"Ah como vocês são lindes! Toda felicidade do mundoooo!"
"Nossa, esse loiro parece uma versão brasileira do Thor!"
"Se essa mina engravidar quem é vai ser o pai? Kkkkkkkkk Ridículo!"
"Eita, mulher sortuda da porra!"
"Mas gente, como é isso? Quem come quem?"
"Contem como vocês se apaixonaram!"
"O mundo tá perdido, é o fim dos tempos!"
"Muitas felicidades, Diegão!"
"Mas tipo, os dois caras se pegam também ou só pegam a mina?"
"Moça, como você tem saco pra conviver com dois homens? Kkkkkk"
"Não dou um mês pra eles terminarem, seja lá o que for isso não passa de modinha de adolescente!"
"Lindes!"
""Caralho, tanta mulher no mundo e esses otários dividindo uma!"
"Diego, eu não sabia que vc era bi! Seus namorades são lindes!"
"Felicidades ao trisal!"
"Meu sonho de consumo!"
— Esse povo não tem o que fazer, não é? — Natália criticou, se ajeitando sobre as cobertas — Quanto comentário idiota!
— Ah, tem uns que são fofinhos, mas realmente tem outros que são invasivos demais — concordou Lucas, jogando o celular sobre a cama.
— Vocês já pararam pra pensar que a gente vai sempre passar por isso? Que a gente nunca vai ter paz? — indagou a garota.
— Já, por isso que eu acho que a gente precisa ser muito sincero entre a gente, porque senão a gente vai dar espaço pra outras pessoas se meterem no nosso lance — disse o loiro.
— Só de pensar na caralhada de preconceito que a gente vai sofrer já me dá uma agonia — completou ela.
— As pessoas vão sempre se sentir no direito de se intrometerem — interveio Diego — por mais alinhado que a gente teja, sempre vai ter alguém pra dar pitaco na vida da gente. Se as pessoas dão pitaco na vida de — fez aspas com os dedos — gente comum, imagina de um trisal que tá fora de tudo que consideram normal. Meu pai mesmo levantou questões que nunca parei pra pensar sobre.
— Que questões? — perguntou Natália.
— Ele perguntou como seria se a gente tivesse filhos e como seria se a gente se separasse no futuro. Nossa! Ele perguntou tanta coisa e eu fiquei tão irritado na hora que nem lembro direito. Eu só ficava pensando o tempo todo que a gente nunca conversou sobre nada disso.
— A gente só tinha tempo pra brigar — zombou Lucas.
— Vocês querem ter filhos? — Interrompeu a garota.
— Nem tão cedo — disse Diego.
— Eu queria adotar — respondeu Lucas.
Ambos olharam para Natália.
— Eu não quero ser mãe. Não me imagino presa com uma criança encangada nos meus calcanhar.
— Nem com o passar do tempo? — perguntou o Playboy.
— Não sei o dia de amanhã, mas agora eu não quero nem pensar sobre isso. Eu sou muito nova pra ter filho e talvez eu nunca queira ter mesmo, mas o tempo muda tudo, né? — beijou os lábios de cada um de seus namorados — Olha só pra mim agora, eu tô com dois machos!
— Isso é uma coisa que a gente deve conversar melhor com o tempo — o Viking falou puxando a cabeça de Diego para o seu peito — a questão principal é se caso a Nat engravidasse, como a gente lidaria com isso. Porque uma coisa é o que a gente planeja e outra coisa é que acidentes podem acontecer.
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Sempre Cabe +1
RomansaDepois de trancar o curso de medicina na Europa, Diego volta para o Rio de Janeiro, sua cidade natal, para cursar publicidade e propaganda. Nesse meio tempo de andanças por faculdades diferentes ele conhece Natália, uma nordestina tímida e sensível...