014 ♫♪

4 1 0
                                    

Uma companhia era formada por 3 pelotões. Em cada pelotão havia 30 homens. Então, as três companhias Fox, Bird e Dog, com aproximadamente 300 soldados, embarcaram em sete grandes helicópteros que as levaria até o ponto de interceptação.

Ivan seguiu no 3º pelotão com a companhia Fox, capitaneada por Marquez. Guynive foi convocada pelo sargento Barkley e acompanhou o 2º pelotão da companhia Dog, liderada pelo capitão Ralf. Marduk seguia com a companhia Bird, que tinha Jefferson como líder. A decolagem aconteceu pouco depois das 4 horas da manhã com um céu ainda escuro e sem nuvens, mas era possível ver sutis mudanças no horizonte.

Em fila, os helicópteros CH-53 voavam com velocidade máxima para chegar ao ponto de interceptação a 400 quilometros dali. Estes transportes carregavam pouco armamento e o seu principal uso era o de cargueiro. O experiente grupo de pilotos nunca trabalhou junto mas, após algumas conversas, criaram certo entrosamento.

A viagem durou pouco mais de uma hora e o sol já despontava no horizonte, então seguiram com o planejado: desceriam os soldados a uma distância segura e que estes avançassem por solo, fazendo contato e abatendo o inimigo não numa emboscada mas, em um contato frontal direto. Esse "era" o plano. Até hoje não se sabe se o que aconteceu foi um erro de cálculo da Inteligência ou se os guerrilheiros já estavam cientes do que lhes aguardava pois, antes que os CH-53 chegassem ao ponto de desembarque, foram alvejados. Os militares não sabiam, mas estavam exatamente sobre o acampamento inimigo.

— Isso está errado! Eles não deveriam estar aqui! — berrou um dos co-pilotos.

Steve, o piloto do helicóptero 04 que seguia na dianteira, tentava retornar se esquivando da saraivada de balas sem muito sucesso. Seu co-piloto fora atingido e morreu. As armas nas laterais da nave atiraram com todo o fogo possível, porém levou mais tiros do que a blindagem suportaria. Com o motor avariado e esfumaçando, a aeronave sofria para manter-se voando.

Quem vinha atrás viu o rastro de fumaça branca de um míssil que quase atingiu em cheio a 04, e o segundo projétil que atingiu e dilacerou a cauda do helicóptero de Steve. Sem o rotor traseiro, ele perdeu totalmente o controle, entrando numa queda espiral. Isso pouco antes de tentar chegar à uma clareira e cair de barriga, foi o que diminuiu em muito a tragédia.

Os demais helicópteros se movimentavam para aquela direção tentando protegê-los oferecendo combate, mas em baixa altitude eram alvos fáceis:

— Estão centrando fogo em nós! Também vamos cair! — pelo rádio avisou o piloto da aeronave 02.

— Onde era a área de desembarque? — o co-piloto do helicóptero 06 tentava se organizar, enquanto faíscas surgiam pelo painel.

Imperavam nervosismo e tensão, até que na aeronave 03 o piloto Gilbert ouviu o alarme de abertura da rampa traseira.

— O que está acontecendo? Quem autorizou a abertura? — questionou, mas sem intensão de impedir. Tentava ao menos permanecer voando.

E, antes que tivesse uma resposta, um grupo de oito soldados, se lançou preso por cordas e, ainda descendo já retalhavam fogo inimigo. Eram eles: Honey, Crawer, Hudson, Carter, Hope, Hiller e Kash, liderados por Ivan.

Ao chegarem em solo essa esquadra se dividiu e avançaram muito à esquerda e à direita do helicóptero caído e com isso chamaram para si boa parte dos tiros, o que possibilitou o pouso das demais aeronaves. Esses dois grupos eram rápidos e objetivos, mudando de posição e obrigando o inimigo a procurá-los e, antes que os encontrassem, eram abatidos.

A distração funcionou e o desembarque das aeronaves se iniciou rápido, sob o olhar de Guynive, que se continha por saber onde Ivan estava e o que ele fazia. Isso enquanto descia junto aos seus companheiros, ouvindo o tilintar dos tiros atingindo a blindagem da aeronave 05, onde era transportada.

Guynive - O Começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora