Guynive - O Começo do Fim

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Não se sabia por qual infortúnio, e nenhum dos capitães ou qualquer outro oficial da base, conseguiria uma explicação plausível para o que se seguiu. Dois minutos após a primeira banda começar a tocar, trafegando pela alameda principal, chegaram seis batedores em suas potentes motocicletas, fazendo a escolta de uma limousine Lincoln Continental 1972 preta, sisuda e que trafegava lentamente. Atrás do automóvel, mais seis batedores. O comandante Medanha ainda pensou:

"Isso é impossível."

Não, não era. E, quando o carro parou, desceram o General do Estado Maior, Mackenzy que fazia o fluxo de informações entre o Alto Comando Militar com as unidades militares, além de sua esposa Henriqueta, e em seguida desembarcam o general August com a esposa Lurdes.

— Boa noite! Boa noite! — Mackenzy saudou os oficiais que cercaram o veículo.

— Sejam bem vindo generais! — respondeu Medanha que de tão nervoso, não sabia se estendia a mão ou prestava continência, acabou escolhendo a última.

— Descansar e se divertir soldado. Essa é a ordem — comandou o general.

Nas palavras do oficial a coisa parecia fácil de fazer, na prática nem tanto. Mackenzy vinha de uma família do interior do estado, o que lhe acrescentava certo tradicionalismo. Carregava altivez, traço herdado do lado paterno de sua parentela, contudo ponderava calmamente suas decisões, traço herdado de sua mãe. Ele, enquanto pessoa era muito observador, e como militar se tornou sistemático, transmitindo certo "receio" em seus comandados. Cientes disso os oficiais, principalmente Medanha, ditaram um ritmo mais cadenciado para a festa. Os leves sorrisos agora eram tensos, as atitudes controladas e os pensamentos policiados. A própria banda foi ordenada a tocar apenas música ambiente. Para outros a comida e a bebida perderam o sabor.

— Notícia do Ivan? — perguntou Ralf.

— Me confirmou que viria — informou Marquez.

Naquele instante uma mesa fora esvaziada para acomodar os quatro recém-chegados:

— Por favor, sirvam os generais e suas esposas — pediu, Medanha.

Os grupos, a meia distância, se questionavam sobre a situação:

— O presidente chega amanhã na costa oeste, eles não deveriam aguardá-lo por lá? — quis saber um.

— Deveriam — outro confirmou. — Talvez peguem um avião daqui direto para lá.

— Terá acontecido alguma coisa? — questionou um de baixa estatura.

— Talvez. Precisamos ver com o Medanha.

— Não! Não sei de nada e estou tão surpreso quanto vocês — disse o comandante ao ser interpelado por seus subjacentes.

Medanha era um oficial bemquisto nas linhas do exército americano, exercia uma liderança democrática eeducada e essas características o ascenderam ao cargo atual. Sob seu olharatento o garçom serviu as autoridades. Os demais oficiais, como num cordão deisolamento, ficaram ao redor, observando o que acontecia.