36. Eclipse

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Algo me diz que eles vão me contar sobre o que sentem um pelo outro, foi o que pensou Natália.

Lucas especulava o rosto da moça em busca de qualquer sinal de rejeição pelo que viria a seguir.

Já Diego, fechou os olhos e inspirou fundo, se começou aquilo então precisava prosseguir.

— Eu acho que... — interveio Natália — Acho que nem tudo precisa ser dito.

— Não sei se entendi — falou Lucas.

— O que quero dizer, é que... se não for da minha conta... vocês não precisam me contar.

— Então você já sabe que a gente tem algo pra contar? — perguntou Diego.

— Na verdade, eu também tenho uma coisa pra contar ou pelo menos eu deveria...

— Como assim deveria? — indagou Diego.

— Talvez — pigarreou Lucas — ela teja tentando contar uma coisa que você já sabe.

— Ah!...

— Ah?!... Ah, o quê?... Do que vocês tão falando? — questionou a garota.

— Eu meio que... — Lucas coçou atrás da orelha — que contei pra ele sobre a gente. Desculpa.

— Ah!... Faz sentido tu ter contado, é bom começar uma relação com sinceridade.

— Relação?... — tentou perguntar o Viking.

— Ah, então vocês...? — Diego perguntou apontando para os dois — Então, você me contou porquê... Ah, meu Deus!

— Eu quero que vocês saibam que independente de qualquer coisa, eu sou a favor disso — afirmou Natália. — Eu quero o bem de todos aqui.

— Com certeza! — Diego balançava a cabeça com certa agilidade — Eu com certeza também quero muito o bem de vocês e eu sou a favor da felicidade de todos. Isso é o que realmente importa, mesmo que pra isso...

— Eu não sei se eu tô entendendo — soltou Lucas, com o cenho franzido.

— Eu tô falando — Natália disse olhando para a mesa — que eu não quero ser empecilho de nada que possa tá dando certo.

— Eu muito menos! Eu quero o bem dos meus amigos! — Diego continuava balançando a cabeça com força.

— Eu tô perdidinho — declarou Lucas. apoiando a mão no queixo — acho que vocês beberam demais a porra do château.

— Caralho! Não tá óbvio que a gente tá tentando colocar tudo em pratos limpos? — perguntou Diego.

— Na verdade, o que eu tô vendo é que vocês dois tão sempre me enrolando.

— Quem tá te enrolando, menino? — Natália cruzou os braços sobre o peito virando o corpo para Lucas.

— Você mocinha e esse Playboy aí também. Vocês tão sempre me deixando de fora de tudo!

— Na verdade, meu filho, foi tu que sempre te excluísse, abestalhado!

— Ei! Eu não insultei você.

— Primeiro que "abestalhado" não é lá um mega insulto, é tipo bobo e depois eu sempre tentei me aproximar de tu, mas só levei patada.

— Isso é verdade — apontou Diego.

— Ah! Falou o cara super acessível! — rebateu Lucas — Que coisa não? Eu sempre tentei me aproximar de você também.

— Você me agarrou, é diferente! Você realmente esperava que eu simplesmente retribuísse?

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