz uma das suas pausas em busca de ar.

- Podemos ir direto ao assunto? Não aguento mais ficar aqui preciso da minha casa e deixar Hydra longe de tudo isso - ela revira os olhos.

- Cobras podem passar até 6 meses sem se alimentar isso ajuda no crescimento - faço uma careta.

- Não imagino como ficar com fome ajuda no crescimento - vejo Mariko impaciente.

- O que eu tô querendo dizer é que você não pode comer durante as aplicações e muito menos antes isso pode ter causado a enjoou, já que eles não te alimentavam durante os testes - o silêncio logo se torna desconfortável.

- Acha isso seguro?- ela demora a responder.

- Nada que venha daquele lugar é seguro, porém é a única coisa que sabemos até agora - balanço a cabeça - Tentam se alimentar de coisas leves - ela já está de costa. - Tudo vai ficar bem - parecia que Mariko sabia do que precisávamos.

- Vamos pra casa?- olho pra ela que tinha um olhar estranho.

- Acha mesmo que isso pode me dar mais tempo?- ela aponta pra o local onde o acesso intravenoso estava.

- Vai te dar a cura só precisamos ter paciência - ela balança a cabeça - Agora vamos que eu não aguento esse cheiro de limpeza ao extremo - escuto ela rir - Hospitais humanos não tem um cheiro tão forte de limpeza desse jeito - ela nega com a cabeça.

- É porque cheira a medo e só você não consegue sentir - paro pra pensar sobre isso.

- Talvez seja a verdade - caminhamos pra fora do centro médico.

Todo o caminhão até a nossa casa foi feito com brincadeiras e piadas tudo isso pra deixar o clima mais leve e descontrair.

Não precisamos viver com uma incerteza gritante sobre as chances de tudo isso dar errado.

- Lar doce lar - ajudo Hydra a descer mesmo que ela não precise de ajuda.

- Todos estão lá dentro?- balanço a cabeça.

- Vão fazer uma recepção calorosa com direito a balões e tudo mais - ela rir.

- Minha mãe acha isso exagero - se ela souber que foi a própria Apu que concordou e planejou tudo isso.

- Então vamos entrar e ver tudo que fizeram pra você - o corpo de Hydra ainda não está 100%, dava pra ver o esforço pra realizar coisas simples e a dificuldade que ela tinha em coisas um pouco mais complexas.

Hydra disse que depois de cada aplicação ela sempre era obrigada a lutar, era como se a luta mantivesse seu corpo em alerta isso deve ter algum benefício que Mariko ainda vai descobrir.

Por hora eu fico feliz só em saber que ela vai ter uma recepção barulhenta e com a família que ela ama.

Assim que abro a porta escuto gritos e vejo confete no ar e logo sinto abraços e frases do tipo "que bom que está de volta" ou "senti sua falta".

- Macho humano fofoqueiro - Orion fala quando me abraça - Apu planejou isso por horas e você estragou - me sentiria mal se não fosse pelo sorriso de Hydra.

- Tudo deu certo não deu?- ele fica em silêncio. - Ela é espécies e reconheceu o cheiro das meninas queria que eu fizesse o que?- ele rir.

- Moramos muito perto Oliver sempre tem o nosso cheiro em todo lugar até na suas roupas - ele nega com a cabeça como se tivesse destruído o coelhinho da páscoa de um criança.

- Está dizendo que..- ele não me deixa continuar.

- Que você foi enganado, tapeado, enrolado  - ele rir - Tem uma palavra que Ludmila fala que eu adoro como se diz...- ele fala sozinho.

- Trouxa?- ele rir alto.

- Isso - sinto seu braços passado em volta dos meus ombros - Você meu querido Oliver foi feito de trouxe por aquela fêmea minúscula e perigosa - ele aponta pra Hydra.

- Sabe que não me importo de ser feito de trouxe por ela não é?- ele rir mais alto.

- Estranho séria se você se importasse com isso - olho pra ele - Hydra é sua vida agora e nada que possa dizer ou fazer vai mudar isso - não queria poder mudar isso - Ravi tem sorte, Hydra escolheu um bom macho mesmo quando não sabia que estava fazendo isso - me sinto sortudo agora - Tá vendo foi atacado por sua fêmea e agora está pensando em como isso foi bom e como é um macho humano de sorte - ele nega com a cabeça.

- Vai se ferrar Orion - ele se afasta negando com a cabeça.

Vejo Hydra conversar com a mãe de forma animada e alegre, desde que tudo começou Hydra perdeu um pouco do seu brilho e várias vezes tinha incerteza sobre se realmente conseguiria se manter sempre não controle.

Pra quem passou boa parte da vida presa ficar trancada até que se acalme pode ser a mesma coisa que está presa de novo junto com todo aquele medo de não saber se vai ter algum e pra resgatar de novo.

- Gostou da sua festa?- pergunto quando ela tá perto suficiente.

- Tira suas mãos da minha filha...

💙💙💙💙💙💙
Quem será Apu ou Ravi
Comentem a história só fica melhor se vocês participarem
O link do meu grupo de whtas na minha biografia
Lá vocês ficam por dentro de tudo que acontece e o que ainda vai acontecer em todos os meus livros inclusive de novos projetos
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LR

Hydra - Novas Espécies [L4]Onde histórias criam vida. Descubra agora