43. Amores

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"Ah como vocês são lindes! Toda felicidade do mundoooo!"

"Nossa, esse loiro parece uma versão brasileira do Thor!"

"Se essa mina engravidar quem é vai ser o pai? Kkkkkkkkk Ridículo!"

"Eita, mulher sortuda da porra!"

"Mas gente, como é isso? Quem come quem?"

"Contem como vocês se apaixonaram!"

"O mundo tá perdido, é o fim dos tempos!"

"Muitas felicidades, Diegão!"

"Mas tipo, os dois caras se pegam também ou só pegam a mina?"

"Moça, como você tem saco pra conviver com dois homens? Kkkkkk"

"Não dou um mês pra eles terminarem, seja lá o que for isso não passa de modinha de adolescente!"

"Lindes!"

""Caralho, tanta mulher no mundo e esses otários dividindo uma!"

"Diego, eu não sabia que vc era bi! Seus namorades são lindes!"

"Felicidades ao trisal!"

"Meu sonho de consumo!"

— Esse povo não tem o que fazer, não é? — Natália criticou, se ajeitando sobre as cobertas — Quanto comentário idiota!

— Ah, tem uns que são fofinhos, mas realmente tem outros que são invasivos demais — concordou Lucas, jogando o celular sobre a cama.

— Vocês já pararam pra pensar que a gente vai sempre passar por isso? Que a gente nunca vai ter paz? — indagou a garota.

— Já, por isso que eu acho que a gente precisa ser muito sincero entre a gente, porque senão a gente vai dar espaço pra outras pessoas se meterem no nosso lance — disse o loiro.

— Só de pensar na caralhada de preconceito que a gente vai sofrer já me dá uma agonia — completou ela.

— As pessoas vão sempre se sentir no direito de se intrometerem — interveio Diego — por mais alinhado que a gente teja, sempre vai ter alguém pra dar pitaco na vida da gente. Se as pessoas dão pitaco na vida de — fez aspas com os dedos — gente comum, imagina de um trisal que tá fora de tudo que consideram normal. Meu pai mesmo levantou questões que nunca parei pra pensar sobre.

— Que questões? — perguntou Natália.

— Ele perguntou como seria se a gente tivesse filhos e como seria se a gente se separasse no futuro. Nossa! Ele perguntou tanta coisa e eu fiquei tão irritado na hora que nem lembro direito. Eu só ficava pensando o tempo todo que a gente nunca conversou sobre nada disso.

— A gente só tinha tempo pra brigar — zombou Lucas.

— Vocês querem ter filhos? — Interrompeu a garota.

— Nem tão cedo — disse Diego.

— Eu queria adotar — respondeu Lucas.

Ambos olharam para Natália.

— Eu não quero ser mãe. Não me imagino presa com uma criança encangada nos meus calcanhar.

— Nem com o passar do tempo? — perguntou o Playboy.

— Não sei o dia de amanhã, mas agora eu não quero nem pensar sobre isso. Eu sou muito nova pra ter filho e talvez eu nunca queira ter mesmo, mas o tempo muda tudo, né? — beijou os lábios de cada um de seus namorados — Olha só pra mim agora, eu tô com dois machos!

— Isso é uma coisa que a gente deve conversar melhor com o tempo — o Viking falou puxando a cabeça de Diego para o seu peito — a questão principal é se caso a Nat engravidasse, como a gente lidaria com isso. Porque uma coisa é o que a gente planeja e outra coisa é que acidentes podem acontecer.

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