32. Paz

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Natália passou alguns dias na casa de Mônica, ainda não se sentia à vontade para voltar para a casa de Diego.

Lucas passava as tardes quase inteiras com a amiga e só voltava para casa, ali perto, apenas para dar a jovem um pouco de espaço.

Percebeu que a garota andava calada e assustada, o que era bem normal devido ao que passou. Mesmo assim, comentou com Diego sua preocupação e, numa tarde comum, tiveram uma visita inesperada.

— Manu? — chamou Natália, indo ao encontro da amiga que estava em pé na entrada do quarto.

Recebida nos braços da loira, Natália chorou.

Diego fez sinal para que Lucas o acompanhasse para fora, dando privacidade às meninas.

— Essa garota é legal, ela sempre tá presente quando a gente mais precisa.

— É sim, Manu é uma amiga incrível — concordou Diego — espero que conversando com outra mulher, e da sua idade, a Nat se sinta melhor. Deve ser horrível ter dois marmanjos por perto depois de passar pelo que ela passou — olhou para os lados quando estavam na calçada. — Tem sorveteria aqui perto?

— Tem. Vamo lá.

Acomodados na sorveteria, cada um apreciava calado o seu sabor flocos

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Acomodados na sorveteria, cada um apreciava calado o seu sabor flocos.

Diego procurava as palavras certas para contar tudo o que sentia nos últimos meses.

Na verdade pensou em contar na noite em que sugeriu pizza aos dois amigos, porém estavam tão estranhos, depois foram embora apressados e por fim aconteceu tudo aquilo com Natália.

Não teve mais espaço para falar a verdade e ali, a sós com Lucas, buscava em sua mente as palavras certas para contar tudo ao Viking.

Como começar essa conversa, era a pergunta que circundava sua mente.

Pelo começo, foi a resposta que veio em seguida.

Inspirou fundo tomando coragem para falar...

— Eu e a Nat quase transamos na cozinha da sua casa!

— O quê?! — indagou Diego, tossindo depois de se entalar com a casquinha do sorvete.

— Eu tava pensando aqui na melhor maneira de contar isso pra você e acho que não tem outro jeito melhor do que ser logo direto.

Diego então compreendeu o clima estranho quando chegou na cozinha naquela noite e as desculpas dos dois para sair de sua casa.

— Bem debaixo do meu nariz? — perguntou o Playboy.

— Não foi uma coisa que planejamos... — se interrompeu, lembrando de como Natália estava vestida para matar — pelo menos eu não planejei.

— Você acha que ela queria?... É claro que ela queria! Ela gosta de você e isso não é segredo — Diego apoiou os cotovelos na mesa encarando o outro —mas e você, Lucas? A pergunta é: você gosta dela?

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