28. Fogo

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— Eu vou voltar pra minha casa.

— Por que? Tá faltando alguma coisa pra você aqui? — indagou Diego, cruzando os braços sobre o peito.

— Não, não falta nada pra mim na sua casa. Só que não tem mais motivo pra eu ficar aqui. Eu já tô recuperado, Jakob já tá bem e com meu pai... com o Rui, estando preso, eu não posso simplesmente abandonar as coisas lá em casa.

— Você já sabe quanto tempo o Rui vai pegar de cadeia?

— Ainda não sabemos, mas o advogado acha que ele deve pegar dois ou três anos por tentativa de homicídio.

— Tem certeza que o melhor pra você é voltar pra aquela casa?

— É um barraco, eu sei, mas é a minha casa. A Mônica me deu aquele terreno quando eu não podia mais viver de aluguel e eu não vou deixar tudo largado lá.

— Eu não tô desmerecendo sua casa, Lucas. É só que depois de tudo o que aconteceu eu queria que você ficasse longe de tudo aquilo, pelo menos por enquanto.

— Pois fique querendo, porque a minha vida decido eu! — percebeu a expressão irritada de Diego mediante suas palavras e logo completou — Desculpa, tá? Eu não quis ser grosseiro... Eu vou lá só organizar as coisas e depois eu decido o que fazer.

Diego descruzou os braços e puxou o outro para um abraço. Não adiantava argumentar com aquele poço de teimosia, é o que vinha aprendendo, mas era impossível não se preocupar.

— Se você precisar voltar, você tem a cópia da chave e se precisar de qualquer coisa, qualquer coisa que seja, me liga tá bom?

— Combinado — concordou o outro retribuindo o abraço.

Os lábios de ambos se tocaram em um beijo doce e cheio de preocupação da parte de Diego.

Nos últimos dias em que Jakob recebeu alta eles não se envolveram sexualmente, porém trocavam beijos e carícias às escondidas pela casa, longe das vistas de Natália e do norueguês.

Diego se sentia culpado, pois o mesmo acontecia entre ele e Natália nos poucos momentos em que Lucas e Jakob não estavam presentes.

O Playboy estava envolvido com os dois amigos. A princípio quis fazer um teste, mesmo achando uma atitude idiota de sua parte, para saber por qual dos dois tinha uma atração maior.

Conforme os dias passavam ele confirmava que o desejo só aumentava tanto quando estava com Natália quando estava com Lucas e isso o assustava.

Conforme os dias passavam ele confirmava que o desejo só aumentava tanto quando estava com Natália quando estava com Lucas e isso o assustava

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— Quando tu vai admitir, abestalhado, que tu tais afim dos dois? — indagou Manu em uma conversa por telefone, poucos dias atrás.

— Tá, eu posso tá afim dos dois agora, mas em algum momento o sentimento por um vai se sobressair mais do que o que sinto pelo outro.

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