31. Promessas

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Atenção! Esse Capítulo possui cenas de violência que podem despertar gatilhos.

Natália ainda estava na calçada quando o carro parou na sua frente. Sentiu o coração acelerar e sem pensar muito apressou os passos para longe do veículo que não demorou a se mover em sua direção.

Sentiu o suor escorrer pela nuca quando teve certeza que o carro a seguia.

Em um impulso, temendo por sua vida, correu.

De dentro do carro saiu um homem que, pelo pouco que Natália pode ver, tinha por volta dos quarenta anos e ele...

Correu atrás dela.

Emitindo um grito a moça olhou para todos os lados procurando alguma alma vivente na praça, mas estava vazia.

Natália correu o mais rápido que pôde, se julgando mentalmente a todo momento.

Pensamentos como os de que só poderia estar louca por andar pelas ruas de uma cidade perigosa tarde da noite e sozinha, rondavam sua mente.

Deveria ter pedido um carro pelo aplicativo ou nem ter saído da casa de Diego.

Não demorou para que o estranho a alcançasse e a pressionasse numa parede suja, a moça gritou de novo, porém o mundo parecia estar vazio.

— Me larga!

— Tá dando vacilo na rua, gatinha? Mas que sainha de puta! — lentamente levou uma mão até a coxa dela.

— Leva o que tu quiser! Eu tenho dinheiro na minha bolsa! — pediu, arrancando a bolsa do ombro e entregando ao homem.

— Não quero nada seu... quer dizer, quero sim... — usava um tom de voz sedutor e Natália pode sentir o hálito de bebida alcoólica — Entra no carro sua puta paraíba, anda!

Erguendo o joelho ela o acertou na região íntima com toda força que encontrou.

Não foi o chute certeiro que gostaria de dar, todavia foi o suficiente para fazer o homem se afastar inclinando o corpo para frente.

Gritando, a garota correu pelas ruas em direção a faculdade, duvidava muito que após às dez da noite em pleno domingo a instituição estivesse aberta, porém talvez um porteiro pudesse lhe ajudar..

Teve a sensação de correr muito, pelo menos por tempo suficiente para estar longe do agressor, entretanto logo o estranho a alcançou.

— Sua puta desgraçada! — xingou, puxando a garota pelos cabelos até um canto escuro.

Natália gritou tanto que teve certeza que sua garganta estava prejudicada.

Caiu no chão e mesmo assim o homem não largou seus cabelos. Ele continuava puxando, fazendo seus joelhos arranharem pelo piso asfaltado.

— Por favor! Por favor! Me deixa em paz! — viu-se implorando.

— Cala a porra da boca! — ordenou ele, pegando a garota pela cintura com um braço e com a outra mão tapando a boca dela.

Natália fincou as unhas no braço envolto em sua cintura e o homem berrou, ela aproveitou para socar o rosto dele com o cotovelo.

Ele tombou para trás e a soltou para levar as mãos ao nariz que sangrava.

Furioso, correu de novo na direção dela e não demorou para que a alcançasse e a derrubasse no chão, esbofeteando várias vezes o rosto delicado.

Lágrimas banhavam a face de Natália, ela sentia o inchaço crescer a cada soco e tapa que levava. Estava imobilizada no chão com um homem enorme e impiedoso em cima de si.

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