2. Fodido

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— Você gosta de mim? — perguntou Lucas, afastando o braço dos ombros de Natália.

— E-e-eu... não!

Diego franziu o cenho e balançou a cabeça em negativa. Como era possível uma mulher tão medrosa?

— Que susto, Jeca! Já pensou que louco? Você e eu? Seria uma grande loucura.

— P-p-por que?

— Não é óbvio? Olha pra mim e olha pra você! — falou o loiro, apontando com desdém para a moça acanhada diante de si.

Diego revirou os olhos.

— Cara, você é um tremendo de um idiota!

— Ah, qual é cara? Minha beleza te incomoda? — desdenhou o loiro. 

Diego puxou Natália para si e abraçando-a pelos ombros tirou a moça da sala de aula antes que o rio de lágrimas banhasse seu pequeno rosto.

No corredor a encostou na parede e com os polegares enxugou as lágrimas da pobre criatura insegura.

— Olha só, você é linda e aquele cara é um babaca! Não vale nenhuma lágrima sua, tá legal?

— Eu não tô chorando por causa dele.

— Já é a segunda vez que você consegue falar sem gaguejar. Você gagueja só quando tá bem nervosa, né?

— Claro que não!

— Claro que sim.

— De onde que tu tirou isso?

— Daqui — disse, dando um pequeno selinho na boca trêmula da moça.

Natália sentiu a pele queimar com o toque dos lábios grossos do homem diante de si. Nunca antes foi beijada e jamais imaginou que seria tão bom.

Mesmo sendo só um toque de lábios ela sentiu todo o corpo responder, do dedão do pé até o fio de cabelo.

Diego não pôs a língua dentro da boca da mulher, mas foi o suficiente para roubar o ar de ambos.

— E-e-eu...

—Quer que eu me afaste?

— E-eu...  Acho q-que...

— Só faz que "sim" com a cabeça se quiser que eu me afaste e eu me afasto. 

Ela não moveu a cabeça continuou o encarando, corada de vergonha e ele sorriu largo e destemido.

— Você nunca beijou, né? — sussurrou a pergunta, com os lábios muito próximos aos dela.

— E-e-eu c-claro q-que...

— Tá na cara que você nunca beijou.

— Tô atrapalhando? — a voz grossa de Lucas se fez ouvir.

— N-n-não — Natália empurrou Diego para longe.

— Tá atrapalhando sim, dá o fora daqui.

Lucas ponderou um pouco, contudo deu meia volta e se afastou dando olhadas para trás.

— O que tu tá fazendo? — perguntou Natália.

— Ajudando você!

— Eu não preciso da tua ajuda.

— Precisa sim — disse ele, aproximando o rosto do dela, fazendo-a suspirar — e eu preciso de você.

— Pra quê?

— Ainda não sei, mas vou descobrir.

Tocou novamente os lábios pequenos com os seus, prensando-a na parede. Natália sentiu os músculos masculinos sobre seu corpo macio e suas mãos desobedientes envolveram o pescoço do rapaz.

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