42. Amanhã

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— Tu tais pedindo a gente em namoro? — perguntou Natália, descendo do colo de Diego.

— Senhores, precisamos que se retirem do aeroporto — pediu um dos guardas.

— Eu tô sim. Eu amo vocês e não vejo mais a minha vida sem vocês, mas se vocês não quiserem, eu vou entender.

— Por favor senhores, me acompanhem — insistiu o guarda.

— Vocês tão vendo o jeito que essa galera tá olhando pra gente — Diego apontou na direção das pessoas — é um pouquinho, só um pouquinho do que a gente vai passar.

Os olhares se dividiam entre a curiosidade e o horror.

— Senhores, por favor, para não termos mais problemas, me acompanhem — tentou o guarda, mais uma vez.

— Mas sinceramente, eu não tô nem aí — continuou Diego — eu tava prestes a ir pra um lugar que eu não queria, estudar o que não queria e, puta que pariu, longe de vocês... vocês são a minha vida!

— Isso é um sim? — perguntou Lucas.

— Senhores!...

— Sim, eu aceito! — respondeu o Playboy, beijando os lábios do namorado.

Ambos viraram para Natália.

— Puta que pariu!... Eu devo ser doida, porque eu tenho dois namorados! — gritou com os braços para cima, ignorando olhos arregalados e mãos levadas a bocas — Sim!!! — completou, pendurando-se nos ombros dos rapazes.

— Senhores, eu tô pedindo por favor!...

Ignorando o guarda os três trocaram um beijo triplo e sequer deram importância a alguns "Oh!" expressados pelas pessoas.

— Senhores!

— Bora logo sair dessa bexiga desse aeroporto antes que esse homem se esgoele de tanto pedir pra gente lavrar daqui — decidiu Natália, puxando os namorados pelas mãos.

Pouco tempo depois vestiam camisas do Playboy. Grande demais para Natália, porém era melhor que o vestido sujo de lama que tinha por baixo

— Cacete! Não é à toa que vocês tão horríveis — brincou o Playboy, tendo no braço direito seu namorado e no braço esquerdo sua namorada.

Natália estava suja de lama dos sapatos até a cintura, mas Lucas conseguiu ficar pior. As ondas em seus cabelos se tornaram pequenos maremotos, além de sujo de lama tinha a camiseta preta rasgada na altura da barriga.

Pareciam dois mendigos.

— Como tu é romântico, Diego! — zombou a garota, entrando no carro.

— Meu romance com vocês agora vai ser assim porque quando eu faço almoços elegantes vocês zombam — declarou o Playboy, fechando a porta do seu lado.

— Aquilo foi exagerado demais. A gente tava à beira de levar um fora da Nat e você parecia que tava organizando uma comemoração — falou Lucas, sentado ao lado de Natália.

— Morro do Armagedom? — indagou o motorista olhando no aplicativo com a testa franzida.

— Não! — interrompeu Natália — A gente vai pra Praia de Copacabana — tirou o celular para alterar o destino e o motorista suspirou com alívio.

— Eu tô precisando de uma água de coco mesmo, pra repor as energias — disse Lucas — mas vão pensar que eu sou um mendigo com essa roupa suja.

— Deixa eu pegar umas camisas pra vocês — Diego abriu a mala à procura de roupas limpas.

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