7. Maldito

969 121 51
                                        

Jogando os quadris de um lado para o outro com os braços estendidos para o alto, Natália dançava no meio do salão. O álcool que corria em seu sangue era em parte responsável por aquela desinibição.

Em parte, porque mais cedo quando escolheu aquele vestido vermelho curto e aqueles saltos pretos ainda estava sóbria e decidida a ser uma das mulheres mais gostosas da festa.

Diego a observava a certa distância, segurando um copo de cerveja e os olhos se movendo no balançar do corpo sedutor da garota.

Estavam na festa a cerca de quatro horas. Tempo mais que suficiente para Natália ficar completamente bêbada, nunca recebeu tantas cantadas e nunca se divertiu tanto em toda a sua vida tão regrada.

Encorajada pelo álcool e pelo vestido, ela foi cambaleando até Lucas que interagia com as outras pessoas da festa, completamente alheio aos olhares de desejo da nova amiga.

— Fala gata! Tá se divertindo? — perguntou o loiro, dando um gole em sua bebida.

— Muito! Acho que nunca me diverti tanto em toda minha vida — respondeu, soltando uma daquelas risadas histéricas que só os bêbados conseguem.

— Isso é bom e pelo que o Diego falou, você tava precisando. — apontou para o copo que ela segurava — Só pega leve na bebida, hein? Ressaca é uma desgraça e a gente tem aula amanhã.

— Eu não tô nem aí pra amanhã! Eu quero que se dane a ressaca, a minha família, a vergonha e qualquer outra coisa que tiver me amarrando pra eu fazer o que eu quero. Vá tudo pra puta que o pariu! — encheu de ar os pulmões para repetir mais alto seu palavrão — Vá tudo pra puta que pariu!!!

Lucas dava risada da situação, sempre viu Natália tão recatada que parecia estar agora diante de uma desconhecida e não da garota de roupas largas, tímida e de cabeça baixa que conhecia.

— É isso aí gata! Faz o que você quiser!

Ela realmente fez o que queria, envolveu o pescoço do loiro com as mãos e beijou-lhe os lábios. Lucas foi pego de surpresa, mas simplesmente retribuiu envolvendo a cintura da garota com os braços.

Ainda distante, Diego observava a cena.

Desde o começo se prontificou em ajudar a garota a ficar com o Lucas, todavia não conseguia controlar aquele aperto que sentia no peito e aquela vontade de afastá-la dos braços do Viking.

Às vezes a vida se mostra tão injusta, pessoas incríveis se interessam por idiotas. Tentou a todo custo afastar os pensamentos inúteis que se formavam em sua mente, mas estava difícil controlar, principalmente enquanto assistia os amassos dos dois amigos no meio do salão.

Tirou os olhos daquela visão quase pornográfica e deu de cara com o belo par de seios de Maiara. Desde quando ela estava ali tão perto?

— Ciúmes? — indagou a moça de cabelos castanhos, com os olhos direcionados para as trocas de beijos e o cenho franzido

— Claro que não!

— Você gosta dela e ela gosta dele, tá na cara. Mas relaxa que ele não vale nada!

— Onde você quer chegar? — perguntou Diego.

— Lucas não gosta de ninguém, é um safado. Amanhã ele vai ignorar a Natália completamente e é pra você que ela vai voltar igual a cachorrinha que ela é. Mas enquanto ela não volta pra você.

Jogou-se nos braços do rapaz, pressionando os seios fartos contra o peito dele, deu-lhe um beijo quente assustando o rapaz por alguns segundos, contudo não demorou para que ele se recuperasse e envolvesse a cintura da peituda com as mãos, puxando-a para mais perto.

Sempre Cabe +1Onde histórias criam vida. Descubra agora